This thesis analyses the trajectory of the Imperial Instituto Fluminense de Agricultura (IIFA), a private institution founded by State officials, landowners and 'men of sciences'. The Institute's main goal was to improve agricultural production in Braz l, through changes in farming practices, adoption of new equipment and the introduction of scientific principles into the rural activities. The men of sciences linked to IIFA aimed at the 'ideal of progress of civ lized countries' and took as their 'mission' to convince farmers to adopt a science-based agriculture. IIFA was constituted by: the Jardim Botânico [Botanical Garden] da Lagoa Rodrigo de Freitas, which besides being a leisure area was also responsible for the production of seedling and seeds in large scale to be distributed to farmers; the Fazenda Normal, a farm with the purpose of serving as grounds to the practice of technical and scientific experimentation; and the Asilo Agrícola [Agricultural Asylum], a foster home that sheltered orphans from the Santa Casa da Misericórdia and taught them reading, writing and the profession of farming. IIFA issued the Revista Agricola [Agricultural Journal] consistently for 22 years. The three-monthly magazine aimed at spreading farmingrelated themes, with a view to improving and raising agricultural production. The thesis shows that the Institute served as a locus for institutionalizing the scientific fields related to Agriculture in Brazil, such as Agricultural Chemistry, Forestry, Pedology, Agricultural Meteorology, Phytopatology and Animal Husbandry, to the point they could conquer their own spaces.
Embora esteja às vésperas de completar duzentos anos, a trajetória do Jardim Botânico do Rio de Janeiro ainda carece de estudo sistematizado. O artigo busca compreender as questões que ocasionaram o desinteresse por esse estabelecimento científico nas pesquisas da história das ciências e das instituições, acarretando a permanência do que consta em memória elaborada pelo seu diretor João Barbosa Rodrigues, por ocasião do centenário da instituição. Analisa as principais questões relacionadas à sua história desde a criação em 1808, até sua incorporação pelo Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, em 1861, com o objetivo de colaborar para as discussões acerca da história das instituições e das ciências naturais, no período em foco.
O artigo analisa a obra de Frei Vellozo (1741-1811) intitulada “Flora Fluminensis”, com interpretações dos campos disciplinares da botânica e da história. No período de 1783 a 1790, a equipe liderada por Frei Vellozo percorreu o território do Rio de Janeiro com objetivo de produzir um levantamento detalhado das plantas. Passados 39 anos, o trabalho de Vellozo foi publicado com 1.639 descrições de plantas em latim e 11 volumes in-folio de ilustrações botânicas. Trata-se de uma obra que tem relevância científica, sobretudo se comparada com outros livros e compêndios produzidos na mesma época na Europa. Com o fim de esclarecer as principais características de tal processo de produção e qualidade científica da obra, é feita uma interpretação com foco no modo de como a botânica era realizada no final do século XVIII.
RESUMO(Os primeiros anos da Rodriguésia -1935Rodriguésia - -1938: Em busca de uma nova comunicação científica) Buscamos analisar os três primeiros anos do periódico científico Rodriguésia, publicado desde 1935. Essa primeira fase referese ao período em que a revista foi editada pelo Instituto de Biologia Vegetal, Jardim Botânico e Estação Biológica de Itatiaia e tinha uma proposta de alcançar um público mais amplo que a divulgação entre pares e abranger um escopo além da taxonomia botânica, como a entomologia agrícola, fitopatologia, genética e ecologia agrícola. Palavras-chave: Rodriguésia, história de periódico cientifico, história das ciências naturais, história do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, disseminação científica, difusão científica. ABSTRACT(The first years of Rodriguésia -1935Rodriguésia - -1938: Searching for a new science communication) We analyzed the first three years of the scientific journal Rodriguésia that is being published since 1935. During this period, the journal was edited by the Instituto de Biologia Vegetal, Jardim Botânico and Estação Biológica de Itatiaia. It had the purpose to reach other people over the scientific community including areas other than the Taxonomic Botany, such as Agricultural Entomology, Phytopatology, Genetics, and Agricultural Ecology. Key-words: Rodriguésia, history of Botanical Garden of Rio de Janeiro, scientific periodical, natural science, science dissemination, science communication. INTRODUÇÃOA Rodriguésia completa 70 anos neste ano. São poucos os periódicos científicos brasileiros que conseguiram resistir durante "longo" período, o que, naturalmente, nos instiga a refletir sobre sua trajetória. Entretanto, iremos analisar apenas os três primeiros anos da Rodriguésia -1935 a 1938 -, os quais correspondem aos onze primeiros números editados.A escolha desse tempo histórico em que iremos nos deter se justifica por ter sido o período da primeira fase da revista. Nessa época, a Rodriguésia era uma publicação do Instituto de Biologia Vegetal, Jardim Botânico e Estação Biológica de Itatiaia. O escopo editorial da revista era mais abrangente, pois buscava também atingir o público leigo. Além de artigos de botânica também abrangia outras áreas, como entomologia, fitopatologia, genética e ecologia agrícola.Em 1938, mudanças administrativas no Ministério da Agricultura ocasionaram a extinção do Instituto de Biologia Vegetal e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro passou a ser subordinado ao Serviço Florestal, o que veio a interferir diretamente na Rodriguésia. Isto ocasionou a primeira suspensão na sua periodicidade dentre as inúmeras que ocorreram em épocas distintas e por motivos diversos ao longo de sua existência.1 Para nos auxiliar a compreender a inserção da Rodriguésia na comunidade científica botânica, procuramos identificar quais foram os principais periódicos científicos brasileiros que publicavam resultados de pesquisas botânicas no período anterior a 1935. Além disso, buscamos inserir a criação da Rodriguésia no contexto político de então, através de um...
