RESUMO -O Tempo no Mundo Contemporâneo: o tempo escolar e a justiça curricular.A educação escolar constitui um espaço de disputa de poder, que se expressa mais enfaticamente pela luta por definir os currícu-los, os quais se encontram contaminados pelo ritmo da economia global e pela busca de resultados em rankings nacionais e internacionais. Como uma das consequências, a escola está às voltas com um cotidiano veloz e imediatista, que privilegia um tempo esvaziado de reflexão. Nesse contexto, aprofundou-se significativamente um problema já existente, o do tempo educativo escolar, objeto deste artigo que propõe o currículo como um instrumento social de responsabilidade coletiva, que visa à justiça social. Busca-se caracterizar o tempo de construção da formação como um dos aspectos importantes do currículo escolar. Palavras-chave: Currículo. Tempo. Políticas Educacionais. Tempo Escolar.ABSTRACT -Time in the Contemporary World: school time and curricular justice. School education constitutes a locus of power struggles, expressed most emphatically by the battle to define curricula, which are contaminated by the pace of the global economy and by the search for results in national and international educational rankings. In consequence, the school is facing a fast and immediatist routine that favors a time emptied of reflection. In this context, an existing problem was significantly deepened: the 'school time', object of this paper, which proposes the curriculum as a social instrument of collective responsibility, aiming at social justice. The goal is to characterize the time in which education is built as one of the most important aspects of the school curriculum.
Este artigo é um dos frutos da pesquisa denominada A justiça curricular no século XXI, as políticas e os sujeitos do currículo, que pautou a Educação Básica no Brasil em diferentes regiões e redes escolares. É resultado da ampliação dos estudos que relacionam currículo e justiça social realizados no Grupo de Educação e Pesquisa em Justiça Curricular (GEPEJUC) e de análises do contexto brasileiro, que a passos largos tem aprofundado na vida escolar uma racionalidade neoliberal. A ela somaram-se drásticos cortes nos investimentos públicos, a partir de 2016, que têm impedido a realização de metas propostas pelo Plano Nacional de Educação (2014-2024), além da obrigação jurídica imputada pelo Estado brasileiro aos entes federados de implementar a Base Nacional Comum Curricular, homologada em 2017. Analisa-se o currículo escolar como território de disputa (ARROYO, 2013) e apresenta-se o conceito de justiça curricular em suas três dimensões – a do conhecimento, a do cuidado e a da convivência – utilizando-o nas análises dos recentes acontecimentos educacionais brasileiros e propondo-o como um dos instrumentos de resistência às tendências dominantes na medida em que, no currículo, se cultivem espaços de formação de subjetividades democráticas. Ressalta-se a urgência de ensinar na e para a democracia compreendida como um valor. A fundamentação teórica: em relação às proposições epistemológicas e políticas, contou com Santos (2007, 2011, 2018) e Freire (2001, 2011, 2014) e, em relação ao conceito de justiça curricular, contou com Santomé (2013), Connel (2009), Estevão (2001, 2004), Ponce e Neri (2015, 2019) e Ponce (2016, 2018).
O artigo aborda os resultados de uma pesquisa que envolveu educadores de uma escola pública. O objetivo é apresentar a necessária introdução da Educação para as relações étnico-raciais nos currículos escolares a partir de práticas descolonizadoras e de reconhecimento e pertencimento dos sujeitos. O texto insere-se na luta contra o silenciamento do racismo e no enfrentamento de violências que naturalizam o preconceito e a discriminação. A pesquisa assume uma abordagem qualitativa, cujos instrumentos foram definidos a partir de Gil (2008) e Brandão (2003), e a análise de conteúdo baseou-se em Bardin (2016). Os preceitos da Justiça Curricular e os princípios da Educação para as relações étnico-raciais formam a base teórica para as abordagens analíticas realizadas. Na conclusão, o artigo destaca a Justiça Curricular e a Educação para as relações-étnico raciais como possibilidades de luta pela superação do racismo.
