OBJETIVOS: O objetivo desta pesquisa foi realizar avaliação das condições ergonômicas de analistas de sistemas, com a finalidade de conhecer os fatores geradores de sobrecargas físicas e cognitivas, suas repercussões sobre os trabalhadores e propor melhorias para a diminuição dessas sobrecargas. METODOLOGIA: Foram utilizados o método SHTM (sistema homem-tarefa-máquina) de avaliação ergonômica; o diagrama de Corlett, para a avaliação do desconforto corporal; o questionário de avaliação do mobiliário; e o NASA-TLX, para a avaliação de carga mental de trabalho. RESULTADOS: Foram encontradas as prevalências de dor na coluna lombar (71%) e na coluna cervical (64%) dos entrevistados. Após a avaliação da carga mental de trabalho, foi observado que a demanda mental foi a mais exigida entre os analistas de sistemas e a média da carga global foi de 13,23. CONCLUSÃO: Pode-se concluir que a alta prevalência de dor musculoesquelética pode ser causada pela presença de mobiliário inadequado, pela adoção de posturas incorretas e pela alta exigência mental das atividades desenvolvidas.
RESUMO O objetivo da pesquisa foi avaliar os sintomas osteomusculares e os riscos ergonômicos dos ambientes de trabalho dos docentes do Instituto Federal Catarinense (IFC). Participaram 140 docentes, que responderam a um questionário online sobre informações sociodemográficas, realização de tarefas, ambiente de trabalho e dor musculoesquelética. Os dados foram analisados por meio de uma regressão logística binária separadamente para cada desfecho, utilizando como variáveis dependentes: dores no pescoço, no ombro direito e na coluna lombar. A prevalência de dor entre os professores foi de 94,7%, e as regiões mais frequentes foram o pescoço, a coluna lombar e o ombro direito. Os principais riscos ergonômicos observados foram: sobrecarga mental (estresse), mesa de trabalho e monitor inadequados. Foi observada associação entre dor no pescoço e docentes que apresentaram maior sobrecarga mental (estresse), não fazem atividade física e usam o computador por mais de 20 horas por semana; dor no ombro direito e docentes que não fazem atividade física, usam o computador por mais de 20 horas por semana, cuja mesa de trabalho não estava ao nível do cotovelo e sem espaço para apoiar os antebraços. Ainda, a dor na coluna lombar foi associada ao grupo de mulheres com carga horária de aula semanal maior que 15 horas e com doença crônica. Os resultados encontrados possibilitam a adaptação dos ambientes de trabalho dos docentes para a prevenção de dor, a melhoria da qualidade de vida e do ensino.
Introduction:
Ergonomic risks are a major health hazard for teachers, causing musculoskeletal pain and decreasing both their quality of life and the quality of the education offered to students.
Objectives:
To evaluate musculoskeletal pain and ergonomic risk factors in the workplace of teachers at the São Bento do Sul Campus of the Instituto Federal Catarinense.
Methods:
Twenty-five teachers completed sociodemographic and ergonomic risk questionnaires, as well as the Nordic Musculoskeletal Questionnaire. The furniture and equipment at their workstations were also evaluated using a checklist.
Results:
Seventy two percent of teachers were male, and the mean age of the sample was 37.08±7.14 years. In response to the questionnaires, 72% of participants reported little knowledge of ergonomics and 68% said they did not apply these principles in their daily life. The main ergonomic risks to which teachers were exposed were prolonged sitting and standing, sharp corners on desks, use of laptop touchpads and inadequate monitor height. All teachers reported pain in the past 12 months, with the most frequently affected areas being the low back (60%), neck (56%) and shoulders (48%).
Conclusions:
These findings highlight the importance of ergonomic adaptations and changes in the work habits of teachers in order to improve their health and quality of life, while also allowing them to deliver higher-quality education to their students.
INTRODUÇÃO: Os distúrbios osteomusculares relacionadas ao trabalho são patologias muito frequentes no meio industrial, principalmente quando os trabalhadores se encontram expostos a fatores de risco como, por exemplo, posturas inadequadas, repetitividade, uso de força excessiva e a exposição a vibrações. OBJETIVO: Avaliar o risco de distúrbios osteomusculares nos punhos de trabalhadores de uma indústria de pescados da cidade de Recife (PE). METODOLOGIA: Utilizou-se metodologia qualitativa baseada no método Strain Index (SI), o qual resulta em uma pontuação numérica que aponta a probabilidade de desenvolvimento de distúrbios osteomusculares no punho. O índice é baseado na pontuação do SI, representado pela interação multiplicativa entre as variáveis da tarefa: intensidade do esforço, duração do esforço, frequência do esforço, postura da mão e punho, ritmo de trabalho e duração diária da tarefa. RESULTADOS: O valor encontrado foi de SI = 9 para ambos os punhos, classificando-o como uma atividade com alto risco para o desenvolvimento de distúrbios osteomusculares nos punhos dos trabalhadores. CONCLUSÃO: A indicação da presença dos riscos desses distúrbios nos punhos durante a realização da atividade de trabalho foi determinada pela pontuação do SI, sugerindo a necessidade de intervenção ergonômica.
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