Resumo ste artigo examina a dicotomia entre a abordagem da estética filosófica e a da estética empírica, assim como os impactos da estética formal e da estética simbólica, a partir das respostas de usuários do espaço urbano de Porto Alegre. São investigados os impactos estéticos causados por cenas urbanas com diferentes níveis de ordem e estímulo visual, com e sem valor histórico, e com diferentes níveis de familiaridade. É também examinada a existência ou não de diferenças entre as respostas estéticas de arquitetos, não arquitetos com curso superior e pessoas com o primeiro ou segundo grau. Ainda, são identificadas as razões para as avaliações realizadas por esses três grupos. Os principais resultados evidenciam o potencial da estética empírica em explicar as avaliações estéticas e revelam o impacto positivo e preponderante da ideia de ordem e estímulo visual em tais avaliações. Palavras-chave: Estética urbana. Ordem. Estímulo visual. Valor historico. Familiaridade. AbstractThis paper examines the dichotomy between the philosophical and the empirical aesthetics approaches, as well as the impact of formal and symbolic aesthetics, considering the responses from users of the urban area of Porto Alegre. The aesthetic impacts caused by urban scenes with different levels of order and visual stimuli, with and without historical value and with different levels of familiarity are investigated. The existence of differences between the aesthetic responses of architects, non-architects college graduates and non college graduates is also examined. Still, the reasons for the assessments conducted by these three groups are identified. The main results show the potential of empirical aesthetics to explain aesthetic evaluations, and reveal the dominant and positive impact of the idea of order and visual stimuli in such evaluations.
This article focuses on internal and external aesthetic aspects in 12 housing estates, including terraced, row, detached and semidetached houses, and four-storey blocks of flats sold to low-income people by the public sector in the metropolitan region of Porto Alegre, Brazil. The image and appearance of housing estates and visual composition of buildings are investigated. Relationships between aesthetic aspects, resident attitudes and behavior concerning the housing environment, household characteristics and feelings about internal and external aesthetics of housing estates are further explored. Data were collected through questionnaires, structured interviews, physical measurements, observations of behavior, and physical traces. Data analysis was carried out qualitatively and quantitatively by means of nonparametric statistical tests. Results show, for example, that aspects associated with maintenance of dwelling facades dominate the explanations for positive external aesthetics evaluation, while aspects associated with maintenance and visual composition of facades lead the explanations for negative external aesthetics evaluation.
Este artigo analisa a relação entre composição arquitetônica e qualidade estética, considerando os pressupostos da estética filosófica e da estética empírica, e o papel da estética formal e da estética simbólica em explicar tal relação. Edificações históricas e contemporâneas com distintos níveis de ordem e estímulo visual são avaliadas por pessoas com distintos níveis e tipos de formação acadêmica e são identificadas as razões para tais avaliações. A coleta de dados inclui levantamentos de arquivo, levantamentos físicos, questionários e entrevistas realizados com 60 arquitetos, 60 não arquitetos com curso universitário e 60 pessoas sem curso universitário, que avaliaram imagens de três edificações históricas e três edificações contemporâneas, categorizadas conforme segue: ordem e estímulo visual; ordem e pouco estímulo visual; e desordem. As respostas dos questionários foram analisadas através de testes estatísticos não paramétricos, tais como Kruskal-Wallis e Kendall W. As informações fornecidas através das entrevistas foram analisadas por meio de suas frequências e significados. Os resultados indicam, que, embora os arquitetos tendam a valorizar a existência de ordem na composição arquitetônica e os não arquitetos a valorizar a existência de estímulo visual, quando ambos estão presentes a composição arquitetônica tende a ser avaliada positivamente.
