Realizou-se um estudo das alturas faciais anterior e posterior em 79 crianças brasileiras, sendo 46 do gênero feminino e 33 do masculino, com idades de 8 a 11 anos, portadoras de má oclusão Classe I de Angle, na fase de dentadura mista, não submetidas a tratamento ortodôntico. Esta investigação utilizou duas radiografias cefalométricas em norma lateral, de cada criança, com intervalo de 8 a 16 meses entre uma radiografia e outra, para comparação dos dados cefalométricos. Foram estudadas as proporções faciais anteriores, ou seja, a relação entre as dimensões N-Me (AFT), N-ENA (AFS), ENA-Me (AFI) e o relacionamento entre as dimensões Ar-GO (AFP) e a distância entre o plano palatino ao mento (AFA) , isto é, o Índice da Altura Facial (IAF). Os resultados obtidos, possibilitaram constatar que as tendências de crescimento foram equilibradas em todas as situações estudadas; a dimensão altura facial inferior, contribuiu de forma mais significativa, nas alterações observadas na altura facial total; as proporções faciais anteriores se mantiveram em torno de 42% para a altura facial superior e 58% para a altura facial inferior; o índice da altura facial ou se manteve constante em torno de 0,66 ou apresentou uma tendência a aumentar com a idade; não ocorreu dimorfismo sexual com relação às proporções faciais e índice da altura facial.
Para o presente trabalho, 235 crianças pertencentes às creches da Prefeitura Municipal de Araraquara foram avaliadas e moldadas com um dispositivo confeccionado com cera utilidade e palito abaixador de língua na forma dos arcos dentários. No intervalo de um ano as mesmas crianças foram remoldadas afim de se verificar se houveram ou não mudanças nas dimensões do arco dentário decíduo. A partir da obtenção dos modelos em gesso, foram realizadas medições por meio de um dispositivo digitalizador tridimensional denominado MicroScribe-3DX nos instantes inicial (primeira moldagem) e final (moldagem após um ano). Foram avaliadas medidas referentes às distâncias inter-segundos molares, interprimeiros molares, intercaninos, perímetro, comprimento de arco e espaços primatas. Consideraram-se ainda dimorfismo sexual, tipo de arco e influência de hábitos. Concluiu-se que as dimensões transversais sofreram aumento significativo na dentadura decídua, enquanto que o perímetro, o comprimento e os espaços primatas permaneceram constantes. As distâncias intermolares apresentaram dimorfismo sexual, com dimensões maiores no gênero feminino. Com relação às medidas de perímetro, comprimento e espaços primatas não ocorreram diferenças significantes em relação ao gênero. As dimensões de comprimento nos arcos não diferem nos arcos decíduos Tipo I e Tipo II de Baume, enquanto que o diâmetro dos arcos Tipo I de Baume, são maiores do que os do Tipo II. Os hábitos de sucção de dedo e chupeta não provocaram alterações nas dimensões dos arcos decíduos no período observado, de um ano.
O presente estudo avaliou as modificações no perfil facial de 15 pacientes portadores de má oclusão Classe III esquelética que foram submetidos a tratamento ortodôntico pré-cirúrgico e cirurgia ortognática bimaxilar estabilizada com fixação rígida. Oito pacientes foram submetidos à mentoplastia. Foram utilizadas telerradiografias pré-cirúrgicas (T1) e pós-cirúrgicas (T2) com um intervalo mínimo de 6 meses. Foram analisados deslocamentos horizontais e verticais em pontos do tecido ósseo e tecido mole. Foi realizada uma comparação entre os casos tratados com e sem mentoplastia (teste t) mostrando não haver diferenças entre os grupos. A regressão linear múltipla evidenciou uma correlação significante no sentido horizontal para os pontos Pg e Pgm e vertical para os pontos Me e Mem. Foi encontrada baixa correlação para movimentos no sentido horizontal nos pontos Sena e A, e para os pontos Pn, Sn e Ph. No sentido vertical, os deslocamentos mais evidentes foram entre os pontos Pg, Gn e Me e Sena e A, porém com correlações de baixa intensidade.
O presente estudo foi realizado com o propósito de avaliar respostas cefalométricas ao tratamento com aparelho extrabucal de Kloehn associado ao aparelho fixo edgewise convencional. Telerradiografias iniciais (T1) e finais (T2) de dois grupos de 30 pacientes tratados com estes aparelhos foram selecionadas e definidas pelo índice cefalométrico de Jarabak para determinação do padrão esquelético craniofacial. Os grupos foram denominados favorável (hipodivergente) e desfavorável (hiperdivergente). A idade média, no início do tratamento, foi de 11,03 anos e final de 14,72 com o tempo médio de tratamento de 3,6 anos para o grupo favorável. No grupo desfavorável a idade inicial foi de 11,51 anos e final de 15,17 anos com tempo médio de tratamento de 3,4 anos. Foi utilizado um sistema de análise de resposta de tratamento em coordenadas X e Y representativos dos movimentos dentários e das bases ósseas decompondo-os em seus vetores horizontais e verticais. Os resultados e respostas do tratamento foram analisados e comparados entre os grupos favorável e desfavorável utilizando o teste t-Student. Os resultados mostraram não haver diferenças estatisticamente significantes na resposta cefalométrica no tratamento com o aparelho extrabucal de Kloehn associados ao aparelho fixo edgewise quanto aos padrões faciais favorável e desfavorável. O tratamento promoveu uma restrição do deslocamento anterior maxilar e um menor deslocamento anterior mandibular. Quanto à movimentação dentária maxilar, houve uma restrição do movimento mesial e extrusivo dos molares superiores no grupo favorável, enquanto que o movimento dos dentes inferiores foi mínimo no sentido anterior e vertical.
