Introduçãoretomada do crescimento se apresenta como um dos grandes desafios para a sociedade brasileira após dois anos de profunda crise, em 2015 e 2016. Depois de um período de expansão da renda e diminuição da desigualdade na primeira década deste século, fortemente influenciada pelo desempenho da economia mundial e da elevação dos preços das commodities, vemo--nos novamente diante da recessão e seus reflexos. Recuperar os investimentos é algo que se mostra imprescindível para a saída da crise. Foram vários os fatores que fizeram que houvesse essa retração.O almejado ajuste fiscal implicou cortes de gastos, incluindo os investimentos, não apenas por parte da União, mas também dos estados e municípios. Ressalte-se ainda que o aumento da taxa básica de juros (Selic) e a sua manutenção em nível elevado, além de estimular as aplicações financeiras em detrimento dos investimentos na produção e infraestrutura, também encareceu o custo do crédito e do financiamento, outro fator desestimulador das novas inversões.Um terceiro fator foi o impacto da retração chinesa e a queda nos preços das commodities. Ao contrário do se poderia pensar, a diminuição dos preços do petróleo bruto, dos minérios e da soja, para citar os principais, não afetou somente o resultado das exportações, mas também inibiu novos projetos por parte de grandes empresas, devido à queda da sua receita e rentabilidade.O quarto fator, a Operação Lava Jato, sem entrar no mérito da sua utilidade para coibir a corrupção, tem significado na prática a paralisia de setores-chave para o país, como os complexos de petróleo e gás, construção pesada e toda a sua cadeia de fornecedores e prestadores de serviços.Por último, mas não menos importante, a crise política gera incerteza quanto ao futuro, também impactando negativamente as decisões, levando ao adiamento, ou mesmo cancelamento de investimentos.Como todos esses fatores continuam presentes no cenário político-econômico, nada nos faz crer que o quadro possa se alterar e teremos uma nova retração expressiva nos investimentos este ano.Mas, por outro lado, nada indica que estejamos fadados a uma crise interminável. Há aspectos relevantes a serem considerados. O Brasil é o único país do G-20 que tem, por exemplo, uma expressiva demanda ainda reprimida na infraestrutura. Há muitas outras oportunidades no agronegócio, na indústria e nos serviços.
O artigo analisa a reação do Brasil em face de um cenário internacional adverso é o principal desafio que se apresenta para a política econômica. A combinação ideal entre as políticas voltadas para o curto, médio e longo prazos é a chave para uma resolução bem sucedida. Nesse sentido são avaliados os principais impactos sobre a estrutura produtiva brasileira.
resumo O objetivo deste artigo é analisar o pensamento de Furtado tomando-se por base seis obras selecionadas do autor, publicadas entre 1959 e 1974. O conjunto bibliográfico analisado possui uma constância: a procura do entendimento do subdesenvolvimento brasileiro. Essa busca se apresenta na análise da gênese de nossa estrutura econômica em Formação econômica do Brasil, na denúncia dos efeitos perversos que requereu a continuidade do processo de crescimento econômico em Análise do modelo brasileiro e em O mito do desenvolvimento econômico e, por fim, na proposta de objetivos que fossem alternativos à dinâmica do processo e às suas consequências perversas, em Um projeto para o Brasil. Além disso, em Teoria e política do desenvolvimento econômico e em Desenvolvimento e subdesenvolvimento, Furtado expõe elementos mais gerais das economias subdesenvolvidas, além daqueles especificamente brasileiros.
A globalização da economia, abrangendo a internacionalização da produção, o incremento do comércio e a absorção de tecnologia, é um processo que tem gerado discussões no âmbito acadêmico e empresarial, além de implicar novos desafios para os Estados Nacionais. O movimento de internacionalização, impulsionado pela crescente desregulamentação das economias, a sofisticação dos mercados financeiros e os novos recursos das telecomunicações e da informática, criou o fator da intangibilidade da riqueza, fazendo com que os instrumentos tradicionais da política econômica (assim como o que ocorre com as teorias) se tornem insuficientes para influenciar significativamente a dinâmica do processo. A reestruturação produtiva decorrente implica profundas transformações tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. O Brasil, nesse contexto, convive simultaneamente com o impacto das transformações de âmbito internacional e o processo de estabilização da economia. Ambos afetam significativamente o desempenho econômico e o complexo produtivo, implicando novos desafios para a política econômica e a atuação das empresas.
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