Abstract:The analysis of the sources that Nietzsche makes use to elaborate the concepts he develops in his philosophy revealed itself one of the most efficient means to study his thought. In this paper, we intend to reflect upon the way Nietzsche utilizes Dühring's theses as well as those of the Berlin's professor as he contests them in his work, On the Genealogy of Morals. The hypothesis that guides this study is this: in spite of the severe critiques with which Nietzsche receives Dühring's theses and the caustic manner by which he refers himself to the Berlin's professor, he assigns to his adversary an important role, principally when he deals with the themes of justice and resentment. Keywords: Nietzsche, Dühring, resentment, vengeance, justice.Resumo: A análise das diferentes fontes que Nietzsche lança mão para a elaboração dos conceitos que utiliza em sua filosofia tem se mostrado um dos meios mais profícuos para o estudo do pensamento do filósofo de Naumburg. Neste artigo pretendemos discorrer sobre o modo como Nietzsche se serve tanto de teses de Dühring quanto do próprio professor de Berlim na argumentação que desenvolve em Para a genealogia da moral. A hipótese que norteia este estudo é que, a despeito da dura crítica com a qual Nietzsche recebe as teses de Dühring e do modo mordaz que se refere ao professor de Berlim, ele confere ao seu adversário um papel importante, em especial ao tratar do tema da justiça e do ressentimento. Palavras-chave: Nietzsche, Dühring, ressentimento, vingança, justiça.
Da mesma forma que as palavras, os conceitos são como bolsos, nos quais se guardou ora isto, ora aquilo, ora várias coisas de uma vez! (NIETZSCHE, 1988 [AZ], v. II, p. 564) * Resumo: Nietzsche não inaugura o uso da palavra "ressentimento" na filosofia alemã. O que ele faz é ampliar o significado do termo, levando-o a abranger a idéia de uma fraqueza fisiológica, de uma indigestão psíquica e também de um problema social. Neste artigo aponto alguns dos traços marcantes dessa utilização do termo por Nietzsche e o alcance da ressignificação que ele impõe ao conceito de ressentimento.Palavras-chave: ressentimento, moral, genealogia, transformação conceitual.* Farei as citações de Nietzsche da edição organizada por Giorgio Colli e Mazzino Montinari: Sämtliche Werke. Kritische Studienausgabe (KSA) em 15 volumes utilizando o sistema autor-data e incluindo entre colchetes as siglas normalmente utilizadas para as obras citadas, além da indicação do volume da KSA em que o texto se encontra. As siglas são: Cinco prefácios para cinco livros não escritos (CP), O andarilho e sua sombra (AS), Aurora (A), Assim falou Zaratustra (ZA), Para a genealogia da moral (GM), O crepúsculo dos ídolos (CI), O Anticristo (AC), Ecce Homo (EH), Fragmentos Póstumos (FT). No caso das cartas de Nietzsche, consultadas também da edição crítica organizada por Giorgio Colli e Mazzino Montinari: Sämtliche Briefe. Kritische Studienausgabe em 8 volumes, utilizarei o mesmo sistema com o acréscimo do volume da KSB em que a carta se encontra. Para os textos de Nietzsche, embora opte por apresentar uma tradução própria da KSA, não deixo de consultar as traduções existentes, em especial aquelas feitas por Paulo César de Souza, Rubens Torres Filho, Mario da Silva e Andrés Sánchez Pascual (este último em espanhol). Traduções que recomendo para aqueles leitores que não têm acesso direto ao texto alemão do filósofo. Para as demais citações segue-se o sistema autor-data e, igualmente, apresentarei uma tradução própria quando se tratar de texto em outra língua.
Este artigo é parte de um estudo sobre o conceito de “ressentimento” na filosofia de Nietzsche. Seu principal objetivo é analisar o modo como o filósofo utiliza alguns aspectos da obra de Dostoiévski na caracterização do assim denominado “homem do ressentimento”. Para tanto, partindo do contato de Nietzsche com o conjunto da obra do escritor russo, mas tendo em vista em especial o livro L’esprit souterrain, pretendemos registrar o modo como o autor do Zaratustra constrói, a partir de suas fontes, um dos conceitos mais importantes para a sua crítica à moral, que desenvolve em Para a genealogia da moral.
Este artigo surgiu no contexto de uma discussão sobre Metodologia da Pesquisa em Educação, com o propósito de apresentar alguns de seus pressupostos básicos – a Analítica e a Dialética – a partir da idéia de que não se pode dissociar, em tal pesquisa, a produção do conhecimento de sua explicitação.
O objetivo deste artigo é analisar os conceitos “ressentimento” e “má consciência” na filosofia de Nietzsche, tendo em vista a polissemia desses termos. Segundo a hipótese aqui trabalhada, embora ambos digam respeito à ideia de inibição (Hemmung) de forças para o interior do homem, é possível afirmar: primeiro, que eles são diferentes entre si; segundo, que mesmo individualmente eles apresentam variações conforme o papel desempenhado em diferentes textos do filósofo; e terceiro, que eles exemplificam uma variação na própria ideia de “fluidez de sentidos”, pois, enquanto o conceito de “má consciência” é localizado na história e as nuances que recebe são o produto de uma “transformação conceitual”, o termo “ressentimento” é tomado pelo filósofo na literatura de seu tempo e reconfigurado conforme as necessidades de sua construção argumentativa.
teses mais caras: a de que a filosofia de Nietzsche enuncia uma "nova visão de mundo". A demonstração dessa tese, como se pode observar, segue um itinerário peculiar em meio ao conjunto de textos publicados e apontamentos do filósofo posteriores a 1883, o que faz do livro um comentário, ao certo, mas, acima de tudo, uma interpretação plausível e justificável da filosofia de Nietzsche a partir Paschoal, A. E.
Abordaremos neste artigo certos aspectos do pensamento de Nietzsche, explicitados em alguns textos da época em que foi professor de Filologia Clássica na Universidade de Basel, com o objetivo de ressaltar a distância pontuada por ele em relação a seu mestre – Arthur Schopenhauer – já naquele período. Essa distância bem como uma discrepância de intenções entre ambos faz com que o jovem Nietzsche retribua bem ao seu mestre na medida em que não permanece “apenas discípulo”.
Resumo A ambiguidade do título deste artigo reflete o caráter multifacetado de um problema que tem no seu horizonte, por um lado, a dura crítica de Nietzsche ao sujeito e, por outro, as possibilidades abertas por essa crítica, seja na direção de um sujeito plural, tese claramente delineada nos escritos de Nietzsche, seja no sentido de um sujeito ficcional, que aparece em seus textos contrariando a ideia de sujeito criticada por ele. Tendo em vista, portanto, o caráter controverso da questão, o propósito deste estudo é apontar alguns traços centrais da crítica de Nietzsche ao sujeito no intuito de mostrar que é justamente a partir dessa crítica que são delineadas novas possibilidades para pensar e utilizar a ideia de sujeito em seus escritos.
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