Este artigo aborda as contribuições da Educação em Direitos Humanos na prevenção da violência contra a criança. Destaca a centralidade desta no processo formativo. Põe em foco os compromissos da justiça curricular. Utiliza resultados parciais de uma pesquisa em andamento e registros do eixo Educação Básica do Plano Estadual de Educação em Direitos Humanos - SP. Sugere mais investimentos das instituições públicas e privadas em formações que promovam a reflexão e o exercício de construir relações humanas assumindo postura ética diante da vida social, cultural e política em nível individual, coletivo e organizacional. Destaca a escola como local de estruturação de consciência social e de constituição de sujeitos comprometidos com a promoção de direitos.
A escola pública brasileira, nos séculos XX e XXI, foi palco de algumas experiências pedagógicas democráticas exitosas pautadas na ideia de Educação Integral, que ocorreram de modo intermitente na história do Brasil. Essas experiências são preciosidades a serem entendidas e atualizadas pelos estudiosos da educação e amigos da democracia. São sementes para a renovação da longa luta pelo direito à educação escolar de qualidade social no Brasil. Este artigo-entrevista visa colocar às vistas de leitores interessados no assunto o testemunho de uma das mais recentes ações nessa direção por meio da palavra da Professora Jaqueline Moll, uma das grandes referências atuais em Educação Integral no Brasil, que foi responsável pela implementação do Programa Mais Educação (2007-2016), uma experiência que o Golpe político-jurídico-midiático que ocorreu em 2016 tentou abortar. No diálogo dos entrevistadores com a entrevistada, debate-se a potência de iniciativas contra-hegemônicas e a possibilidade de promoção de uma escola pública onde caibam todos/as e em que a dignidade humana seja a primeira pauta. Atualiza-se o conceito de Educação Integral e enfatiza-se a necessidade da criação de políticas públicas de caráter inclusivo que considerem a intersetorialidade e deem ouvidos aos saberes comunitários/populares, assim como a importância de manter o “sonho possível” e a luta por um mundo melhor, mesmo em momentos de obscurantismo e crises humanitárias
O artigo, fruto de pesquisa empírica realizada no ADE da Chapada Diamantina (BA), analisou o processo de Mobilização Sociopolítica realizado em municípios integrantes da iniciativa no ano de 2020. Estabeleceu-se como hipótese que a experiência coletiva de construção de um contexto de produção de política curricular (Ball; Mainardes, 2011) participativa aproximou-se da proposta conceitual de justiça curricular em suas três dimensões - conhecimento, cuidado e convivência democrática (PONCE, 2018) - e dos elementos constitutivos do conceito de justiça social conforme FRASER (2012). Argumenta-se a favor de políticas de currículo construídas em diálogo coletivo a partir das vozes dos sujeitos que protagonizam processos de luta pela educação de qualidade social, confiando nas suas capacidades de analisarem a própria realidade e de contribuírem de modo efetivo na proposição de políticas públicas educacionais.
Concepções de educação em debate no cenário nacional em relação à Educação Básica apontam tendências diversas no que diz respeito ao oferecimento de conhecimentos esclarecedores sobre a natureza humana e acerca das relações sócio-político-culturais no currículo. A presença da reflexão com instrumentos de caráter filosófico no Ensino Médio pode contribuir para a formação do jovem nessa direção. Para tanto, são necessários conhecimentos sólidos sobre o tema ensino de Filosofia no Ensino Médio. O artigo apresenta um panorama da produção acadêmica sobre esse tema no período de 2004 a 2013 (Estado da Arte). A partir do levantamento da produção, foi possível evidenciar suas peculiaridades; identificar em que instituições e regiões do Brasil a construção de conhecimento sobre o tema ocorreu; apontar o comprometimento das áreas de Filosofia e de Educação com a produção, e, com isso, possibilitar o acesso a mais conhecimentos sobre o tema ensino de Filosofia no Ensino Médio.
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