Resumo ObjetivoValidar a versão brasileira do Nordic Musculoskeletal Questionnaire -NMQ (Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares -QNSO) e apresentar as relações entre morbidade osteomuscular e variáveis demográficas, ocupacionais e relativas a hábitos. Métodos A versão brasileira do instrumento NMQ foi aplicada a uma amostra de 90 empregados em uma instituição bancária estatal, em Brasília, em 1999. Foram realizadas análises descritivas da amostra e de associação entre as variáveis. Os resultados foram comparados a dados relativos à história clínica de cada respondente. Realizou-se análise estatística de comparação entre grupos (Test t) e de correlação entre variáveis (Pearson). Resultados Os resultados mostraram concordância entre o relato de sintomas no NMQ e a história clínica em 86% dos casos. Foram verificadas diferenças na prevalência de sintomas quanto ao gênero, à função exercida e à prática de atividade física. As mulheres apresentaram maior média de severidade de sintomas em quase todas as regiões anatômicas; os gerentes relataram maior severidade de sintomas em região lombar do que escriturários; a prática de atividade física regular esteve associada à menor severidade de sintomas em membros superiores. Conclusões Os resultados mostram um bom índice de validade concorrente para a versão brasileira do NMQ e recomendam sua utilização como medida de morbidade osteomuscular. Entretanto, o instrumento necessita de uma medida de severidade de sintomas e de alterações na diagramação e no conteúdo da escala para torná-la mais compreensível e menos suscetível a um excessivo número de respostas em branco. Abstract ObjectivesTo validate the Portuguese version of the Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ), and to evaluate the relationship between musculoskeletal morbidity and demographic, occupational and behavior variables.
RESUMO -O objetivo do estudo foi investigar a estrutura fatorial da Escala Modos de Enfrentamento de Problemas -EMEP, na versão adaptada para a população brasileira por Gimenes e Queiroz (1997), para mensurar estratégias de enfrentamento em relação a estressores específicos. A amostra foi composta por 409 adultos de ambos os sexos, onde 252 consideraram como estressor um problema atual que estivesse ocasionando estresse, enquanto 157 foram pessoas portadoras de enfermidades crônicas, que responderam à escala com base no problema de saúde que estavam apresentando. Foram extraídos quatro fatores pelo método dos eixos principais, rotação ortogonal: estratégias de enfrentamento focalizadas no problema, estratégias de enfrentamento focalizadas na emoção, práticas religiosas/pensamento fantasioso e busca de suporte social. A análise dos achados nas duas sub-amostras, diferenciadas quanto aos estressores dominantes, sugere possibilidades positivas de aplicação em contextos de pesquisa e de intervenção profissional, em especial a atuação clínica voltada para manejo do estresse junto a diferentes clientelas.Palavras-chave: enfrentamento; estresse; estrutura fatorial. Factorial Analysis of a Coping MeasureABSTRACT -The goal of this study was to investigate the factorial structure of the Brazilian version of the Ways of Coping Scale (Gimenes & Queiroz, 1997) that measures coping strategies people use when facing specific stressors. The sample of 409 male and female adults was divided into two groups: 252 reported one major stressor related to a real problem in their everyday activities and the other 157 reported and described the suffering of a chronic disease. A factor analysis with principal axis method and orthogonal rotation, extracted four factors: coping strategies based on the stressor, coping strategies based on the emotion, religiosity/fantasy thinking and search for social support. Comparisons between the two samples suggested different possibilities for the development of research and intervention in the clinical work aimed at the management of stress by different type of patients.Key words: coping; stress; factorial structure.Lazarus, Gruen & De Longis, 1986, p. 572). Nessa teoria, dois aspectos ganham relevo: a avaliação cognitiva e o enfrentamento, que seriam mediadores entre o organismo e o ambiente, tornando essa transação um processo dinâmico e multidimensional.As respostas ou estratégias de enfrentamento têm sido classificadas quanto à função em duas categorias: enfrentamento focalizado no problema e enfrentamento focalizado na emoção. No primeiro caso, a pessoa engajar-se-ia no manejo ou modificação do problema ou situação causadora de estresse, visando controlar ou lidar com a ameaça, o dano ou o desafio; são, em geral, estratégias ativas de aproximação em relação ao estressor, como solução de problemas e planejamento. O enfrentamento focalizado na emoção teria como função principal a regulação da resposta emocional causada pelo problema/estressor com o qual a pessoa se defronta, podendo representar ati...
