O artigo analisa as ações realizadas pela Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) contra os imigrantes alemães, na cidade de Rolândia/PR, no período de 1942 a 1945. Durante a II Guerra Mundial e a adesão do Brasil aos países Aliados, os imigrantes dos países do Eixo foram vigiados e controlados pela polícia política do governo Vargas. A constante referência aos alemães acabou gerando a construção de mitos, como o da “conspiração alemã” e o da “Alemanha Antártica”, que ajudaram a legitimar a “lógica da desconfiança” sobre esses imigrantes. A construção de mitos políticos respaldou, no imaginário social, a atuação da polícia política, legitimando as suas ações de vigilância, controle e repressão.
O objetivo deste artigo é realizar uma discussão sobre o uso da paisagem como fonte para a história, bem como sua elaboração na produção de memória. A sociedade produz e reproduz o seu espaço de acordo com as suas necessidades e com os recursos técnicos e econômicos de que dispõe. À medida que ela vai se modificando, marcas e heranças das atividades econômicas do passado vão se registrando na paisagem. Produzida historicamente pelos homens, segundo a sua organização social, o seu grau de cultura e o seu aparato tecnológico, a paisagem é o reflexo da organização social e de condições naturais particulares. Portando, constitui-se em um espaço natural, social e histórico. Para a sustentação destes argumentos, utilizaremos a metodologia da História da Ambiental. Ao fazer uma análise histórica das paisagens, consideramos que elas são sistemas abertos, submetidos permanentemente a fatores aleatórios – entre os quais os variados tipos de ação humana. A paisagem é o lugar de projeções e simbolizações de sentimentos e ações humanas, bem como o lugar onde se articulam o social e sua representação, a matriz simbólica onde a experiência coletiva se enraíza e se reflete ao mesmo tempo.
Resumo O objetivo deste artigo é analisar as transformações ocorridas na paisagem rural do estado do Paraná na década de 1960. Toma-se como referência um desastre ambiental (incêndio florestal) ocorrido no ano de 1963, que vitimou 110 pessoas e deixou milhares desabrigadas, além de destruir florestas e plantações. A hipótese principal é a de que o desastre foi resultado das relações dos homens com o meio natural. Por isso mesmo, é fundamental dar historicidade a essas relações, para compreender o real significado do evento e a forma como ele está inserido em um contexto mais amplo, marcado pela erradicação dos cafezais na região norte e pelo desflorestamento da região central do estado.
Este estudo de revisão bibliográfica, teve como objetivo a apresentação da Guerra de Porecatu, que ocorreu em meados dos anos 40 e início dos anos 50, e que é considerada de grande importância para História do Paraná e do Brasil, haja vista sua amplitude conceitual passar pela abordagem do conceito de História Regional e ser revelado pela História Nacional na medida em que discorre a respeito do problema da luta pela terra, neste casos envolvendo alguns grupos em especial: os posseiros, os grileiros e os fazendeiros. O trabalho também pode ser visto como estratégia pedagógica, ou seja, uma forma de abordar a construção do conhecimento histórico, e por se tratar de um levantamento teórico de cunho qualitativo, apropriou-se dos resultados dos estudos de renomados autores como o historiador Angelo Priori (2000; 2009; 2011; 2012); dos jornalistas e escritores Oikawa (2011) e Diego Antonelli (2016); do escritor Osvaldo Heller da Silva (2006) e dos escritos da polícia militar do Paraná, a partir das anotações do Capitão Rosa Filho (2003). O resultado revela a possiblidade desse material como conteúdo de História Local e Regional, e da importância de ser revelado aos interessados pela temática, pois, a Guerra de Porecatu foi um movimento de resistência onde trabalhadores foram explorados e expulsos, servindo ao capital, à política da época e aos poderosos latifundiários.
O objetivo deste artigo foi compreender como o Estado se apropriou de dispositivos legais para legitimar as suas ações punitivas e jurídicas contra a oposição política, em especial, os militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no Paraná em 1975, quando foram presos e indiciados pelo Inquérito Policial-Militar 745 (IPM 745), que apurou o envolvimento dos comunistas na suposta reorganização do partido no Estado. Além do IPM, também utilizamos como fonte de pesquisa o Relatório Especial de Informações 1/75 que destacou a importância dos trabalhos da polícia política efetuados no Estado, a fim de conter o avanço do comunismo.
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