A tomada de perspectiva pode ser compreendida como a habilidade de interpretar, compreender e prever os comportamentos, pensamentos e emoções de si mesmo e dos outros, assumindo a perspectiva requisitada, sendo uma habilidade central no processo de socialização humana e déficits nessa capacidade estão associados a prejuízos nas habilidades sociais. Evidências apontam que o responder relacional arbitrariamente aplicável possui um papel significativo na tomada de perspectiva. O trabalho teve como objetivo analisar os protocolos de tomada de perspectiva baseados na RFT. Foram realizadas buscas em seis bases de dados, com 12 artigos selecionados para revisão. Foram registrados 4 protocolos diferentes, com duas abordagens teórico-conceituais divergentes. Os resultados são consistentes com os demais estudos, reforçando as evidências sobre a capacidade de aquisição dos repertórios por condicionamento operante, produção de respostas derivadas, e a existência de diferentes níveis de complexidade das molduras dêiticas, porém, os efeitos dos protocolos nas tarefas de teoria da mente ainda são inconsistentes. Por fim, algumas considerações sobre as atuais limitações e sobre o desenvolvimento da agenda de pesquisa do campo são sinalizadas.
O Brasil se encontra em uma contradição aguda no cenário da criminalidade e segurança pública; figura entre os países com altas taxas de crimes, encarceramento, letalidade e mortalidade policial. Objetivo dessa investigação foi analisar as representações sociais dos estudantes do ensino superior sobre criminalidade. Foram utilizados questionários de evocação livre para registrar os termos associados e posteriormente submetidos à análise prototípica e de similitude para caracterizar a estrutura das representações sociais. Foram identificados 141 termos, com destaque para: violência, morte, desigualdade, política, drogas e arma. O conteúdo do termo de destaque na representação, violência, foi analisado, buscando inscrever esse fenômeno no contexto nacional. Concluímos que a representação social do grupo investigado está associada à violência física e patrimonial, tráfico de drogas e aspectos sociais; também foi possível concluir que o estado cumpre um papel significativo na organização social do uso da violência, nesse sentido, o uso histórico da violência pelo estado e grupos dominantes participa no incremento dos aspectos destrutivos da criminalidade violenta nacional.
Déficits na cognição social tem se revelado presentes e significativos em diversos transtornos psiquiátricos, a exemplo dos transtornos psicóticos; desta forma, diversas intervenções focadas nesses processos vem sendo desenvolvidas, com vistas a melhoraria do funcionamento social dos pacientes. A presente investigação analisou a eficácia do protocolo Social Cognition and Interaction Training (SCIT) na melhoria dos indicadores de cognição social e funcionamento social, através de uma revisão de literatura integrativa. Foram selecionados somente estudos primários e publicados em periódicos de 2013 a 2019. De um universo de 1.162 artigos, fruto das buscas realizadas em seis bases de dados diferentes, 14 artigos fora selecionados para revisão. Os resultados indicaram que predominaram estudos experimentais, com uma variação significativa de instrumentos de mensuração utilizados; foram registrados estudos em nove países diferentes, todos apresentando alta viabilidade e aceitação; com efeitos significativos na melhoria do funcionamento e cognição social; os efeitos mais robustos foram para teoria da mente, funcionamento social e percepção emocional. Entretanto, apesar de promissoras, as evidências ainda são inconclusivas e mais ensaios clínicos randomizados são necessários para determinar com maior precisão os efeitos e limitações do protocolo, assim como a viabilidade no contexto brasileiro.
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