Objetivos: contribuir para a compreensão do desenvolvimento histórico do conceito de ansiedade, das classificações dos transtornos ansiosos e suas manifestações clínicas, bem como para a atualização sobre o processo de avaliação diagnóstica. Métodos: todas as edições das classificações da Organização Mundial de Saúde (OMS) - CID e da Associação Psiquiátrica Americana (APA) - DSM foram examinadas, além de livros-texto de referência de psiquiatria clínica, de publicações sobre a história e a evolução desses diagnósticos e de publicações produzidas pelas equipes responsáveis pela revisão das classificações atuais. Resultados: entende-se por ansiedade um estado afetivo normal, como um sintoma ou um termo para nomear um grupo de transtornos mentais. Nas primeiras e subsequentes edições das classificações da OMS e da APA, entre 1948 e 1975, os quadros ansiosos faziam parte do grupo das psiconeurose/neuroses. A partir do DSM-III (1980), o grupo das neuroses foi fragmentado em diversos outros, entre os quais os transtornos de ansiedade, o que foi seguido pela CID-10 (1992), apesar de alguma distinção na composição dos subtipos. Para as últimas versões, houve um empenho de compatibilização entre as duas, contudo restaram diferenças: o DSM-5 (2013) adota critérios diagnósticos; a CID-11 (2019) utiliza descrições clínicas e diretrizes diagnósticas, além de abordagens dimensionais para alguns transtornos. Conclusão: ocorreram modificações nas classificações psiquiátricas atuais, no grupo dos transtornos de ansiedade, que precisam ser disseminadas e agregadas a estratégias de formação e qualificação profissionais, incrementando habilidades diagnósticas e permitindo uma comunicação mais uniforme e precisa na prática clínica.
Objetivos: Ampliar a compreensão da evolução histórica das concepções clínicas e da taxonomia dos transtornos do espectro obsessivo-compulsivo, assim como atualizar os profissionais na formulação desses diagnósticos. Metodologia: Foram examinadas todas as edições das classificações publicadas pela Organização Mundial de Saúde e pela Associação Psiquiátrica Americana, além dos principais livros-texto de psiquiatria clínica, de textos sobre a história e a evolução desses diagnósticos e de artigos científicos escritos pelas equipes responsáveis pela revisão das classificações atuais. Resultados: Após a descrição de alguns conceitos básicos, apresenta-se um apanhado histórico das principais mudanças nosológicas e nosográficas relacionadas a esses transtornos ao longo do tempo. Em seguida, finaliza-se com uma breve descrição de cada uma das entidades clínicas desse grupo, conforme estão definidas atualmente nos manuais, de forma a facilitar o reconhecimento e a efetivação de tais diagnósticos na prática. Conclusão: Nas classificações psiquiátricas atuais, ocorreram uma série de modificações no grupo dos transtornos obsessivo‑compulsivo e relacionados. É importante que essas inovações sejam amplamente difundidas, incorporadas aos processos de formação profissional, a programas de capacitação e treinamento, implicando incremento de competências na prática clínica e propiciando uma comunicação mais precisa e uniforme de dados clínicos.
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