A cachaça é uma bebida genuinamente brasileira, tem identidade própria, é um elemento cultural e um grande símbolo nacional. A internacionalização da bebida requer alguns pressupostos que devem ser atendidos. O presente artigo objetiva descrever os parâmetros necessários e fundamentais para a internacionalização da cachaça, impulsionada pelo seu registro como uma Indicação Geográfica. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, qualitativa e estudo de caso com a utilização de dados primários e secundários. A Indicação Geográfica é uma ferramenta muito importante para combater as falsificações e garantir a procedência do produto, valorizar o saber-fazer, preservar a cultura e a tradição, agregar valor, reduzir a informalidade, gerar desenvolvimento econômico e demonstrar qualidade. A participação da cachaça na exportação brasileira está aquém da sua capacidade produtiva, pois a sua produção é direcionada para o mercado interno. Os produtores têm capacidade de ampliar a produção para atender o aumento da demanda externa após o seu registro como uma Indicação Geográfica, sem desabastecer o mercado interno. Conclui-se que a cachaça reúne os pressupostos para se internacionalizar e aumentar a sua participação na balança comercial brasileira.
Tomando como objeto de estudo as iniciativas de modernização da produção de açúcar e cachaça pela aristocracia na construção histórica do Brasil independente, as quais se pautavam na ciência ocidental moderna em contraposição ao método indiciário, analisamos documentos buscando evidenciar como os preceitos do Iluminismo orientaram essas iniciativas e como o uso de sinais se manteve em várias operações, mesmo em situações em que já existiam aparelhos precisos, como no caso do emprego da Prova de Holanda, que tem como correspondente atual o teste do ajofe. Em torno dessas práticas indiciárias há um campo de interdiscursividade e de interculturalidade criativa, com potencial para inspirar práticas educativas emancipatórias no campo do ensino de ciências, voltadas para uma compreensão ampliada das formas diversas de atividade racional e para a realização de ações sociopolíticas que valorizem a integração não hierárquica de saberes e promovam a decolonialidade, nas suas múltiplas dimensões.
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