O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que provoca dificuldades em várias áreas, incluindo as funções executivas (FE), principalmente na presença de comorbidades. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma das comorbidades mais frequentes do TEA. A pesquisa identificou perfis de FE de crianças com e sem TEA e verificou o efeito da presença de comorbidade (TDAH) nesse perfil. A amostra foi composta por 16 crianças com TEA e 32 controles (mesma sala de aula; emparelhadas por idade, sexo e QI não-verbal). Foram avaliadas as funções de flexibilidade (Wisconsin), planejamento (Torre de Hanoi) e controle inibitório (Go/No-go) e os pais responderam ao SNAP-IV. Conduziram-se análises multi/univariadas (MANOVA e ANOVA) e testes de qui-quadrado. No contraste entre o grupo clínico e controle, não houve diferenças em flexibilidade ou em planejamento. Houve efeito geral no controle inibitório, que deveu-se a diferenças na condição No-go (> erro TEA). A análise de comorbidade (2x2; TEA/controle; TDAH presente/ausente) apontou que os sintomas de TDAH produziram diferenças em flexibilidade e em controle inibitório no contraste entre crianças com TEA+TDAH e controles sem TDAH. Discute-se as implicações dos resultados para a análise de especificidade dos transtornos.
Resumo Este estudo investigou o poder de predição das subescalas do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) para o diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e transtorno do espectro autista (TEA) na avaliação de pais e professores. Participaram 108 crianças entre 4 e 12 anos (controles n=72) sendo o grupo clínico composto por crianças com diagnóstico psiquiátrico. Análises multivariadas de variância verificaram as similaridades e diferenças entre os grupos nas subescalas e modelos de regressão logística foram testados para analisar o poder de predição. Os grupos clínicos apresentaram dificuldades em todas as subescalas e as crianças com TEA diferiram-se das com TDAH apenas em sintomas emocionais. O comportamento pró-social foi preditivo para os dois transtornos. Especificidades e divergências foram encontradas no poder preditivo das demais subescalas para ambos os grupos e avaliações. Discute-se o potencial do SDQ para auxílio diagnóstico do TDAH e TEA em diferentes contextos.
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