O objetivo deste artigo é analisar as conexões entre o pensamento político de Nietzsche e sua crítica da cultura, tal como desenvolvidos nas notas e ensaios do primeiro período de sua obra, especialmente no ensaio Cinco prefácios a cinco livros não escritos. Trata-se de mostrar como o filósofo procura, a partir de uma singular análise do Estado e da sociedade na Grécia antiga, restituir à experiência política uma dimensão reflexiva em declínio na modernidade.
Resumo: O objetivo deste artigo é investigar o lugar cada vez mais destacado que a questão da forma de expressão passa a ocupar nos escritos de Nietzsche no período entre o fim dos estudos escolares e os primeiros anos dos estudos universitários. Pretendo elucidar a análise desenvolvida por Koberstein, em sua obra Compêndio de história da literatura nacional alemã, sobre a questão da forma de expressão no movimento romântico, para em seguida mostrar como o crescente interesse de Nietzsche pelo emprego de recursos expressivos nos antigos poemas desdobra-se, no período universitário, na busca de uma arte estilística entendida como elo entre arte e ciência.
Este artigo tem como objetivo examinar o papel singular da música na reflexão de Nitzsche sobre o processo de criação poética, e analisar os efeitos de sua leitura da correspondência entre goethe e Schiller na elaboração dessa reflexão. Pretende-se mostrar, em seguida, como a análise da criação poética está associada a uma reflexão mais ampla sobre o pensamento e a linguagem.
O Jornalismo de Cinema deve ser entendido como um campo particular do jornalismo cultural, que se assume enquanto prática jornalística centrada na atividade cultural e artística, que marcou o século XX e insiste em continuar no século XXI: o cinema. Encarado como subgénero do jornalismo cultural, o Jornalismo de Cinema assume-se como um campo de sentido informativo, crítico e pedagógico. Com este artigo, procuramos perceber as transformações que a pandemia trouxe ao jornalismo português de cinema e compreender as transformações que ocorreram nesta especialização jornalística durante dois meses da pandemia (Junho e Julho de 2020) nos media portugueses de forma a entender as alterações que o jornalismo de cinema atravessou. Aplicamos uma análise de conteúdo aos principais jornais portugueses (versão impressa e online): Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Observador e Expresso, e programas de rádio e televisão informativos dedicados exclusivamente ao cinema: os programas de televisão Cinebox (TVI24), Janela Indiscreta (RTP) e Cartaz Cinema (SIC Notícias) e os programas de rádio Cinemax (Antena1) e A Grande Ilusão (Antena2). Concluímos que esta especialização jornalística em Portugal ficou bastante fragilizada durante os meses analisados com um empobrecimento temático e de formatos que resulta de estratégias editoriais que abdicaram de cobrir o cinema, em alguns casos por completo.
Com a publicação integral dos fragmentos póstumos de Nietzsche, iniciada por Colli e Montinari no fim dos anos 60, foi possível, pela primeira vez, acompanhar o processo de elaboração de suas obras publicadas e de reconstruir os diferentes momentos de sua interpretação dos escritos de Wagner. Os fragmentos póstumos permitem mostrar que Nietzsche desenvolve no período de elaboração do ensaio Richard Wagner em Bayreuth, correspondente aos anos 1874-1876, duas diferentes perspectivas em sua interpretação da arte wagneriana: examina a obra e a personalidade de Wagner com distanciamento, antecipando aspectos centrais da crítica que irá desenvolver no último período de sua produção filosófica, e, ao mesmo tempo, elabora uma análise produtiva, na qual já se delineia o perfil do artista como renovador da cultura que irá caracterizar a versão final do ensaio, publicada em julho de 1876. Neste artigo, pretendo examinar, a partir dos fragmentos póstumos, a história de nascimento de Richard Wagner em Bayreuth, procurando analisar a tensão de perspectivas que caracterizou a interpretação de Nietzsche da obra e da trajetória wagnerianas.
Este artigo tem o objetivo de analisar as definições de jornalismo cultural encontradas a partir do mapeamento de um repositório nacional de referência, os anais da Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo (SBPJor). A partir desse referencial, foi realizada uma análise panorâmica dos dados referentes a dez anos de produção no evento, chegando aos cinco autores mais citados sobre o conceito: Cida Golin, Everton Cardoso, Daniel Piza, Sergio Gadini e José Salvador Faro. As principais ideias encontradas nas definições remetem a um processo de mediação temporal distinto, pautado por padrões de contextualização e valoração estética. Encerramos as reflexões reconhecendo o conjunto de trabalhos como um lugar plausível de mapeamento sobre consensos e fissuras presentes nas definições de jornalismo cultural durante o período das publicações.
Levando em consideração que o jornalismo pode ser um dos agentes para a constituição da memória social, este artigo reflete sobre a efeméride de aniversário de cidades em especiais jornalísticos. Partindo desse tema, discute o caráter de agenciamento da memória da cidade por parte do jornalismo e a tentativa de o jornalismo estreitar seu pertencimento e vínculo à memória da cidade. Para isso, é analisado o especial multimídia “BH 120 anos”, lançado pelo jornal Estado de Minas em 2017, por ocasião do aniversário de Belo Horizonte. Por meio de uma análise hermenêutica, busca-se refletir sobre as temporalidades, o gesto de memória efetuado e as estratégias narrativas adotadas que permitem vislumbrar um duplo movimento em relação à memória da cidade feito pela narrativa jornalística.
Em 1869, ano de início de sua atividade como professor na Universidade da Basiléia, Nietzsche desenvolve em inúmeros cursos e conferências uma reflexão sobre a experiência musical e poética, na qual enfatiza a união da palavra e da música na sensibilidade grega e sua separação na sensibilidade moderna. Esse tema será retomado nos anos seguintes, durante a redação de O nascimento da tragédia, seja na reflexão sobre a arte grega, seja na crítica à ópera moderna, dando lugar a uma investigação sobre a diferença de natureza entre os domínios sonoro e linguístico, aos quais correspondem formas distintas de experimentar a arte. Pretendo, neste trabalho, mostrar como a rede de relações tecida por Nietzsche entre música e palavra permite elucidar não apenas a especificidade da música como arte, mas também a singularidade da experiência estética que ela torna possível.
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