OBJETIVO: Discutir a estratégia cirúrgica para tratamento de lesões hepáticas penetrantes graves através de tamponamento com balão intra-hepático. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 18 pacientes com trauma hepático penetrante, tratados com balão, atendidos em um hospital de referência em trauma no sul do Brasil. Foram avaliados: idade, sexo, grau da lesão hepática, segmentos acometidos, quantidade de solução salina infundida no balão intra-hepático e seu tempo de permanência, lesões associadas, terapia nutricional, hemotransfusões, complicações, antibioticoterapia, necessidade de UTI e tempo de internamento. RESULTADOS: Todos os pacientes eram do sexo masculino com idade média de 22,5 anos (18-48). As feridas por arma de fogo foram mais prevalentes, sendo a localização mais comum a região torácica e a transição tóraco-abdominal. A lesão associada mais comum foi a do diafragma, e o segmento hepático mais acometido foi o VIII (29,6%). Sete pacientes (38,9%) sobreviveram e a complicação mais comum foi fístula biliar (42,8%). Dos 11 (61,1%) pacientes que foram a óbito, seis morreram no mesmo dia em que foram operados, três ficaram em média 18,6 dias internados e os demais morreram no 2° e 3° do pós-operatório. CONCLUSÃO: O tratamento das lesões hepáticas transfixantes costuma ser de difícil manejo cirúrgico e com alto índice de morbimortalidade. O uso do balão intra- hepático foi eficaz no tratamento dessas lesões, porém não é isento de complicações tendo suas indicações bem definidas.
The objective of the present study was to assess the action of streptokinase, a streptococcal derivative with fibrinolytic capacity, in the prevention of intraperitoneal adhesions in rats. Eighty animals were divided into four groups of 20 each; group A (control) received isotonic saline by the intraperitoneal route, group B received streptokinase by the intraperitoneal route at the dose of 60.000 units/kg body weight diluted in 2 ml isotonic saline, group C received 60.000 streptokinase units diluted in 1 ml isotonic saline by the intravenous route, and group D received 30.000 streptokinase units in 2 ml isotonic saline by the intraperitoneal route and 30.000 streptokinase units diluted in 1 ml isotonic saline by the intravenous route. The animals were submitted at random to median laparotomy for the preparation of stitches inducing adhesions of the ischemic type according to the model of FERRAZ-NETO et al. (1991) modified, and sacrified with a lethal dose of sulfuric ether on the 3rd and 7th postoperative day. Streptokinase was found to be effective in the prevention of adhesions when used by the intraperitoneal route (p=0,0349) or when administered both intraperitoneal and intravenously (p=0,0073). Comparison of the 3rd and 7th posteperative day within the same group showed no significant difference, suggesting that the drug acts during the early period of the healing process. We conclude that streptokinase is effective in the prevention of adhesions formation when injected by the intraperitoneal route or by the combined intraperitoneal and intravenous routes at the dose employed in rats.
OBJETIVO: O papel da laparoscopia na redução da taxa de laparotomias não-terapêuticas e da morbidade em pacientes vítimas de trauma abdominal penetrante tem sido amplamente discutido durante os últimos anos. O objetivo do presente estudo é relatar a experiência inicial de um hospital universitário no manejo laparoscópico de pacientes com trauma abdominal penetrante. MÉTODO: Durante um período de três anos, a laparoscopia foi realizada em 37 pacientes vítimas de trauma abdominal penetrante, hemodinamicamente estáveis. Os prontuários médicos foram revisados e os parâmetros analisados foram as indicações do procedimento, lesões associadas, necessidade de conversão, tempo de permanência hospitalar e complicações. RESULTADOS: Houve 18 (48,6%) casos de laparoscopias diagnósticas (LD) positivas e 19 (51,4%) negativas. Dos pacientes com LD positiva, oito (44,4%) foram submetidos à laparotomia exploradora com finalidade terapêutica ou para melhor delineamento da lesão. Houve 10 (55,6%) LD positivas nas quais não foi realizada conversão para cirurgia aberta. Quatro pacientes apresentaram lesões reparáveis laparoscopicamente, sendo realizado hepatorrafia (n=2) e frenorrafia (n=2). Os outros seis pacientes apresentavam lesões isoladas sem sangramento ativo, e a laparotomia não-terapêutica foi evitada. Os pacientes receberam dieta no primeiro dia de pós-operatório e o tempo médio de hospitalização foi de 3,8 dias. CONCLUSÕES: Nossa experiência inicial confirma que a laparoscopia é um bom método de avaliação e tratamento no trauma penetrante. A morbidade relacionada à laparotomias desnecessárias pode ser minimizada quando o procedimento é bem indicado, e o tratamento pode ser realizado com sucesso em casos selecionados.