Robin sequence with cleft mandible and limb anomalies, known as Richieri-Costa-Pereira syndrome (RCPS), is an autosomal recessive acrofacial dysostosis characterized by mandibular cleft and other craniofacial anomalies and respiratory complications. The aim of this cross-sectional study was to describe the hyoid and head posture of 9 individuals with RCPS using cephalometric measurements and provide a discussion about its implications in obstructive sleep apnea syndrome (OSAS). The study was conducted on lateral cephalograms of patients with RCPS and 9 selected age-matched controls in tertiary cleft center in Brazil. The cephalograms were digitized and analyzed on a software to obtain the vertical and horizontal hyoid position, its relationship with the mandible and the relation of the cranial base and postvertebral line. The t test was used for analysis of means and Levene's test for equality of variances. Cephalometric measurements H-S (vertical distance between hyoid bone and sella) (Supplemental Digital Content, Figure 1, http://links.lww.com/SCS/B247) and H-C4lp (horizontal position of the hyoid in relation to the post-pharyngeal space) showed statistically significant difference compared to controls (P < 0.05). Therefore, the hyoid bone was more inferiorly and posteriorly positioned in the study group compared with the control group. The vertebrae measurements did not present differences compared to controls. The described position of hyoid bone could be involved in the severe OSAS of RCPS patients.
1) Sabemos que o crescimento craniofacial é um dos seus campos de pesquisa. Foi comprovado que o padrão de rotação mandibular é um componente decisivo na determinação da má oclusão de Classe II de Angle. Seria possível mudar, com o tratamento ortopédico, o padrão de rotação mandibular do paciente? Hoje qual seria seu protocolo de tratamento e aparatologia na correção da má oclusão de Classe II esquelética em pacientes jovens com padrão vertical de crescimento? Adriano Marotta AraujoAs teorias vigentes sobre crescimento e desenvolvimento apontam para um controle genético das estruturas craniofaciais, modificadas por fatores epigenéticos gerais, locais e ambientais. Os trabalhos realizados no programa de pós-graduação em Odontologia, área de Ortodontia da UNESP de Araraquara, com pacientes Classe II tratados com aparelho ortopédico, alguns dos quais você conduziu, além dos dados da literatura, mostram de forma inequívoca que o crescimento mandibular pode ser alterado. Os aparelhos ortopédicos funcionais propulsores da mandíbula desviam o crescimento do Quando eu cursava o Programa de Mestrado em Ortodontia da FOBauru-USP, tive a oportunidade de conhecer o Prof. Ary dos Santos Pinto. Foi quando ele estava participando como convidado de uma banca de defesa de Mestrado. Impressionou-me a sua forma de dirigir-se ao candidato, por sua extremada educação ao perguntar, humildade em partilhar seus conhecimentos, bem como respeito ao momento tão particular que é uma defesa de pós-graduação. Cerca de 6 anos depois, tive a felicidade de cursar o programa de Doutorado na FOAraraquara-UNESP, coordenado pelo professor Ary. Além do aprendizado técnico-científico, pude aprender e amadurecer com os professores daquele programa, pela forma amistosa de compartilhar o conhecimento e suas experiências. Especialmente o Professor Ary continuava a destacar-se pela gentileza no seu modo de lidar com todos. A sala dele sempre estava cheia de alunos ávidos por conhecimento, mas além disto, tranqüilos por saberem que mesmo se passasse do horário de trabalho, ele permaneceria lá com a mesma paciência para atender a todos. Sua carreira acadêmica há pouco tempo ganhou mais um importante degrau, a Livre-Docência, em cujo concurso desempenhou com brilhantismo os requisitos exigidos. Sua excelente formação científica foi reforçada pelo amadurecimento adquirido no período em que passou por Dallas e Seattle nos EUA.Esta entrevista em que participaram os ex-alunos Adriano Marotta Araujo, Ricardo Sampaio de Souza, Daltro Enéas Ritter, Paulo César Ravelli Chiavini, Roberto Hideo Shimizu, bem como o amigo e professor Dirceu Barnabé Raveli, aborda um pouco do que pôde pesquisar em suas andanças acadêmicas, bem como de sua ampla experiência clínica.Obrigado professor Ary dos Santos Pinto por aceitar prontamente o convite da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial e dividir um pouco de seu vasto conhecimento!Adilson Ramos E n t r E v i s t a
Digital models are an alternative for carrying out analyses and devising treatment plans in orthodontics. The objective of this study was to evaluate the accuracy and the reproducibility of measurements of tooth sizes, interdental distances and analyses of occlusion using plaster models and their digital images. Thirty pairs of plaster models were chosen at random, and the digital images of each plaster model were obtained using a laser scanner (3Shape R-700, 3Shape A/S). With the plaster models, the measurements were taken using a caliper (Mitutoyo Digimatic(®), Mitutoyo (UK) Ltd) and the MicroScribe (MS) 3DX (Immersion, San Jose, Calif). For the digital images, the measurement tools used were those from the O3d software (Widialabs, Brazil). The data obtained were compared statistically using the Dahlberg formula, analysis of variance and the Tukey test (p < 0.05). The majority of the measurements, obtained using the caliper and O3d were identical, and both were significantly different from those obtained using the MS. Intra-examiner agreement was lowest when using the MS. The results demonstrated that the accuracy and reproducibility of the tooth measurements and analyses from the plaster models using the caliper and from the digital models using O3d software were identical.
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