PALAVRAS-CHAVE-Educação médica.-Aprendizagem baseada em problemas.-Simulação de pacientes.-Competência clínica. RESUMO Este trabalho relata a experiência, construída ao longo de dois anos ABSTRACT This article reports on a two-year experience with Professional Practice Simulations (PPS) as a tea-
A Estratégia Saúde da Família é responsável por reorganizar o Sistema Único de Saúde brasileiro por meio da Atenção Primária. O aumento substancial de programas e vagas para residência em Medicina de Família e Comunidade, ocorrido desde 2002, é uma das estratégias para suprir o crescente mercado de trabalho correspondente. Entretanto, menos da metade dessas vagas são ocupadas. A literatura brasileira apresenta poucas evidências sobre o motivo desta baixa procura.Alguns países que optaram pelo fortalecimento da Atenção Primária em seu sistema de saúde também experimentam uma crise aparente na escolha desta carreira pelos egressos médicos. Neste ensaio, revisamos algumas questões envolvidas nesta escolha, apontando sua complexidade e a necessidade de investigações sistematizadas sobre as motivações dos alunos de graduação em optarem ou não por esta especialidade médica, particularmente no Brasil. A B S T R A C TThe Family Health Strategy is responsible for supporting the reorganization of Brazil's Unified National Health System (SUS) through primary care. A substantial increase in available residency positions in family and community medicine is one of the main strategies for supplying the growing professional demand related to this health policy. However, few medical students have chosen the family health career in recent years, and more than half of the vacancies remain unoccupied. The Brazilian literature shows little evidence to explain this fact. Some countries with a strong background in primary health care have also experienced a crisis in the primary care career choice. The current article discusses several arguments involved in this issue, emphasizing its complexity and the need for more scientific data concerning undergraduate students' motivations in choosing this medical specialty as compared to others, particularly in Brazil.
Introdução: A prática do Acolhimento que vem sendo proposta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não se estabeleceu adequadamente na rotina da maioria dos serviços. Portanto, conhecer algumas experiências com a mesma pode ser útil ao processo de sua implantação. Objetivo: Descrever a demanda, as necessidades assistenciais, a morbidade e os encaminhamentos dados aos usuários do Serviço de Acolhimento da Unidade de Saúde da Família de Água Vermelha, do município de São Carlos, SP. Casuística e métodos: A partir de um delineamento descritivo, populacional, transversal e institucional, foram aplicados 305 questionários estruturados, no período de novembro de 2009 a janeiro de 2010, os quais foram informatizados e processados pelo software Epi-info 2000, versão 3.5.1. Resultados: Encontrou-se que a maior parte dos Acolhimentos atendeu pessoas do sexo feminino em faixa etária adulta jovem e de baixa inserção socioeconômica, com demanda predominantemente biológica de baixa complexidade. Esses Acolhimentos foram realizados principalmente por pessoal de enfermagem, porém por meio de uma ação cuja resolubilidade foi muito dependente do médico da equipe. Não obstante, 96% das demandas foram resolvidas dentro da própria Unidade de Saúde. Conclusões: O acolhimento é um dispositivo que está sendo proposto para impulsionar o redirecionamento da assistência em saúde por um modelo de cuidado ampliado, integral, resolutivo e multiprofissional, mas é preciso qualificar o modo como vem sendo aplicado na prática para que contribua com esse redirecionamento. Em outras palavras, reduzir o Acolhimento a uma triagem não favorece suficientemente a melhoria assistencial, conforme se espera desse dispositivo.
O privilégio do mercado e da tecnologia para consumo que caracterizou o modelo de desenvolvimento social e econômico do século XX desumanizou uma série de práticas. Entre elas, a do cuidado à saúde. A ideia, agora, é redirecionar o progresso tecnológico e científico à pessoa como forma de garantir que tal desenvolvimento gere bem-estar e sirva à vida. Nessa direção, têm surgido propostas alternativas às vigentes para a abordagem de necessidades individuais de saúde. Uma delas sugere que as histórias clínicas destinadas à identificação dessas necessidades tenham como foco o sujeito em sua existência, de modo a compreender e abordar o adoecimento como um fenômeno existencial; uma visão muito além da doença como um evento. Objetivando contribuir para a humanização do cuidado à saúde das pessoas, este texto reflete sobre a questão posta acima e sugere uma sistemática para a construção de histórias clínicas centradas no sujeito, como alternativa à anamnese tradicional, em contribuição ao método clínico centrado na pessoa.
