O objetivo deste relato é sistematizar a experiência com metodologias ativas dentro da formação técnica do agente comunitário de saúde da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal da Paraíba. O curso está organizado em etapas, tendo sido concluída a primeira, cujo propósito foi o de contribuir para a construção da identidade dos agentes comunitários de saúde. A aplicação de metodologias ativas leva o discente a refletir sobre o seu processo de trabalho e a transformar a sua realidade, beneficiando-a, tendo em vista que desperta nele o senso crítico e a busca de mudanças em sua relação consigo mesmo, com o usuário e com a comunidade em geral. Os resultados foram positivos, inclusive no que diz respeito ao fortalecimento do uso de metodologias ativas no processo ensino-aprendizagem da escola formadora.
Este artigo é um recorte de um extenso trabalho de investigação realizado na região metropolitana de São Paulo tendo como sujeitos os representantes de Conselhos Municipais (de Saúde e do Idoso). O trabalho de campo realizado entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012 contou com entrevistas e aplicação do método Delphi. Tomamos para considerações somente os resultados do Delphi: apresentamos e analisamos as opiniões daqueles representantes, a respeito das recomendações das políticas que auxiliam a consolidação da Atenção à Saúde do idoso no Sistema Único de Saúde (SUS). Nossa consideração final é a de que a concretização e o fortalecimento das políticas de saúde voltadas para o idoso no âmbito do SUS deveriam se traduzir no cumprimento das diretrizes estabelecidas por essas mesmas políticas sociais de saúde direcionadas ao segmento. Entretanto, encontramos nos municípios pesquisados um significativo desconhecimento, seja por parte dos servidores públicos, seja por parte dos usuários, dessas normas que compõem a Atenção à Saúde do idoso.
As velhices apresentam-se como um conceito composto de complexidades e de multidimensionalidades em seu processo social. Compreende-se, porém, que essa fase não é alcançável a todos diante de atravessamentos sociais, políticos, econômicos, culturais, dentre outros que caminham juntos com a sua construção. Dessa forma, trazer reflexões sobre as percepções das velhices indígenas no campo científico, pautando nossa análise na teoria crítica do reconhecimento sustentada pelos estudos de Nancy Fraser, alinhada à dimensão dialética (materialismo histórico-dialético), é fazer uma incursão que tem como proposta metodológica o estado da arte. Como resultado desse percurso, observa-se que a velhice indígena é discutida sob um prisma epistemológico epidemiológico, sendo negada em sua totalidade.
O presente estudo descreve e interpreta, a partir do conceito de cultura, o discurso de três ciganas, residentes no Município de Irati, Estado do Paraná, sobre a percepção de aspectos do próprio curso de vida, ora fortalecido, ora enfraquecido, pela figura do velho cigano. Nos procedimentos metodológicos, com base na perspectiva da pesquisa qualitativa, utilizou-se a entrevista, apoiada em um questionário semiestruturado, e o diário de campo, como instrumentos de coleta de dados. Consideramos que o trabalho de campo possibilitou registrar, compreender e refletir sobre o velho no imaginário das ciganas e identificar questões a respeito das dimensões do curso de vida deste grupo étnico; desvelou a figura do velho assumindo um papel de destaque independentemente de ser homem ou mulher e, também, a imagem da velhice desassistida no contexto dos acampamentos, onde há extrema vulnerabilidade e precariedades da qualidade de vida, da coletividade e do poder público.
Este é um estudo norteado pela questão “Quem cuidará de nós em 2030?”, desenvolvido na Região Metropolitana de São Paulo, ancorado nas Políticas Públicas Brasileiras de Atenção à Saúde do Idoso. Ele investiga as opiniões de representantes de Conselhos Municipais (de Saúde e do Idoso) a respeito do tema-questão. A perspectiva é antropológica, com abordagem interdisciplinar na coleta de dados e na sua interpretação. Os resultados da prospecção e consenso foram: (I) é desnecessário instituir um hospital de retaguarda para o idoso se recuperar e voltar para casa com independência e autonomia; (II) é necessário capacitar todos os profissionais da rede pública; e (III) reconhece-se o aumento da demanda de cuidados na velhice. Os Conselhos Municipais podem vir a ser um poderoso instrumento de participação social, de consecução da esfera pública e das políticas que devem atender de modo satisfatório às demandas do devir da velhice.
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