Apesar dos enteroparasitos comprometerem o estado nutricional de idosos e a qualidade da saúde em geral, estudos abordando ocorrência e prevenção de parasitas intestinais, nesse segmento populacional, são escassos. O escopo do presente estudo é analisar o perfil de enteroparasitos nos idosos institucionalizados e funcionários desses lares geriátricos, correlacionando-os com variáveis sóciodemográficas, econômicas, hábitos de higiene e sintomatologia. Trata-se de um estudo transversal realizado em Instituições de Longa Permanência na Região Metropolitana de Porto Alegre e na Região Serrana do Rio Grande do Sul. Através da aplicação de questionários e coletas de amostras fecais, 12 lares geriátricos foram pesquisados e 200 amostras de fezes de idosos, com média de idade de 79,4±9,5 anos, foram analisadas pelo exame parasitológico de fezes (EPF). Também coletamos amostras de 26 funcionários (com faixa etária entre 19 a 60 anos). Verificou-se prevalência de 4,0% de enteroparasitoses em relação aos idosos, sendo maior positividade encontrada nas mulheres 4,8% (n=7), enquanto nos homens 1,8% (n=1). Dos quais, 75,0% (n=6) correspondiam a Endolimax nana e 25,0% (n=2) a Entamoeba coli. Identificou-se nos funcionários, prevalência de 19,2%, dos quais 60,0% (n=3) correspondiam a E. nana, 20,0% (n=1) a E. coli e 20,0% (n=1) de biparasitismo. Evidenciamos condições peculiares nestas duas regiões gaúchas. Pois o envelhecimento traz alguns desafios para a sociedade, exigindo implantação e efetivação de políticas públicas sociais e de saúde condizentes com a realidade. Assim, melhoraríamos a qualidade de vida destes idosos e trabalhadores em relação as suas variáveis sociodemográficas, econômicas, hábitos de higiene e sintomatologia.