BackgroundPathways to care are actions and strategies employed by individuals in order to get help for health-related distress and the related processes of care providers. On several systematic reviews regarding pathways to mental health care (PMHC), studies regarding South American countries were not present. This review synthesizes qualitative and quantitative research about PMHC in Brazil.MethodsLILACS, MEDLINE and SCIELO databases were searched for papers regarding PMHC in Brazil. The results were organized in pathway stages, based on Goldberg and Huxley’s ‘model of Levels and Filters’ and on Kleinman’s framework of ‘Popular, Folk and Professional health sectors’. Analysis also considered the changes in national mental health policy over time.Results25 papers were found, with data ranging from 1989 to 2013. Complex social networks were involved in the initial recognition of MH issues. The preferred points of first contact also varied with the nature and severity of problems. A high proportion of patients is treated in specialized services, including mild cases. There is limited capacity of primary care professionals to identify and treat MH problems, with some improvement from collaborative care in the more recent years. The model for crisis management and acute care remains unclear: scarce evidence was found over the different arrangements used, mostly stressing lack of integration between emergency, hospital and community services and fragile continuity of care.ConclusionsThe performance of primary care and the regulation of acute demands, especially crisis management, are the most critical aspects on PMHC. Although primary care performance seems to be improving, the balanced provision and integration between services for adequate acute and long-term care is yet to be achieved.Electronic supplementary materialThe online version of this article (10.1186/s13033-018-0237-8) contains supplementary material, which is available to authorized users.
A Reforma Psiquiátrica Brasileira necessita da construção de novos modos de cuidar dos usuários em intenso sofrimento psíquico.Tal perspectiva convoca os trabalhadores e gestores da área da Saúde a um contínuo questionamento de suas práticas e à proposição de novos modos de lidar com as transformações em curso, sob o risco dos serviços territoriais repetirem a exclusão dos usuários a céu aberto. Neste trabalho, partindo de uma pesquisa-intervenção que envolveu 168 participantes, discutimos a importância de três eixos serem considerados em processos formativos para trabalhadores e gestores de serviços de Saúde Mental: o do Sujeito, o do Coletivo e o da Instituição. Apostamos que tal perspectiva pode ajudar na sustentação das práticas em Saúde Mental e no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como na qualificação da clínica e no aprimoramento das leituras institucionais pelos agentes do cuidado.
Por meio da problematização do conceito de autonomia e da interface com o exercício de direitos, este artigo pretende identificar e compreender a concepção de direitos dos usuários de CAPS, a partir das vozes deles e dos gestores destes serviços. Trata-se de uma pesquisa multicêntrica qualitativa de quarta geração, cujo material foi levantado em grupos focais e entrevistas, áudio gravados e transformados em narrativas. A compreensão dos dados indica que o exercício dos direitos torna-se possível pela emergência de sujeitos de direitos. Analisando as relações entre estes atores, moduladas pelo biopoder, foi possível apreender a formação de um circuito no qual os usuários são inseridos. A céu aberto, práticas totais produzem formas de controle sobre usuários e sobre o exercício de direitos por parte destes, o que pode gerar cronicidade dos usuários, dos trabalhadores, dos serviços e dos gestores. Through questioning the concept of autonomy and the interface with exercising of rights, this paper aim to identify and comprehend the concept of the rights of psychosocial care center users, from the opinions of these users and those of managers of these services. This was a fourth-generation multicenter qualitative study in which material was gathered from focus groups and interviews, by means of audio recordings that were transformed into narratives. Interpretation of the data indicated that exercising of rights is achievable through the emergence of legal subjects. Through analyzing the relationships between these players, modulated by biopower, it could be seen that a circuit was formed, in which users were included. In the open, total practices produced means of control over users and over their exercising of rights, which might generate chronicity among users, workers, managers and services.
O Comitê Cidadão como estratégia cogestiva em uma pesquisa participativa no campo da saúde mentalThe Citizen Committee as a co-management strategy in participatory research in the field of mental health in Quebec
RESUMO Os Centros de Atenção Psicossocial III são considerados estratégicos na reorientação do modelo assistencial em saúde mental, contudo, ainda carecem de mecanismos de avaliação sistemáticos. O presente estudo apresenta um conjunto de indicadores desenvolvidos em processo participativo para os Centros de Atenção Psicossocial III do estado de São Paulo. Foram elaborados 16 indicadores, agrupados em 8 temas: Atenção à situação de crise; Qualificação dos atendimentos grupais; Trabalho em rede; Gestão dos Centros de Atenção Psicossocial; Educação permanente; Singularização da atenção; Atenção às pessoas com deficiência intelectual; e Uso de medicação. Os indicadores foram testados nos serviços e constituíram um conjunto potencialmente útil para subsidiar a avaliação, o monitoramento e a gestão dos Centros de Atenção Psicossocial III.
