Resumo O simbolismo da cerâmica arqueológica marajoara foi escolhido como emblema de identidade nacional brasileira em fins do século XIX tendo em vista os projetos políticos de Estado. Para isso, o Estado se utilizou dos primeiros estudos arqueológicos que foram feitos no Museu Nacional do Rio de Janeiro, a fim de consolidar sua escolha por esses objetos como emblema dessa alentada identidade. Destarte, da ciência de fins do Oitocentos, esse simbolismo foi para a arte, a arquitetura, a moda, as cédulas, o carnaval, os espaços público e privado, sendo usado até a contemporaneidade. Entretanto, chama atenção o uso desse simbolismo com os cuidados do corpo, tendo em vista roupas, perfumes, acessórios, entre outros, com a ‘marca marajoara’. É sobre essa ressignificação para os cuidados com o corpo a partir do uso de objetos ‘marajoara’ que se propõe este artigo.
RESUMO Este artigo analisa o processo de significação e sacralização da cerâmica marajoara e do Círio de Nazaré que resultou na concessão do título de patrimônio cultural brasileiro conferido a esses dois bens culturais. Com base em relatos de cronistas, documentos oficiais e matérias de jornais, analisa-se o longo processo de atribuição de sentidos à cerâmica marajoara e ao Círio de Nazaré, de modo a associá-los a certo ideal de civilização e de identidade nacional. Conclui-se que, longe de ser um processo natural, a transformação desses dois bens culturais em patrimônio cultural brasileiro envolveu questões de ordem política, de relações de poder que implicam a produção de discursos de valorização de determinados bens enquanto silencia outros.
Este artigo socializa o resultado de uma pesquisa realizada com gestoras de escolas do campo da cidade de Tomé-Açu (PA), abordando a histórica invisibilidade das mulheres e a violência dos processos de educação no campo, especialmente o machismo que atinge as gestoras. Para tal, a metodologia utilizada foi a entrevista com mulheres gestoras de escolas do campo na cidade de ToméAçu. Tendo como objetivos: reconhecer os desafios e superações profissionais relacionados ao gênero dessas mulheres, a partir das relações estabelecidas entre elas e os demais funcionários da escola, além de evidenciar as diversas formas de preconceitos, machismo, sexismo nas escolas do campo do município, sob a ótica das gestoras pesquisadas e, principalmente, dar voz às gestoras do campo e suas superações e dificuldades nas escolas do interior. Ao fim do trabalho, apresenta-se uma sugestão de plano de aula interdisciplinar sobre feminismo, a ser utilizado nestas instituições de ensino.
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