Justificativa e Objetivos: Lesões por pressão (LPP) representam um sério problema de saúde que gera grande desconforto, sofrimento e impacto na morbimortalidade de indivíduos internados. Conhecer o perfil de pacientes hospitalizados com essas lesões, assim como suas correlações clínicas, permitem a elaboração de estratégias profiláticas mais direcionadas e adequadas para esse público. Desse modo, o objetivo geral do presente estudo foi verificar o perfil epidemiológico e clínico de pacientes com LPP, internados em instituição de saúde em Manaus/AM, determinando as características clínicas, prevalência e correlação com possíveis fatores agravantes. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório descritivo, em que 24 pacientes, com 49 LPP, foram avaliados por questionários contendo dados demográficos e clínicos. A dimensão espacial das LPP foi obtida pelo software ImageProPlus. A análise estatística foi realizada pelo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: A maioria dos indivíduos com LPP encontrava-se internada na Clínica Médica (62,5%), sendo constituída por homens (79,2%) com faixa etária entre 5 e 59 anos (54,2%). Grande parte dos pacientes evidenciou apenas uma LPP (54,2%), localizada em membros inferiores (28,6%), relacionadas com patologias neurológicas (41,7%) e maior tempo de internação (66,7%). Os estágios 3 e 4 de lesão foram os mais frequentes. Conclusão: A observação de LPP permite inferir a real necessidade da elaboração de projetos que atuem na profilaxia da gênese e/ou agravamento das lesões, sobretudo em uma população masculina, internada na clínica médica e com estágios mais graves de lesão.
Introdução: Crianças prematuras tendem a apresentar atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor devido à imaturidade e à propensão de lesões no sistema nervoso central. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico e motor de crianças atendidas no follow-up da Maternidade Balbina Mestrinho (MBM) em Manaus/AM, verificando a associação entre diferentes fatores socioambientais e clínicos com o desenvolvimento motor (DM). Métodos: Foram avaliadas 25 crianças acompanhadas no follow-up da MBM, por meio da Escala Motora Infantil de Alberta e aplicação de questionário estruturado contendo dados clínicos e epidemiológicos. Resultados: Foi detectado que todas as crianças eram prematuras e 44% apresentaram atipicidade no DM, relacionada principalmente a idade corrigida (p=0,015) e ao grau de escolaridade materna (p=0,019). Conclusão: O elevado índice de atipicidade no DM pode estar associado ao perfil amostral, cuja prematuridade infere em fragilidade de seus sistemas. Assim, sugere-se que maiores investigações sejam realizadas, a fim de relacionar outros fatores com o DM.
RESUMO O objetivo foi investigar o impacto de um Programa de Intervenção Motora Domiciliar (PIMD), com a abordagem centrada na família, na funcionalidade de indivíduos com Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). Foi realizado uma série de casos, entre novembro de 2020 a junho de 2021 e aplicado a função motora grossa dos membros superiores e inferiores antes e após o PIMD, durante 16 sessões. Permaneceram seis crianças entre 12-13 (±2,90) anos de idade; 9,14 (±0,90) anos para perda de deambulação e 6,38 (±1,06) anos para idade de diagnóstico. A Medida da Função Motora inicial foi 47,8 (±20,13) e final, 56 (±20,53); na Escala de Vignos, inicial foi 7 (±1,73) e final, 6,4 (±1,95); na Escala de Brooke, inicial foi 2,0 (±1,30) e final, 2,2 (±1,22); na Performance of the Upper Limb, inicial foi 28,29 (±11,94) e final, 35 (±13,28). Na criança deambuladora, a média do escore de North Star Ambulatory Assessment (NSAA) total inicial foi 25 e final, 27. Portanto, o PIMD pode ser uma alternativa para prolongar a funcionalidade do curso clínico da DMD, em períodos sem intervenção presencial. A telerreabilitação é uma estratégia promissora, entretanto, é necessário treinamento da equipe de cuidados à saúde e o envolvimento dos pais.