RESUMO: Objetivo:As lesões traumáticas pancreáticas são pouco freqüentes após trauma abdominal fechado ou penetrante. O objetivo deste estudo retrospectivo é analisar a experiência de um serviço universitário e relatar os fatores prognósticos e o tratamento cirúrgico instituído. Método: Foram selecionados e revisados os prontuários dos pacientes portadores de trauma pancreático durante um período de nove anos em um hospital universitário nível terciário de trauma e os parâmetros analisados foram: mecanismo do trauma, presença de choque na admissão, grau da lesão pancreática, escore de trauma, tratamento cirúrgico, complicações e mortalidade. Resultados: Oitenta e nove pacientes foram identificados e o diagnóstico foi realizado durante a laparotomia em todos os casos. Os traumas abdominais penetrantes foram responsáveis por 67,4% dos casos. Utilizando a Escala de Lesões de Órgãos, as lesões grau II e III foram as mais comuns e o tratamento foi definido de acordo com o grau e o local da lesão. A mortalidade global foi de 21,3% e significativamente maior nos pacientes que apresentaram choque na admissão, lesões pancreáticas grau IV e V, e Escore de Gravidade da Lesão (ISS) elevado. Conclusões: A lesão pancreática é um fenômeno raro, porém com elevada mortalidade, que está intimamente relacionada à presença de choque na admissão, ao grau da lesão pancreática e ao escore de trauma (Rev. Col. Bras. Cir. 2004; 31(5): 332-337) -ISSN 0100-6991.Descritores: Pâncreas; Lesão pancreática; Tratamento. ABSTRACTBackground: Traumatic lesions of the pancreas following blunt or penetrating abdominal trauma are infrequent. The aim of this retrospective study on traumatic pancreatic injuries was to assess the experience of an academic center and to report prognostic factors and surgical treatment. Methods: Patients with pancreatic injuries were identified during a 9-year period from the registries of a level I trauma center and medical records were reviewed. Parameters analyzed were mechanism of injury, presence of shock, degree of injury, trauma score, operative management, outcome, morbidity and mortality. Results: Eighty-nine patients sustaining pancreatic injuries were identified and diagnosis was made during laparotomy in all cases. Penetrating abdominal trauma was observed in 67.4% of the cases. Using the Organ Injury Scale, grade II and III wounds were more common and management was defined according to the degree and site of injury. Mortality was 21.3% and it was significantly higher in patients presenting shock on admission, pancreatic injury grades IV and V and higher Injury Severity Score (ISS). Conclusion: Pancreatic injury is a rare but deadly phenomenon and mortality rate is related to the presence of shock on admission, degree of pancreatic injury and trauma scores.
(92,7 vs. 76,7 minutos, p=0,003), no tempo operatório para a operação de 7 vs. 68,4 minutos, p=0,00006) e no tempo para a liberação dos vasos gástricos curtos (22 vs. 13,1 minutos, p=0,00005). As complicações intra-operatórias foram maiores no primeiro grupo de pacientes, mas a diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,2). Todos os procedimentos foram concluídos com sucesso por vídeo-laparoscopia em ambos os grupos, e a mortalidade foi nula nesta série. A alta hospitalar ocorreu em média no primeiro dia de pós-operatório em ambos os grupos (p=0,06). Conclusão: A fundoplicatura laparoscópica pode ser realizada com segurança por um cirurgião em formação, sob supervisão direta de um titular, com mínima morbidade para os pacientes. A curva de aprendizado foi demonstrada, avaliando-se principalmente, o tempo operatório do procedimento (Rev. Col. Bras. Cir. 2006; 33(2): 96-100 INTRODUÇÃOA doença do refluxo gastroesofágico é muito comum e a maioria dos pacientes são tratados clinicamente com inibidores de bomba de prótons e agentes pró-cinéticos 1 . Cerca de 20% dos pacientes que desenvolvem complicações ou apresentam recorrência dos sintomas após a interrupção do uso da medicação necessitam de tratamento cirúrgico 2,3 . O tratamento cirúrgico por via aberta ou por laparoscopia da doença do refluxo gastro-esofágico por meio da fundoplicatura é efetivo, duradouro e, em alguns aspectos, superior ao tratamento medicamentoso 4-8 . Estudos demonstrando custo reduzido 9 , menor tempo de permanência hospitalar e retorno precoce ao trabalho 9-10 comparando as fundoplicaturas laparoscópicas com as abertas têm sido relatados, e são em parte responsáveis pela popularização deste procedimento.A literatura mostra que uma curva de aprendizado de 20 cirurgias por cirurgião e de 50 procedimentos por instituição é necessária para o sucesso da fundoplicatura laparoscópica [11][12][13][14] , embora se saiba que a progressão individual do cirurgião ocorre em diferentes velocidades. MÉTODOFoi realizada uma análise retrospectiva dos prontuá-rios de 60 pacientes submetidos à correção cirúrgica laparoscópica da doença do refluxo gastroesofágico durante o período de março a outubro de 2005. Todos os pacientes foram operados pelo mesmo residente de Cirurgia Geral em treinamento, sob supervisão direta do cirurgião titular.As indicações para a cirurgia anti-refluxo foram: presença de sintomas refratários ao tratamento clínico, identificação de complicações decorrentes da doença do refluxo gastro-esofágico e o desejo do paciente de descontinuar o tratamento clínico 1 . A válvula anti-refluxo à 360º foi realizada em todos os pacientes, com ou sem liberação dos vasos curtos, técnicas de Nissen e Nissen-Rossetti respectivamente, de acordo com a preferência individual de cada médico titular.
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