Glauber Rocha (1939-1981), conhecido principalmente pelo seu trabalho de cineasta e como um dos expoentes do Cinema Novo, atuou em diversos cenários da nossa intelectualidade e da cultura nacional. Este artigo examina a prática ensaística deste intelectual manifestada em sua produção escrita que circulou na grande imprensa, principalmente em seus artigos da Folha de S. Paulo, no final da década de 1970. Como método, privilegia-se a análise do seu trajeto intelectual em convivência com a análise de sua prática do ensaio de ideias sob a forma de divulgação seriada.
Em 27 de janeiro de 1985, Augusto de Campos publicou o poema “Póstudo”, no suplemento Folhetim, encartado no jornal Folha de S. Paulo. Em resposta ao poema, dois meses depois, nesse mesmo suplemento jornalístico, o crítico Roberto Schwarz escreveu uma incisiva análise, apontando, segundo sua visão, as aspirações desse poema em se tornar monumento histórico na literatura brasileira. Uma semana depois, a resposta de Augusto de Campos foi publicada com o mesmo grau depolêmica e acidez. Ao historiar esse confronto, mais do que apontar a controvérsia entre um crítico e um autor, este artigo indica que por trás dessa polêmica está a defesa de duas concepções teóricas bastante demarcadas e distintas em nossa historiografia literária nos anos 1960 e 1970: a crítica de linhagem “sociológica” e a crítica de linhagem “formalista”, das quais um e outro são legítimos representantes e defensores.
Este artigo tematiza alguns aspectos da poesia do grande intelectual e artista Mário de Andrade. O escritor paulista foi um dos responsáveis pela renovação modernista entre os anos 1920 e 1930, tendo ele uma atuação em várias frentes: a produção literária, o ensaísmo e a crítica de arte, a produção e atuação na seara jornalística, entre outras coisas. De modo geral, o propósito deste artigo é discutir algumas linhas de força que compõe a heterogênea e complexa poesia de Mário de Andrade partindo do seu livro marco do modernismo brasileiro, o célebre Pauliceia desvairada (1922), considerado pela crítica literária como a primeira obra da poesia moderna brasileira.
Este artigo é uma apresentação e contextualização da poesia popular de folhetos, conhecida também como folhetos de cordel. Os folhetos surgem, como registro escrito e prática editorial, em fins do século XIX. Sua gênese está ligada à prática de uma poesia oral cantada em diversos espaços públicos e privados no Nordeste brasileiro, marca que carrega até os dias atuais. Na parte final do artigo, foram abordados os trabalhos de três relevantes poetas da primeira geração de autores brasileiros: Silvino Pirauá de Lima (1848-1913), Leandro Gomes de Barros (1865-1918) e João Melquíades Ferreira da Silva (1869-1933).
Este artigo trilha os aspectos poéticos de duas célebres letras de Caetano Veloso, “Alegria, Alegria” e “Tropicália”, ambas realizadas no contexto político e cultura dos anos 1960. Veloso foi um dos grandes poetas da canção brasileira e o seu trabalho em torno dessas duas canções representou um dos marcos da história da canção brasileira no século XX e do movimento tropicalista.
A apresentação da poeta Hilda Hilst se faz sob dois polos, entre tantos outros possíveis: (1) naquilo que representa o seu momento de formação inicial, representado pelo seu livro de estreia Presságio (1950), em que temas de interesse ali gestados seriam amplamente explorados pela poeta em obras posteriores; (2) e o seu interesse em dialogar com os modelos clássicos da tradição lírica, que foi objeto de pesquisa e produção de poemas ao longo de sua jornada como poeta.
Apresentação da poeta Patrícia Galvão, conhecida como Pagu, focalizando sua produção híbrida de poemas-desenhos (Álbum de Pagu) e o seu poema mais célebre, “Natureza morta”, publicado sob o pseudônimo de Solange Sohl, em 1948.
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