A institucionalização do sujeito adoecido privilegiou o modelo médico científico e subordinou a autonomia da família no cuidado à pessoa com necessidades de saúde ao hospital e ao saber médico. No entanto, esse modelo tem se mostrado pouco eficiente para o atendimento das demandas de saúde resultantes da transição demográfica e epidemiológica pelas quais a sociedade vem passando. Nesse contexto, a atenção domiciliar surge como alternativa ao cuidado hospitalar, possibilitando a retomada do lar como espaço para produção de cuidado, fundamentada nos princípios da humanização e da clínica ampliada, evitando hospitalizações desnecessárias e possibilitando um uso mais adequado dos recursos disponíveis. Esta revisão narrativa da literatura aborda o cuidado domiciliar no contexto da atenção básica de saúde. Contemplam suas definições, princípios, objetivos, aspectos organizacionais, elegibilidade de sujeitos para o cuidado domiciliar, classificação de risco familiar, função de cada membro da equipe de saúde da família, construção de tecnologias de cuidado e o desenvolvimento de um eficiente sistema de registro de dados.
The extensive genetic diversity of HIV-1 is a major challenge for the prevention and treatment of HIV-1 infections. Subtype C accounts for most of the HIV-1 infections in the world but has been mainly localized in Southern Africa, Ethiopia and India. For elusive reasons, South Brazil harbors the largest HIV-1 subtype C epidemic in the American continent that is elsewhere dominated by subtype B. To investigate this topic, we collected clinical data and viral sequences from 2611 treatment-naïve patients diagnosed with HIV-1 in Brazil. Molecular epidemiology analysis supported 35 well-delimited transmission clusters of subtype C highlighting transmission within South Brazil but also from the South to all other Brazilian regions and internationally. Individuals infected with subtype C had lower probability to be deficient in CD4+ T cells when compared to subtype B. The HIV-1 epidemics in the South was characterized by high female-to-male infection ratios and women-to-child transmission. Our results suggest that HIV-1 subtype C probably takes advantage of longer asymptomatic periods to maximize transmission and is unlikely to outcompete subtype B in settings where the infection of women is relatively less relevant. This study contributes to elucidate factors possibly underlying the geographical distribution and expansion patterns of the most spread HIV-1 subtypes.
The success of antiretroviral treatment (ART) is threatened by the emergence of drug resistance mutations (DRM). Since Brazil presents the largest number of people living with HIV (PLWH) in South America we aimed at understanding the dynamics of DRM in this country. We analyzed a total of 20,226 HIV-1 sequences collected from PLWH undergoing ART between 2008–2017. Results show a mild decline of DRM over the years but an increase of the K65R reverse transcriptase mutation from 2.23% to 12.11%. This increase gradually occurred following alterations in the ART regimens replacing zidovudine (AZT) with tenofovir (TDF). PLWH harboring the K65R had significantly higher viral loads than those without this mutation (p < 0.001). Among the two most prevalent HIV-1 subtypes (B and C) there was a significant (p < 0.001) association of K65R with subtype C (11.26%) when compared with subtype B (9.27%). Nonetheless, evidence for K65R transmission in Brazil was found both for C and B subtypes. Additionally, artificial neural network-based immunoinformatic predictions suggest that K65R could enhance viral recognition by HLA-B27 that has relatively low prevalence in the Brazilian population. Overall, the results suggest that tenofovir-based regimens need to be carefully monitored particularly in settings with subtype C and specific HLA profiles.
Introdução:A coinfecção vírus da Hepatite B-vírus da imunodeficiência humana (HIV-HBV) é comum e o Tenofovir (TDF) é droga de eleição porque age contra os dois vírus ao mesmo tempo. Porém, em cerca de 1% dos casos pode induzir Síndrome de Fanconi (SF), levando à insuficiência renal. Relato de caso: Em um homem coinfectado HIV-HBV, com a replicação do HIV controlada, o vírus da Hepatite B foi resistente a todos os fármacos disponíveis, exceto ao TDF. Vinte e dois meses após tratamento antirretroviral composto com esse medicamento, o qual controlou a replicação dos dois vírus ao mesmo tempo, desenvolveu insuficiência renal com perda de solutos reabsorvíveis em túbulo contornado proximal, diagnosticada como SF induzida por TDF. Diante do dilema de suspender o TDF para preservar o rim e permitir a replicação do HBV, ou manter o TDF para preservar o fígado e aceitar a degeneração renal, optouse por balancear o tratamento segundo o melhor equilíbrio possível entre a replicação do HBV e a preservação do rim, ajustando-se a posologia dos medicamentos de acordo com os indicadores clínicos e laboratoriais do risco hepático e do funcionamento renal. Conclusão: A única possibilidade terapêutica disponível atualmente para pessoas coinfectadas HIV-HBV multirresistente que desenvolvem insuficiência renal por TDF consiste no ajuste da dose do TDF segundo o clearance de creatinina, no tratamento sintomático, na reposição de perdas urinárias com repercussão metabólica e no monitoramento clínico e laboratorial da infecção pelo HIV, da Hepatite B, da insuficiência renal e da remodelação óssea.Palavras-chave: Síndrome de Fanconi; HIV; Hepatite B; insuficiência renal; infecções por HIV.
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