A COVID-19 afetou mais de 250 milhões de indivíduos e causou mais de cinco milhões de óbitos no mundo, sendo declarada como pandemia. Como transmissão ocorre entre pessoas, é essencial que os profissionais de saúde utilizem equipamentos de proteção individual para mitigar sua disseminação. Embora essenciais, seu uso prolongado leva a sérias manifestações cutâneas e redução de sua adesão. O objetivo deste estudo é resumir a prevalência das lesões cutâneas relacionadas ao uso de máscaras faciais; seus tipos e localização; fatores de riscos e medidas preventivas, no contexto da pandemia da COVID-19. Foi realizada uma revisão integrativa, utilizando as bases de dados MEDLINE, Scopus e EMBASE por meio de busca envolvendo descritores e termos-chave, da concepção até o dia 25 de janeiro de 2022. A pesquisa identificou 4276 artigos e 37 deles atenderam aos critérios de inclusão, sendo adicionados para análise, representando 14897 participantes. A prevalência de efeitos adversos foi de 42,23%. As lesões mais comuns encontradas foram prurido, eritema e acne. As regiões mais afetadas foram: ponte nasal, geniana, mentoniana e auricular posterior. Os principais fatores de risco foram o uso de N95, uso prolongado de máscaras e história prévia de dermatoses. Respiradores N95 e similares estiveram relacionados a maior taxa de efeitos adversos e alterações dos parâmetros fisiológicos. As medidas de prevenção tiveram efeito positivo nos estudos. Portanto, a taxa de lesões relacionadas ao uso de máscaras é alta, portanto, essas devem ser encaradas como problema de saúde pública para adoção de intervenções preventivas.
As dermatoses ocupacionais, no combate ao Coronavírus, foram estimuladas pela higienização das mãos, uma vez que acaba levando a ruptura da pele. Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo identificar as principais lesões cutâneas relacionadas à higienização das mãos em trabalhadores da saúde durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de uma revisão integrativa desenvolvida em três bases de dados (Medline, Scopus e Embase) por meio de uma estratégia de busca envolvendo descritores e termos-chave. Um avaliador selecionou estudos observacionais, com indivíduos na faixa etária de 30 a 49 anos, publicados entre 2020 e 2021, com restrição de idioma (somente Língua Inglesa). Inicialmente, 290 estudos foram alcançados, mas apenas 15 foram revisados e sintetizados, sendo 14 transversais e 1 prospectivo. De forma geral, 11 (70%) dos arquivos elencaram a dermatite por irritante primário como principal dermatose. O ressecamento, a descamação e o eritema foram as lesões mais associadas, pontuadas em 12 (80%) deles. Quanto aos fatores de risco, 3 (20%) das pesquisas citam a frequência do ato de lavagem das mãos por mais de 20 vezes ao dia. Ademais, 9 (60%) da base de dados selecionada elegem a hidratação da mão como fator de proteção principal contra as dermatoses, assim como 4 (25%) deles apontam a utilização de desinfetantes a base de álcool em detrimento de sabão como escolha. Após análise dos artigos, os resultados dos estudos apontaram que a dermatite de contato por irritante primário é a principal lesão que acomete profissionais de saúde durante a pandemia da COVID-19.
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