RESUMO -Há poucas medidas válidas de bem-estar subjetivo adaptadas à população brasileira. Nesse estudo, diversos itens foram elaborados para o desenvolvimento de um instrumento para mensurar os três maiores componentes do bem-estar subjetivo: satisfação com a vida, afeto positivo e afeto negativo. A Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES) foi respondida por 795 pessoas (idade média = 35,6 anos; desvio-padrão = 4,83). A análise dos componentes principais e a análise fatorial (extração dos eixos principais -PAF e rotação oblimin) revelaram os três fatores esperados: afeto positivo (21 itens, explicando 24,3% da variância, alfa = 0,95); afeto negativo (26 itens, 24,9% da variância, alfa = 0,95) e satisfação-insatisfação com a vida (15 itens, 21,9% da variância, alfa = 0,90). Juntos, os três fatores explicaram 44,1 % da variância total do construto. Os 69 itens da EBES foram analisados pela Teoria de Resposta ao Item (TRI). Os resultados demonstraram validade de construto da EBES.Palavras-chave: bem-estar subjetivo; validação; escala. Development of a Subjective Well-Being ScaleABSTRACT -There are few valid measures of subjective well-being adapted to the Brazilian population. In this study, several items were elaborated for the development of an instrument to measure the three major components of subjective well-being: satisfaction with life, positive affect and negative affect. The Subjective Well-Being Scale (EBES) was answered by 795 participants (mean age = 35.6 years old; standard deviation = 4.83). Principal components and factor analysis of their answers (extratcion of principal components -PAF and direct oblimin rotation) revealed the expected three factors: positive affect (21 items, explaining 24.3% of the variance, alpha = 0.95); negative affect (26 items, 24.9% of the variance, alpha = 0.95) and satisfaction-dissatisfaction with life (15 items, 21.9% of the variance, alpha = 0.90). Together, these three factors explained 44.16% of the total variance of the construct. The 69 items of the EBES were further analyzed using Item Response Theory (IRT). All the results supported the construct validity of the Subjective Well-Being Scale.
The general purpose of this exploratory research was to understand the stress in different nursing occupations, aiming at determining the meaning of stress to nurses, identifying the stressors regarding different nursing occupational activities and investigating if the nurses' occupational activity is perceived as stressful. The sample consisted of three groups of Nurses (clinical, managers and professors) working in the public service of the city of Brasília and data were collected through semi-structured interviews. Although the concept of stress is not clear among nurses, they do experience diverse stressors; related to intrinsic job factors, to relationships at work, to their roles and to the organizational structure.
Resumo A pesquisa testou modelo sobre as relações entre qualidade de vida (QV), condição clínica, escolaridade, situação conjugal, enfrentamento e suporte social, em pessoas portadoras do HIV/AIDS. Participaram 241 pessoas (161 homens), de 20 a 64 anos, 169 sintomáticas e 72 assintomáticas, 208 delas em uso de terapia anti-retroviral. A variável critério QV foi investigada nas dimensões psicossocial, física, do ambiente e qualidade de vida geral, mediante análises de regressão múltipla hierárquica. Suporte social emocional, enfrentamento focalizado na emoção, enfrentamento focalizado no problema e viver com parceiro(a) foram preditores significativos da dimensão psicossocial da QV, alcançando a maior variância explicada (59% ajustado). Suporte social emocional e enfrentamento focalizado na emoção foram preditores significativos nas análises relativas às demais dimensões da QV. Discutem-se implicações para as práticas de saúde referentes às ações profissionais propiciadoras do bem-estar psicológico e da qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV/AIDS.
A exaustão emocional é considerada como o fator central do burnout. Diversas pesquisas mostram que características do ambiente de trabalho e do trabalhador estão associadas ao desenvolvimento da exaustão emocional. Este trabalho apresenta os resultados de uma investigação sobre dois aspectos importantes para o estudo da exaustão emocional: a percepção de suporte organizacional (PSO) e o coping no trabalho. 369 trabalhadores responderam uma escala de exaustão emocional, uma de PSO e outra de coping no trabalho. Os fatores gestão de desempenho, sobrecarga, suporte social e ascensão e salários da escala de PSO e o fator escape da escala de coping revelaram-se preditores significativos da dimensão exaustão psicológica da escala de exaustão emocional. A segunda dimensão desta escala, percepção de desgaste, só foi predita significativamente pelos fatores suporte social e sobrecarga da escala de PSO. Recomendações para lidar com a exaustão emocional são apresentadas.
