RESUMOO presente artigo, faz parte do projeto de pesquisa em andamento no programa de mestrado em Educação da Universidade Estadual de Londrina, alocada na linha: Perspectivas Filosóficas, Históricas e Políticas da Educação e no núcleo: História da Educação e Ensino de História, sob a orientação da professora doutora Marlene Rosa Cainelli. As leituras e reflexões para essa investigação articulam-se ao campo da Educação Histórica. Nossa pesquisa, ainda que inicial, tem como foco como professores de história do Município de Brasilândia no Mato Grosso do Sul concebem, organizam e utilizam-se dos conceitos de tempo e temporalidade no exercício de sua docência. Para construir essa reflexão embasaremos nossas ações em uma abordagem qualitativa com triangulação de dados, em que pretendemos por meio de entrevistas com os professores traçar um perfil destes profissionais no que tange sua formação profissional e conceitual, para então buscarmos entender como ocorre a construção dos conceitos que esses usam em suas atividades docentes. Outro momento consistirá em analisar planejamentos e observar a aplicação destes em aulas de história. Por fim através da leitura das atividades (presentes nos planejamentos) e das avaliações desenvolvidas por esses professores, em sala de aula, identificaremos os múltiplos conhecimentos sobre tempo e temporalidade. Entender qual a formação teórica, como esses professores fazem suas escolhas metodológicas e como a partir dos conceitos de temporalidade elaboram seu currículo informal (aquele elaborado no cotidiano da ação docente no processo ensino/aprendizagem), pode auxiliar a entender como se desenvolve este processo de ensino aprendizagem.
Este artigo apresenta uma discussão inicial sobre o conceito de “empatia pedagógica” proposto por nós como um modelo de explicação sobre a metodologia do ensino de conteúdos históricos durante as aulas de História. Partimos de Cainelli (2008) e de sua concepção de atrativo pedagógico, na qual, ela aponta a existência durante as aulas de História de uma espécie de desconstrução dos conteúdos históricos a fim de facilitar o acesso dos alunos, que estão no presente, a esse conteúdo. Aliamos e relacionamos a proposta de Cainelli ao conceito de empatia proposto por Lee (2003; 2006) e o processo de construção de sentido advogado por Rüsen (2015) para aferir que, muitas vezes, a dinâmica da aprendizagem histórica passa pela utilização por parte do(a) professor(a) do conteúdo histórico como fomentador de um processo empático, transformando o próprio conteúdo em uma possibilidade pedagógica, sendo essa prática metodológica de uso do conteúdo como provocador de um espaço de experiência condicionante para aprendizagem, o que chamamos de “empatia pedagógica”. Para chegar a essa conclusão apresentamos eventos de aulas, obtidos por nós, através do uso do caderno de campo.Palavras-chave: Empatia Pedagógica. Ensino de História. Educação Histórica.
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