O "Projeto Cesta Verde", vertente do PAA em Limeira, SP, provia cestas de alimentos produzidos localmente à famílias em condição de vulnerabilidade social. O estudo com cartáter descritivo indicou que a maioria dessas famílias se encontravam em situação de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) e que os alimentos fornecidos pelo projeto contribuiam para a melhoria dos hábitos alimentares. A descontinuidade no projeto pelos beneficiários pode ser explicada por fatores de âmbito individual dos participantes e do âmbito de gestão da política pública.
Com o intuito de assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), o governo federal brasileiro instituiu o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Em Limeira, SP, a política teve uma gestão específica com o programa “Cestas Verdes”, que fornecia alimentos produzidos localmente a famílias em risco social. O presente estudo teve como objetivoinvestigar os fatores associados à adesão e descontinuidade dos beneficiários, diagnosticar prevalência de (In)Segurança Alimentar e Nutricional (IAN/SAN), e entender o papel do programa em assegurar o DHAA. Para isso, 68 beneficiários responderam um questionário com dimensões de IAN/SAN e informações específicas do programa, como motivos que condicionaram a adesão e descontinuidade e impacto dos alimentos nos hábitos alimentares. Os dados foram analisados com o auxílio do software EpiData. Entre os domicílios beneficiados, 94,1% encontravam-se classificados em algum grau de IAN. Mais de 95% dos beneficiáriosreferiram que os alimentos recebidos tornavam a alimentação mais saudável, evidenciando impactos nos hábitos alimentares. Quanto à frequência de recebimento, 64% não receberam a cesta durante toda a vigência do programa, o que foi explicado por fatores de âmbito individual dos beneficiários - condições de saúde - e da gestão da política – cadastramento tardio, horário de entrega, viés e mudança nos critérios de seleção. Assim, as “Cestas Verdes” mostraram-se como contribuidoras na garantia do DHAA de populações em risco social. Em relação à descontinuidade, essa se deu por fatores relacionados tanto às condições de vida dos beneficiários quanto às características da gestão municipal.
A Ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.Dedico aos meus pais: na distância, caiu a ficha. AGRADECIMENTOSAcredito que está nos agradecimentos parte importante da história de como nasce cada trabalho, a coleção de nomes que ajudou a compor a pesquisa por diferentes motivos e perspectivas, que impactaram a pessoa que escreve essas palavras e ressoa em cada palavra. Assim, transbordo aqui minha gratidão pela contribuição de cada um, por serem parte desta tessitura. Meus paisCristina e Marcelo que estavam presente na defesa, mas que apoiaram minha vontade em continuar estudando, em mudar de cidade, nos meses em que a pesquisa requeria dedicação exclusiva, mas eu não tinha como me manter e eles foram tudo que eu precisei. Obrigada! Ao meu irmão gêmeo Lucas que sempre está em tudo que faço, companheiro de jornada desde o útero e para sempre. Aos que antecederam Limeira e que também sempre evoco porque fazem parte do que sou e da minha formação, como as amigas de longa data Caroline Esteves, Juliana Rodrigues e Ana Carolina (cabra), as que vieram com a UNIFESP como Juliana Andrade, parceria de risada e caminhada, Isadora e Camili, com tanto amor para dar e dado! Nossos caminhos se distanciaram logo no começo desta etapa, mas para chegar ao mestrado você foi essencial Eduardo, por isso um obrigado singelo. E na ordem cronológica que remonto aqui, se tenho trabalho final para apresentar é porque minha orientadora decidiu apostar na forasteira que veio procurá-la perdida e sem rumo no que pesquisar. Juli, muito obrigada por ter compartilhado tanto comigo, pela generosidade, pela relação simétrica que temos e por muito mais. Agradeço também a aluna de iniciação científica que a Juli colocou na minha pesquisa, Mariana Grilo, de grande ajuda e de partilha do que desbravamos e conhecemos. Ao professor Roberto também, pela coorientação, pelas discussões enriquecedoras no grupo de estudos CAI/CHS, bem como os estudantes que fizeram parte mais frequentemente dos debates e dúvidas sobre a pesquisa: Malu e Isa (queridas companheiras de festas juninas), Bruno, Chico (o "nativo", que me ajudou a conhecer Limeira), Sayne (alpinista do Morro Azul), Dilan (um esperançoso), Priscilla e Daiane. Outros professores do nosso programa também colaboraram de alguma forma com a experiência que foi fazer parte do ICHSA: professor Eduardo Marandola, dos caminhos burocráticos à dissolução de tudo que trazíamos de bagagem em aula; professora Marta por mostrar novas abordagens na docência e ser tão acolhedora com nossos dilemas com a academia. Ao Willon, alunos de pós-doutorado que me ajudou a decifrar meus objetivos, sempre com seu bom humor. De maneira geral, todos os estudantes que entraram na mesma turma que eu em 2016 foram marcantes, envolventes, bem-humorados, animados e sempre dispostos à camaradagem. A interdisciplinaridade se deu entre nós, comungamos dela em nossos diálogos, na partilha das angústias e alegrias. Carolina Freixo e Eugênio, diferentes gerações do ICHSA, for...
Este trabalho tem como objetivo apresentar pesquisa de mestrado acerca da implementação do programa “Cestas Verdes”, uma vertente do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na cidade de Limeira (SP), de abril de 2015 a novembro de 2016. Este desenrolou-se de maneira particular no município, com uma mudança de traçado no intuito de abranger famílias em Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) com as chamadas “Cestas Verdes”. Estavam envolvidos o Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), responsável pela gestão do programa, bem como a cooperativa de agricultores do acampamento rural Elizabeth Teixeira. Tendo o alimento como fio condutor, observou-se a rede sociotécnica que o programa foi capaz de articular nos eixos: I. produção no acampamento, II. gestão municipal e III. distribuição às famílias. Por meio de entrevistas semiestruturadas, observação participante e grupos focais, foi possível constatar que a experiência em Limeira garantiu renda às famílias do acampamento que trabalham e se identificam com a agricultura, melhorando sua situação de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), uma vez que os alimentos que vendiam também eram para autoconsumo; para as gestoras essa política representou um desafio e um novo modo de fazer o trabalho mesmo com acesso limitado à discussão de SAN; e, para as famílias, os alimentos foram uma melhora material e significativa na alimentação, tanto nos casos que tiveram profissionais da Nutrição trabalhando conjuntamente, quanto para os que não passaram por esse acompanhamento. Com efeito, essa experiência mostrou a teia que o programa foi capaz de coadunar entre humanos e não humanos em prol da noção de SAN, mesmo que por um breve período.
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