RESUMO Analisa a trajetória de Luís Pedreira do Couto Ferraz, visconde do Bom Retiro e personagem da alta governança do Segundo Reinado, que, a despeito de sua participação em política e administração durante mais de 40 anos, ainda é pouco referido na historiografia. Couto Ferraz foi presidente de duas províncias, deputado em diversas legislaturas, ministro no Gabinete da Conciliação, senador e membro do Conselho de Estado, além de ter atuado na direção de diversas instituições. Destaca-se seu papel de amigo e confidente de Pedro II e propõe-se que sua discrição buscava ao mesmo tempo preservar o monarca e garantir proximidade e influência no poder, muitas vezes de forma indireta e pouco perceptível. Palavras-chave: Brasil; Segundo Reinado; trajetória biográfica; Luís Pedreira do Couto Ferraz; visconde do Bom Retiro. ABSTRACT This paper analyzes the trajectory of Luís Pedreira do Couto Ferraz, viscount of Bom Retiro, a high-ranking government official of the Second Reign, who is still seldom mentioned in the historiography, despite his participation in politics and the administration for more than 40 years. Couto Ferraz was president of two provinces, representative in several legislatures, minister in the Cabinet of Conciliation, senator and member of the State Council, besides being a director in several institutions. His role as a friend and confident of Pedro II is emphasized in the paper, which proposes that his discretion sought at the same time the preservation of the monarch, and the assurance of his own proximity to and influence in power, often in indirect and scarcely perceptible ways.
Resumo Busca-se trazer à luz a trajetória de Maria Bandeira, primeira botânica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que atuou na década de 1920, desconhecida na historiografia e pouco citada na literatura científica. O significativo número de espécimes de plantas, fungos e líquens por ela coletados, a expertise em alcançar locais de difícil acesso, a extensa correspondência com especialistas estrangeiros e sua ida para estudar na Sorbonne permitem analisar o “fazer botânica” e as redes de sociabilidades nas ciências à época. A interrupção da sua trajetória científica para ingresso na ordem das Carmelitas Descalças com clausura total possibilita interpretações diversas e explica, em parte, a causa do esquecimento de sua passagem pela botânica brasileira.
RESUMO O artigo apresenta uma reflexão sobre a Revista Agrícola, publicação criada em 1869 e com atividade ininterrupta durante 21 anos. Analisa os editores e a linha editorial do periódico, assim como os principais assuntos abordados. Aponta sua contribuição em divulgar as práticas científicas voltadas às atividades rurais e como espaço de legitimação das ciências agrícolas e áreas afins. Mostra que as ideias de modernização da lavoura veiculadas na revista estavam interligadas ao fim da escravidão e à necessidade do uso 'racional' do solo. Ao final, apresenta uma breve análise comparativa com a Revista de Horticultura, publicação da época sobre temática semelhante. Palavras-chave história das ciências, ciências agrícolas, periódico científicoABSTRACT The article presents a reflection on the Revista Agrícola, a publication founded in 1869 and uninterrupted activity for 21 years. Analyzes the editors and editorial of the periodical, as well as key topics. He points his contribution in spreadings cientific practices geared to rural activities and an area for legitimate agricultural sciences and related areas. Shows that * Artigo recebido em: 11/01/2012. Aprovado em: 28/05/2012.
O Imperial Instituto Fluminense de Agricultura incentivou debates com vistas a solucionar a moléstia que assolava as plantações de cana-de-açúcar na Bahia. Participaram das discussões os proprietários rurais, membros do governo e homens das ciências. O artigo apresenta o contexto das ciências aplicadas na lavoura, sobretudo a química agrícola e a repercussão das 'descobertas' de Justus Liebig, no Brasil. Analisa o debate no Imperial Instituto acerca da moléstia da cana-de-açúcar, as ideias ali defendidas, identifica os personagens envolvidos na questão, os procedimentos e soluções apresentadas, bem como a formação de redes de conhecimentos em torno das ciências agrícolas, então em processo de institucionalização.
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