Introdução: A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma pneumonia intersticial idiopática crônica, progressiva, sem cura, com morte entre 3 meses a 4 anos após o diagnóstico. A qualidade de vida (QV) dos indivíduos com FPI é baixa, com muitos sintomas respiratórios. Têm-se demonstrado que a melhora da QV e dos sintomas pode ocorrer com a reabilitação pulmonar (RP). Contudo, existem poucos estudos nacionais sobre o assunto sendo esta conduta pouca realizada no Brasil. Objetivos: Investigar evidências científicas sobre a RP em indivíduos com FPI. Métodos: Revisão sistemática de estudos secundários: diretrizes, guidelines e revisões sistemáticas, em inglês e português, publicados entre 2000 e 2016 nas bases de dados: BVS, Cochrane Library, PEDro, PubMed, Scielo Org. Os descritores e seus correlatos foram identificados no Medical Subject Headings e nos Descritores em Ciências da Saúde. A questão PICO foi: P: indivíduo com FPI, I: reabilitação pulmonar, O: tempo livre de piora, dispneia, distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos, saturação periférica de oxigênio (SpO2), QV, capacidade vital forçada (CVF) e sobrevida. A qualidade metodológica foi avaliada através do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e do Revised Assessment of Multiple Systematic Reviews (R-AMSTAR). O grau de recomendação e a sugestão da prática foram baseados no United States Preventive Services Task Force (USPSTF). Resultados: Seis artigos foram incluídos com boa qualidade metodológica. A RP foi recomendada para a maioria dos indivíduos com FPI – grau de recomendação B. Conclusão: A RP foi capaz de melhorar positivamente a maioria dos desfechos analisados, devendo ser incluída no rol de condutas terapêuticas para indivíduos com FPI que desejarem realiza-la.Palavras-chave: reabilitação, fibrose pulmonar idiopática, exercícios respiratórios, terapia por exercício.
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Introdução: O equilíbrio é essencial para o desempenho das atividades cotidianas e funcionalidade. É dependente da interação entre sistemas visual, vestibular e periférico, dos comandos do sistema nervoso central e respostas neuromusculares. Objetivo: Verificar a relação do estado nutricional e padrão de arco longitudinal medial (ALM) de pés com o equilíbrio de crianças entre 4 e 5 anos de idade. Métodos: Foram avaliadas 16 crianças, realizando avaliações antropométricas e análise do estado nutricional; depois, avaliação do ALM, com utilização de pedígrafo e classificação pelo índice de Cavanagh e Rodgers; por fim, avaliação do equilíbrio pela Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP). Resultados: O escore médio dos participantes na EEP foi de 53,56, variando entre 50 e 56. Com relação ao estado nutricional, 6,25% apresentaram obesidade, 18,75% risco de sobrepeso e o restante apresentou eutrofia. Para a análise do ALM constatou-se que 62,5% dos participantes apresentaram pé plano, 25% pé normal e 12,5% pé cavo. Conclusão: O estudo aponta que o sexo masculino, seguido da presença de pé plano, apresentou maior relação com o déficit de equilíbrio para a população de 4 a 5 anos. Já as crianças com sobrepeso e obesidade obtiveram escores típicos na EEP, retratando a necessidade de mais estudos.Palavras-chave: equilíbrio postural, pé chato, pré-escolar.
Introdução: No primeiro ano de vida infantil, as etapas do desenvolvimento motor (DM) progridem de movimentos simples e desorganizados para movimentos mais complexos e voluntários, estando as crianças suscetíveis aos riscos biológicos e ambientais, o que pode alterar o DM infantil. Objetivo: Avaliar o DM de lactentes cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Coari, Amazonas, e apresentar os possíveis fatores de risco para o DM atípico. Método: Estudo descritivo observacional transversal, com amostragem intencional e não probabilística, em que lactentes cadastrados em uma UBS foram avaliados utilizando questionários de variáveis clínicas, socioeconômicas, ambientais e aplicação da Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS). Resultados: Foram avaliados 42 lactentes, dos quais 92,9% apresentaram desempenho motor normal. A baixa renda familiar e reduzida escolaridade dos pais foram achados predominantes, porém sem interferências no DM. As doenças pregressas mais frequentes foram: pneumonia, infecção urinária, diarreia, malária, catapora, infecção intestinal e coqueluche. Nenhuma criança frequentava creches no período da avaliação. Conclusão: A maioria dos lactentes, pertencentes da UBS, do bairro Pêra, em Coari/AM, possuíram o DM adequado, segundo avaliação da AIMS, mesmo eles apresentando alguns fatores de risco para o DM, como prematuridade e baixos níveis de renda e escolaridade dos seus pais.
O trabalho do fisioterapeuta pediátrico consiste em proporcionar promoção à saúde infantil, de maneira holística, lúdica e de forma individualizada. O objetivo do trabalho é relatar a vivência dos atendimentos realizados no Programa de Reabilitação Pediátrica (PROPED) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), por meio das ações de seus membros e colaboradores. A reabilitação é voltada à população pediátrica através dos atendimentos e da assistência aos seus respectivos pais e cuidadores. O PROPED faz parte do Programa de Atividade Curricular de Extensão (PACE) da UFAM e suas ações acontecem semestralmente desde 2013, sendo o presente relato dedicado a descrever as atividades realizadas ao longo de sete anos de permanente atuação (2013 a 2019). Ao todo compuseram o projeto 20 colaboradores e mais de 60 alunos estiveram envolvidos nas atividades e funcionamento do programa. Atividades envolvidas com ensino e pesquisa também fizeram parte do repertório do PROPED, incluindo apresentação de trabalhos em eventos científicos, elaboração de casos clínicos, capacitação dos discentes em escalas de avaliação, métodos de intervenção e fabricação de órteses termomoldáveis.
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