A forte pressão antrópica no Cerrado torna necessários estudos para averiguar o nível de conservação de áreas que estão sujeitas a essa atividade. Com isso, objetivo do trabalho foi comparar e avaliar a florística, a estrutura e o grau de conservação de duas áreas adjacentes de Cerrado, sendo uma área de cerrado conservado (CC) e outra de cerrado antropizado (CA). Foram utilizados os parâmetros fitossociológicos convencionais: densidade relativa (DR), dominância relativa (DoR), frequência relativa (FR) e o valor de importância (VI), além dos índices de diversidade de Shannon-Wiener e equitabilidade de Pielou. Foram feitas análises de ordenação pelo método DCA, dendrograma de classificação (UPGMA) a partir dos índices de Sørensen-Dice e Bray-Curtis, além da divisão hierárquica dicotômica por Twinspan. O teste t de Student foi utilizado para comparar as variáveis, classes diamétricas e classes de altura. O cerrado conservado apresentou valores maiores para número de indivíduos, classes diamétricas, área basal e altura. O índice de diversidade por parcelas, número de espécies, indivíduos e área basal total foram diferentes estatisticamente em relação as duas áreas. Através das análises multivariadas foi possível segregar as parcelas com base no grau de conservação, tanto na análise de ordenação (DCA) quanto de classificação (Dendrograma). Os métodos utilizados foram eficientes para demonstrar as diferenças entre as duas áreas, porém a análise multivariada se mostrou eficiente em fornecer maior detalhamento na diferenciação.
As queimadas nos ecossistemas naturais ocorrem de forma frequente e descontrolada, principalmente devido às ações antrópicas. Este trabalho objetivou analisar o tempo de letalidade do câmbio da casca na temperatura de 60 °C em duas espécies florestais, Tachigali paniculata Aubl. (carvoeiro) e Cecropia pachystachya Trécul (embaúba), ambas nativas do bioma Cerrado. Coletaram-se amostras de 10 árvores, distribuídas em duas classes diamétricas de 5 ┤15 e 15 ┤25 cm, contendo cinco indivíduos em cada classe. Foram retiradas amostras de 10 x 10 cm da casca (floema + periderme) de cada árvore, na altura do peito (DAP) de ambas as espécies. Após a verificação dos pressupostos de normalidade e de homogeneidade de variâncias residuais, os dados foram submetidos à análise de regressão para verificar as variáveis interligadas à resistência do câmbio a exposição ao fogo. Cecropia pachystachya (embaúba) apresentou uma espessura de casca de 2,40 mm a 6,53 mm e tempo de 55 segundos a 2 minutos e 23 segundos para que câmbio atingisse a temperatura letal de 60°C, enquanto para espécie Tachigali paniculata (carvoeiro) obteve uma espessura de casca que variou de 4,97 a 15,60 mm e o tempo de 1 minuto e 26 segundos a 4 minutos 19 segundos para a letalidades do câmbio. Portanto, o carvoeiro é 65% mais resistente ao calor do fogo, quando comparada com embaúba. Desse modo, as espécies florestais com maior espessura de casca apresentam maior tempo de resistência a exposição de incêndios florestais, sendo que a presença da casca (floema + periderme) são cruciais para a sobrevivência das espécies do Bioma Cerrado.
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