Uma leitura do conto de Rubem Fonseca, “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro” (1992), este artigo explora como os conceitos de Simmel de ponte e de porta podem no ajudar a repensar algumas das distâncias espaciais e psicológicas entre as classes sociais da cidade. Argumentando que o texto insere o personagem principal em uma série de convenções literárias apenas para situá-lo além delas, eu afirmo que uma ética do olhar e do caminhar surge das práticas do protagonista – o qual parece estar bem ciente das limitações da literatura, bem como do leitor implícito do conto. Neste processo, são tratadas questões como planejamento urbano, degradação ambiental, religião organizada, miséria e a corrosão do diálogo.
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