Resumoobjetivo deste artigo é reforçar a importância da sustentabilidade social para o projeto da habitação de interesse social e apontar recomendações projetuais que possuam o potencial de qualificar a habitação de interesse social, com base em investigações realizadas. A qualidade das soluções arquitetônicas envolvendo os aspectos estéticos e funcionais do projeto da habitação social determina a eficiência com que o projeto responde às necessidades de seus usuários. Projetos habitacionais para a população de baixa renda da região metropolitana de Porto Alegre são utilizados como objeto de estudo. A análise dos dados obtidos através de questionários, entrevistas, observações de comportamento e traços físicos e levantamentos físicos, possibilita a produção da informação necessária. Os resultados revelam a importância da consideração dos aspectos físico-espaciais para a qualidade e conseqüente sustentabilidade do projeto da habitação de interesse social. Por exemplo, as relações entre as edificações e os espaços abertos tende a afetar o uso e adequação de tais espaços e, logo, a existência de um ambiente residencial socialmente sustentável. Palavras-chave:
RESUMO Proposta:Esse artigo discute a importância da abordagem da percepção ambiental para que o projeto e a implantação do mobiliário urbano sejam mais qualificados. Ao considerar que a qualidade do projeto e do desempenho dos espaços públicos dependem do atendimento das necessidades dos usuários, torna-se importante estudar como os usuários percebem o mobiliário urbano. Método de pesquisa/Abordagens: A discussão aborda questões relacionadas às necessidades estéticas e funcionais por parte dos usuários dos espaços urbanos. Quanto à estética, são discutidos aspectos tais como ordem e complexidade. Ainda, são abordadas questões relativas aos quesitos funcionais do mobiliário urbano e seus impactos na utilização dos espaços públicos. Resultados: espera-se contribuir para a discussão sobre a importância do projeto e localização do mobiliário urbano em satisfazer as necessidades de seus usuários. Contribuições/Originalidade: Contribuição ao estudo da qualidade do mobiliário e do espaço urbano.Palavras-chave: Mobiliário urbano. Estética. Uso. ABSTRA CTProposal: This paper discusses the importance of environmental perception approach to a more qualified design and location of urban furniture. Considering that the quality of the design and the performance of public spaces are related to the fulfillment of users' needs, it's important to study how users perceive the urban furniture. Methods: The discussion deals with issues related to aesthetic and functional needs of users of urban spaces. Regarding aesthetics, aspects such as order and complexity are discussed. Moreover, issues related to functionality of urban furniture and their impact on the use of public spaces are considered. Findings: it is expected to contribute to the discussion about the importance of urban furniture design and location to satisfy users' needs. Originality/value: Contribution to research on quality of urban furniture and space.
Licenciado sob uma Licença Creative CommonsPlanejamento urbano participativo por meio da utilização de novas tecnologias: uma avaliação por especialistas Participatory urban planning through the use of new technologies: an evaluation by expertsGeisa Bugs [a] , Antônio Tarcísio da Luz Reis [b] [a] Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS, Brasil. [b] Universidade Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS, Faculdade de Arquitetura, Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano -PROPUR, Porto Alegre, RS, Brasil. ResumoO objetivo deste artigo é avaliar a aceitação, por parte dos especialistas, da participação pública e da utilização de novas tecnologias, bem como investigar como eles avaliam metodologias alternativas, como a Participação Pública com Sistema de Informação Geográfica (PPSIG). Assume-se que novas abordagens metodológicas, que façam uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), podem aperfeiçoar os processos de participação pública no planejamento urbano, tendo em vista a dificuldade de se incorporar a perspectiva da população e a necessidade de renovação das práticas para se lidar com os fluxos de informação da era digital. Os procedimentos metodológicos incluem a aplicação de questionários e a realização de entrevistas com arquitetos e urbanistas que atuam na área de planejamento urbano. Os resultados apontam que, apesar das barreiras institucionais e da necessidade de maior capacitação técnica, há aceitação quanto à participação pública e à utilização de novas ferramentas, e que a PPSIG pode auxiliar na difícil tarefa de incorporar a perspectiva do usuário do espaço urbano, na opinião dos respondentes. Introdução O planejamento urbano normalmente tem sido baseado na coleta e na troca de informações entre diferentes partes interessadas. Contudo, uma mudança no modelo informacional, em consequência da revolução das tecnologias digitais, tem gerado um impacto significativo em como se desenvolve todo o processo (Haller & Höffken, 2010). Para acompanhar as mudanças tecnológicas, faz-se necessário adicionar novas ferramentas que permitam exibir e gerenciar novos fluxos de informações (Pereira et al., 2013). Logo, tal mudança também vai exigir alterações no modus operandi do planejamento urbano, ainda muito influenciado pelo pensamento do modelo racional (Yigitcanlar, 2006;Horelli et al., 2013), segundo o qual, os especialistas seriam capazes de considerar as melhores soluções para os cidadãos e para a sociedade como um todo, sem incluir, portanto, nenhuma forma de participação da sociedade civil nas discussões de propostas para a cidade (Villaça, 2005). PalavrasNa era da informação e da sociedade em rede, ferramentas digitais estão se tornando onipresentes na vida cotidiana e possuem alto potencial para a coleta de dados socioespaciais e temporais, o que é completamente diferente dos modelos estáticos de coleta de dados que o planejamento urbano comumente utiliza (Friedmann, 2007;Batty et al., 2012). A ubiquidade das Tecnologias da Informação e Comuni...