O uso crescente de psicofármacos e o baixo empowerment dos usuários mostram-se críticos à qualificação da assistência em Saúde Mental no Brasil. Este estudo, abrangendo três cidades brasileiras, objetivou a elaboração do Guia Brasileiro da Gestão Autônoma da Medicação (GGAM-BR), com base na tradução e adaptação de guia desenvolvido no Canadá; e a avaliação dos efeitos do uso do GGAM-BR na formação de trabalhadores de saúde mental. Constituíram-se grupos de intervenção (GIs) para compartilhamento das experiências com tratamento medicamentoso, a partir dos temas propostos no guia; e foram realizados grupos focais antes e após os GIs. Importantes mudanças em relação ao texto original do guia Canadense foram implementadas, levando em conta a realidade brasileira. Constatou-se que o GGAM-BR constitui estratégia potente de fomento à participação ativa dos usuários na gestão do tratamento e do serviço, incidindo positivamente na formação de trabalhadores.
Os Programas de Residência Multiprofissional em Saúde Mental são modalidades de formação que investem na qualificação de profissionais para a atuação no campo da Saúde Pública brasileira, sobretudo em equipamentos de saúde mental, por meio de práticas supervisionadas e de ofertas teóricas. Em que pese a expansão de ofertas de vagas em anos recentes, ainda são escassas as produções que abordam o arcabouço teórico e pedagógico que embasa essa modalidade formativa. Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir o suporte teórico e metodológico que sustenta o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental da Universidade de Campinas (Unicamp), a saber: Itinerários de Formação, Supervisão, Seminários Clínicos, Fórum R1-R2, Controle Social e Articulação Ensino-Serviço. Apostamos na formação mediada por diferentes estratégias, condizentes com os pressupostos clínicos, éticos e políticos que orientam as práticas profissionais na rede pública de Saúde Mental.
Caro Silvio, Cerca de três anos após participar de uma intervenção no Hospital Vera Cruz, localizado em Sorocaba (São Paulo), escrevo-lhe estas narrativas. Quando da intervenção, essa região do estado de São Paulo era considerada o maior polo manicomial do país, contando com sete hospitais e cerca de dois mil e setecentos leitos.Estive por três dias inteiros no interior do Vera Cruz participando de um Censo Psicossocial dos internados. Se não tenho o talento de Cláudio Edinger 1 para transformar a realidade em fotografias vivas, espero ter sensibilidade narrativa para contar-lhe o que vivi por lá.Acho importante ressaltar que o cenário descrito neste texto refere-se ao momento em que foi realizado o censo. Desde então, em Sorocaba, vários hospitais foram fechados, serviços foram abertos (como CAPS III, Serviços Residencias Terapêuticos etc.). Havia, naquele momento, uma efervescência de ações psicossociais e devolução da vida a vários usuários que, por anos, foram mortificados (que parece não mais ferver tanto...), sempre atravessada por poderes ocultos da contrarreforma que incidem ardilosamente sobre o projeto de fechamento dos hospitais. Sugiro que dê uma olhada mais próxima no contexto da saúde mental no município, para que tire suas próprias conclusões.Opto por usar o recurso da narrativa, para tentar trazer alguma compreensão à humanidade histórica apresentada pela relação de exclusão da loucura, entendendo que a ação narrada está inserida numa práxis social 2,3 e pode ajudar a ressignificar as relações e a trazer à tona a voz dos que ainda permanecem silenciados, sem poder narrar a própria história, por muitas vezes, nem nome terem.Estava a ler seu texto a respeito da importância de aprendermos a perguntar sobre nossas práticas de ofertas de cuidados a sujeitos ditos loucos 4 . Chamou-me a atenção o fato de termos avançado em muitos pontos da mudança na lógica de cuidados, porém com continuidades e repetições perigosas.espaço aberto
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