A Associação das Colônias fornece produtos processados-panificação para a Secretaria Municipal de Educação na cidade de Castro – PR, atendendo aos requisitos da Nutricionista para que esse produto seja servido na merenda escolar das escolas tanto da zona urbana quanto da zona rural. O presente estudo objetiva discutir a contribuição das organizações solidárias da agricultura familiar para autonomia feminina na agricultura familiar. A coleta de dados deu-se por meio da análise das planilhas de produção, onde se teve acessibilidade aos dados referentes ao ano de 2012 e 2013. Como resultado verificou-se que, a partir do trabalho na Associação das Colônias as mulheres estabeleceram relações importantes entre elas, levando à sua visibilidade e identidade, por meio da profissionalização e consequentes melhoria da qualidade de vida por meio de conquistas materiais. Isso promoveu sua inserção no espaço público, extrapolando o espaço privado. Ressalta-se também a importância do incentivo e produção de produtos regionais, trazendo resultados não mensuráveis de imediato, como geração de riqueza e desenvolvimento tecnológico. As fragilidades destacadas estão associadas à falta de planejamento estratégico e do conhecimento de ferramentas básicas de gestão e economia, ainda sem autonomia para gerenciar o processo completo e desconhecimento da margem de lucro e ponto de equilíbrio.
Este estudo verificou os canais de comercialização que os alimentos orgânicos, oriundos da agricultura familiar, percorrem até chegarem à mesa do consumidor brasileiro, com o objetivo de identificar as estratégias dos agricultores sustentáveis quanto ao seu posicionamento no mercado. Para isso, foi selecionado um grupo de agricultores familiares associados, que possuem certificação orgânica por auditoria, composto por sete propriedades rurais, localizadas na cidade de Ponta Grossa, PR. Os dados foram identificados em quatro canais de comercialização utilizados pelos empreendimentos agrícolas familiares orgânicos, variando entre canais diretos e canais indiretos de comercialização. Foi identificada a relevância desses canais de comercialização, bem como as suas características que influenciam os agricultores em sua utilização. Após a análise dos dados, foi verificado que a obtenção da certificação orgânica foi a melhor alternativa encontrada pelos agricultores para agregar valor aos seus produtos. Do ponto de vista de comercialização dos alimentos orgânicos, os principais desafios identificados a serem superados consistem na redução da diferença do preço de venda dos produtos orgânicos em relação aos convencionais, na falta de políticas públicas de fomento à produção de insumos orgânicos e no limite de mão de obra verificado na estrutura de trabalho.
Tendo em vista a crescente demanda mundial por alimentos orgânicos, impulsionada dentre outros motivos, pela preocupação com a qualidade de vida dos indivíduos, este trabalho tem o objetivo de estudar as formas de como os alimentos orgânicos chegam à mesa da população e seus principais desafios e oportunidades. Para isso, foi investigada a única associação de agricultores orgânicos certificados por auditoria no município de Ponta Grossa/PR. Esta associação é composta por sete propriedades, as quais foram submetidas a um processo de entrevista e observação, para compreender os canais de comercialização adotados para a venda dos seus produtos aos consumidores. Foram verificados quatro canais de comercialização utilizados pelos empreendimentos agrícolas familiares, sendo dois canais de venda direta e dois canais de venda indireta e seus respectivos desafios e oportunidades de adesão. Como oportunidade de maior valor está a obtenção da certificação, e os principais desafios a serem vencidos para que a população em geral tenha acesso aos alimentos orgânicos estão a redução da diferença do preço de venda entre alimentos orgânicos e convencionais, e o limite de mão de obra do trabalho familiar. Dessa forma, notamos que os maiores desafios para a comercialização dos seus alimentos estão representados por fatores externos às propriedades agrícolas familiares.
A importância da agricultura familiar para o desenvolvimento econômico local e para a produção significativa de alimentos para o mercado interno é vista conforme os levantamentos agropecuários no Brasil. O último censo agropecuário realizado em 2006 aponta que mais de 84% dos empreendimentos agrícolas brasileiros são de agricultura familiar. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi verificar a atuação da Engenharia de Produção junto aos pequenos empreendimentos rurais, por meio de levantamento dos estudos acadêmicos publicados nas edições no Encontro Nacional de Engenharia de Produção. O Inicialmente foi realizada a busca do termo 'agricultura familiar' de maneira sistemática nos anais do evento, para então a partir deste portfólio fossem identificados apenas os trabalhos cujo objeto principal de estudo era a agricultura familiar. Com isso, verificou-se que os estudos acerca do tema definido passaram a estar presentes no evento a partir do ano de 2008, e se mantiveram até a última edição em 2016. Dessa forma, pode-se concluir que os estudos sobre agricultura familiar na área de engenharia de produção é presente em todas as regiões do Brasil, XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO "A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção"
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