A categorização se constitui como um Sistema Adaptativo Complexo que utiliza o processo inferencial como um componente ou habilidade cognitiva fundamental para compreensão leitora através do acionamento de conhecimentos necessários à emergência de conceitos organizados em termo de categorias. Nossa proposta é analisar as características que tornam a categorização um SAC e a leitura um subsistema que mobiliza atratores e espaços-fase como uma rede de integracão de blocos constituintes e agregados que interagem constantemente com o ambiente externo para a produção de sentido. Utilizamos o pressuposto de que o processo inferencial a partir de pistas ou estímulos rotinizam o fluxo dos atratores, levando em conta não só os objetos do conhecimento, mas também ações, eventos e identidade do leitor.
Neste artigo a leitura é considerada como uma atividade cognitiva complexa com características de um subsistema que faz parte de um sistema dinâmico maior denominado linguagem. Nessa perspectiva, a leitura é vista como emergência complexa resultante da atuação de diversos fatores situados, tais como, intra e intersubjetivos, psicológicos, corpóreos, ecológicos, históricos, socioculturais, dentre outros, que interagem no fluxo do processo de compreensão leitora e construção de sentido. Apresentamos, assim, uma visão da leitura focalizando os conceitos e características da Teoria dos Sistemas Adaptativos Complexos (SAC), qual seja, os conceitos de sistema, subsistema, atratores, gatilhos e espaços-fase, procurando correlacioná-los ao processo de compreensão leitora. Detemo-nos, principalmente, em demonstrar os aspectos da leitura que o torna um subsistema adaptativo complexo e o fluxo dos atratores que direcionam as pistas textuais para determinado estado de preferência do sistema – estados-fase.
Este trabalho apresenta uma investigação descritiva da compreensão leitora com o objetivo de verificar como os processos cognitivos devem ser agenciados pelo professor durante a leitura de textos multissemióticos sobre a COVID-19 para desenvolver no aluno uma atitude metacognitiva. Embasamos nossa pesquisa nos trabalhos de Sánchez, Garcia e Rosales (2012) e Botelho (2015). Para tanto, trabalhamos com os conceitos de agenciamento como ação de mediação entre professor-texto-leitor e de processos cognitivos que levam os alunos a extrair, interpretar e refletir como ação orientadora para a atividade de compreensão superficial, profunda e reflexiva. Assim argumentamos, com base em dois textos multissemióticos, que o agenciamento, determinado por objetivos claros com foco em cada etapa dos processos cognitivos, desenvolve uma atitude metacognitiva autônoma nos alunos.
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