Resumo: Entre os anos de 1730 e 1760, as igrejas setecentistas de Minas Gerais (Brasil), tiveram seus espaços internos transformados por retábulos e relevos de madeira, que materializaram as tendências barrocas correntes em Portugal, denominadas por Robert Smith de "estilo joanino". Esse ciclo foi resultante do labor de oficiais portugueses, responsáveis pela produção de peças que contribuíram para propagar elementos formais e estéticos vinculados à arte desse período, na então Colônia brasileira. Reconhece-se que livros de arquitetura e gravuras circularam àquela época em Minas, incrementando as referências que constituíram o repertório artístico coevo. No domínio da arte local, no entanto, não foi devidamente mensurada a efetiva função exercida por essas fontes, tampouco foram examinados os nomes dos autores que podem ter exercido predominância nas orientações seguidas pelos artistas. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo analisar a influência do tratado Perspectiva pictorum et architectorum (1717), de Andrea Pozzo (1642-1709), na construção e na formatação dos retábulos joaninos mineiros, conhecida a circulação desses livros entre entalhadores em exercício na região.
Os modos pelos quais se organizavam as oficinas de talha ainda são pouco conhecidos pela historiografia da arte mineira setecentista. Isso ocorre, entre outros fatores, pela escassez de fontes primárias que forneçam tais informações. Nesse sentido, o presente artigo demonstra algumas peculiaridades da formação e gestão de uma oficina de talha instalada no interior da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, atual Sé de Mariana. Buscou-se também, ressaltar a importância do contrato de arrematação da obra de talha, no tocante ao cumprimento de suas cláusulas contratuais. Tal estudo foi subsidiado em documentação primária que relata a composição e organização de uma oficina de talha que, por volta do ano de 1749, sofre sanções penais por descumprimento dos prazos e condições previamente estabelecidas no contrato de arrematação da obra.
A partir de meados do século XIX, discussões diversas atuaram como somatório para articulação do<br />pensamento moderno diante de questões relativas à cultura, à arte e à Arquitetura. Na diversidade<br />das propostas encabeçadas por tal mentalidade, entra em crise o ornamento e começam a surgir<br />importantes reflexões acerca da ruptura com o passado, em nome das transformações culturais e do<br />estabelecimento do Modernismo. Nesse âmbito, destaca-se Adolf Loos, que teve na luta contra o<br />ornamento algumas das sementes que desenvolveram as ideias reformadoras em voga.
A exploração mineral na cidade de Caeté, Minas Gerais, ao longo do século XVIII, proporcionou a construção da Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, que no decorrer dos anos oitocentos foi adornada com obras pictóricas que recobrem o forro da nave e sacristia. Nesse sentido, este texto tem como orientação realizar a análise histórica, formal e iconográfica das pinturas da igreja Matriz de Caeté. Intenciona-se, também, estudar a desaparecida pintura que recobria a capela-mor, devidamente registrada em fotografias e documentação passíveis de deslindar fragmentos importantes de sua composição formal e percurso histórico. Os resultados desta pesquisa permitirão resgatar elementos essenciais referentes à arte que ornamenta o supracitado templo.
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