existência e inexistência de cercamento, segurança e acessibilidade de parques urbanos. 08125 Este trabalho tem como objetivo avaliar a influência da presença ou ausência de cercamento de parques públicos urbanos na percepção dos usuários em relação a segurança dos usuários (do interior e exterior dos parques) e do patrimônio públi-co, bem como na acessibilidade desses espaços e os efeitos causados por este no uso e apropriação dos espaços internos dos parques. Para tanto, foram avaliados dois parques de Porto Alegre-RS, quais sejam o Parque Farroupilha e o Parque Germânia. Os principais resultados evidenciam que a percepção de segurança não é influenciada pela falta de cercamento em parques abertos, ao contrário do que ocorre em parques fechados. Os usuários de parques fechados associam a presença de cercamento na preservação do patrimônio público, sendo que em parques abertos essa avaliação varia em relação ao tipo de usuário. Além disso, os tipos de atividades realizadas pelos usuários de parques abertos, assim como a proximidade da residência, tanto em parques fechados como em abertos, são fatores que influenciam na avaliação de acessibilidade de parques urbanos. (FRANCIS, 2003; JACOBS, 2000;SANTOS, 1981;WHITE, 1988). Ainda, parece que o não cercamento é que realmente poderia trazer benefícios para a população, facilitando a acessibilidade aos espaços públicos e áreas verdes, e a interação social (REED, 2012). Entretanto, cercamentos e propostas de cercamento de parques urbanos têm ocorrido em várias cidades de distintos países, tais como Buenos Aires e Porto Alegre (BRASIL, 2006;REED, 2012). Na realidade brasileira é reincidente o número de propostas de gestores públicos para o cercamento de parques urbanos (BRASIL, 2003;2005; 2006), mediante o argumento da necessidade de um controle maior sobre esses espaços, através de barreiras físicas, a fim de se evitarem atos de depredação do patrimônio e que atentem à segurança dos usuários. Contudo, tais propostas carecem de evidências baseadas nas percepções dos usuários e nos usos de parques urbanos que sustentem a necessidade de cercamento de tais parques. Por outro lado, no Parque Germânia predomina a percepção de segurança (50% -15 de 30), embora este percentual não seja expressivo. Este predomínio repete-se para os usuários moradores das imediações (54,1% -13 de 24) e, embora a percepção de segurança não seja predominante para os usuários não moradores (33,3% -2 de 6), ainda é superior à percepção de insegurança (16,7% -1 de 6), não tendo sido encontrada uma diferença estatisticamente significativa entre as percepções destes dois grupos. Entre as principais razões para as avaliações positivas da segurança estão a existência de cercamento (34%) e a boa iluminação (28%) (Tabela 03). Presence or absence of fencing, security and accessibility of urban parksPortanto, o fato de morar próximo ou não do parque avaliado não interfere na percepção de segurança. Entretanto, as diferentes percepções de segurança dos usuários dos dois parques refletem-se na existência...
Resumo Este artigo tem o objetivo de examinar os impactos das transformações nas interfaces térreas das edificações, resultantes da expansão urbana de cidade litorânea, no uso dos espaços abertos públicos e na percepção de segurança dos usuários quanto à ocorrência de crimes em tais espaços públicos e em unidades residenciais adjacentes. Nove quadras, divididas em três grupos conforme o predomínio das seguintes características, foram selecionadas na cidade de Capão da Canoa: edificações com térreos residenciais com portas e janelas voltadas para a rua; edificações com comércios e serviços nos pavimentos térreos; edificações com predominância de paredes cegas e portas de garagem nos pavimentos térreos. Os dados foram coletados por meio de contagens do movimento de pedestres e de veículos e da aplicação de questionários e entrevistas com pessoas que moram, trabalham ou veraneiam nas nove quadras selecionadas. Ainda, valores de integração de tais quadras foram obtidos por análise sintática do mapa de segmentos de Capão da Canoa. Os resultados indicam, por exemplo, mais movimento de pedestres e mais percepção de segurança nas quadras com mais conexões funcional e visual entre as interfaces térreas das edificações e os espaços abertos públicos, com predomínio de comércios e serviços nos pavimentos térreos.
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