falhas metodológcas consstam na precára consstênca nterna dos nstrumentos utlzados, escalas sem análse da estrutura fatoral, bem como escalas cradas post hoc de um conjunto de dados (Cohen & Wlls, 1985;Thots, 1982).Um das prmeras concetuações de suporte socal refera-se à "informação que leva o indivíduo a acreditar que ele é cuidado, amado, estimado e que pertence a uma rede social com obrigações mútuas" (Cobb, 1976, p. 300). Nesse sentdo, os efetos do suporte socal levaram ao sentmento e à percepção de estma e pertencmento a uma rede socal com dretos e deveres comuns.Os estudos sobre suporte socal podem ser dvddos em duas categoras, de acordo com a concetuação e o tpo de medda focalzada: aspectos estruturas e funconas do suporte. Os estudos que nvestgam os aspectos estruturas detêm-se na freqüênca ou quantdade de relações socas, nteressados, portanto, na ntegração da pessoa em uma rede socal (social network). De modo geral, trabalham com ndcadores como tamanho da rede (número de pessoas envolvdas), homogenedade, recprocdade, acessbldade e freqüênca do contato, além dos tpos de papés socas que as pessoas desenvolvem na rede, nclundo a partcpação O construto suporte socal surgu de modo proemnente na lteratura em pscologa e em áreas correlatas a partr de meados dos anos 1970. Os trabalhos poneros de Cassel (1976) e Cobb (1976) tveram grande relevânca ao apontar a nfluênca das nterações socas sobre o bem-estar e a saú-de das pessoas. Esses estudos buscavam compreender como a nexstênca ou a precaredade do suporte socal podera aumentar a vulnerabldade a doenças, e como o suporte socal protegera os ndvíduos de danos à saúde físca e mental decorrentes de stuações de estresse.Em seu trabalho de revsão da lteratura, Cobb (1976) seleconou estudos que mostravam os efetos protetores do suporte socal em stuações de estresse ao longo da vda. Concluu que a adequação do suporte podera ter efetos protetores em momentos de crse, como luto, aposentadora, desemprego, recuperação de doenças e hosptalzação. Nas pesqusas, realzadas nas décadas de 1960 e 1970, fo possível dentficar, contudo, dficuldades para definr e, conseqüentemente, avalar o suporte socal. As prncpas M=37,4). A análse fatoral exploratóra, pelo método dos fatores prncpas e rotação oblíqua, ndcou a exstênca de dos fatores de prmera ordem: suporte socal emoconal (12 tens, α=0,92) e suporte socal nstrumental (12 tens, α=0,84). Um fator de segunda ordem composto dos 24 tens orgnas fo dentficado, com bons ndcadores pscométrcos (α=0,87). A estrutura fatoral encontrada correspondeu à estrutura esperada de um nstrumento para avalar as prncpas dmensões do suporte socal em pessoas HIV+.Palavras-chave: suporte socal; análse fatoral; HIV/ads. Development of a Scale for the Social Support Evaluation in HIV/AidsABSTRACT -Ths study nvestgated the factoral structure and the psychometrc propertes of The Socal Support Scale for People wth HIV/Ads based on tems from a canadan scale for evaluaton of the socal support for people lvng wth HIV/ads, on ntatves of brazlan researchers and on...
Noting the occasional inconsistency in the results of studies of the effects of negative affect on thoughts and actions in social situations, it is suggested that: (1) self-regulatory mechanisms sometimes intervene to determine what people experiencing unpleasant feeling will say (and maybe think) about others around them; and (2) at least some of these mechanisms may have to be activated by relatively high-level cognitive processing and are not always operative. More specifically. the theoretical analysis presented here holds that many different kinds of negative affect will prime thoughts having a negative meaning, including unfavourable judgements of others. However, negative affect does not always lead to openly expressed negative opinions and actions. It is proposed that attention to one's moderately unpleasant feelings tends to moderate the effect of negative affect on subsequent negative thoughts and actions by activating "higher-level" cognitive processing so that consideration is given to different kinds of knowledge pertinent to the given situation, including the social rules defining what is desirable and whatever relevant information is provided in the situation. Two experiments are reported, employing greatly different procedures and subjects of both sexes. in support of this analysis. The seeming disparity between the present conception and self-awareness theory is also discussed. and it is noted that these formulations are actually not at odds. Suggestions are made for further research.Requests for reprints should be Sent to Professor L. Berkowitz. Department of Psychology, University of Wisconsin. 1202 West Johnson. Madison, WI 53708. U.S.A.Dr Troccoli is now at the Departmento de Psicologia. UFPB. Joao Pessoa. Paraiba.Brazil. Ms Polly Poupore conducted the second experiment reported here. Its success is due in great part to her skilful and conscientious performance of the experimenter role. Dr Sandra Wolfson. now at Newcastle Polytechnic. U.K. suggested the extended arm procedure for producing negative affect employed in the second expcriment. We are grateful to her for this recommendation. We also would like to thank Patricia Devine for her interest and helpful recommendations in the preparation of this manuscript. The research was
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