Os indicadores de risco para o desenvolvimento psíquico da criança podem ser identificados nos primeiros meses de vida do bebê. Essa pesquisa teve como objetivo apresentar e discutir os primeiros sinais, observados por mães de bebês que, posteriormente, na fase da infância, foram diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista. O delineamento foi quali-quantitativo. Participaram 27 mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Os dados foram obtidos por meio de uma entrevista semiestruturada e passaram por uma análise de conteúdo. Posteriormente, os sinais referidos no relato das mães foram listados, reagrupados por áreas e submetidos à estatística descritiva. Constatou-se que os sinais mais observados correspondiam à área da linguagem e do comportamento. Na época da observação, as mães não relacionaram as alterações identificadas com a possibilidade de um diagnóstico de Autismo. Elas também, inicialmente, não foram alertadas por profissionais da saúde em relação aos indicadores já apresentados pelos bebês e, consequentemente, a maioria das participantes recebeu o diagnóstico após os 36 meses da criança. Sugere-se que o os profissionais da saúde participem de capacitações sobre os sinais de risco para o desenvolvimento psíquico infantil, com vistas a uma atuação de qualidade, respaldada pelo crescente aporte teórico sobre o tema.
Resumo A Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB) dispõe sobre os cuidados e sobre a atenção à pessoa em crise psíquica e, a partir desse documento, tais demandas passaram a ser ponto-chave para os serviços de saúde, inclusive para as unidades de urgência e de emergência. Com base nessa normativa, objetivou-se analisar as noções que os profissionais apresentam com relação ao acolhimento e à crise psíquica. Optou-se pela pesquisa qualitativa exploratória, que realizou entrevistas semiestruturadas com 11 profissionais de distintos setores de uma Unidade de Pronto Atendimento no interior do Rio Grande do Sul. Utilizou-se a análise de conteúdo, em que se constataram duas categorias emergentes: 1) Noção de crise psíquica para os profissionais da UPA e 2) Noções e as práticas de acolhimento à crise psíquica exercida pelos(as) trabalhadores(as) da UPA. Os resultados evidenciam que tanto a noção de crise psíquica quanto as práticas de acolhimento empregadas pelos trabalhadores, de uma forma geral, estão associadas ao modelo biomédico, com dificuldade para ampliar a compreensão e os modos de acolher sujeitos em crise. Nesse sentido, a noção dos trabalhadores da UPA em estudo, com relação ao acolhimento da pessoa em crise psíquica, está desarticulado com o que preconiza a RPB.
Este artigo tem como objetivo analisar o filme "Por Lugares Incríveis" a partir de uma perspectiva psicológica e social, visando retratar cenários referentes à adolescência e ao suicídio. A metodologia utilizada é de caráter qualitativo e bibliográfico, a qual possibilita realizar a análise fílmica. Os resultados demonstram uma importante ligação dos aspectos dos personagens do filme com questões significativas relacionadas à dimensão psicanalítica, psicossocial e de saúde mental, sendo uma delas os sofrimentos psíquicos, principalmente associados à adolescência e ao comportamento suicida. Assim, verifica-se a importância de que os profissionais da saúde ofereçam um olhar mais atento para o sofrimento do adolescente, buscando identificar e prevenir práticas que podem levar ao suicídio.
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