Resumo O objetivo deste artigo é analisar as transformações ocorridas na paisagem rural do estado do Paraná na década de 1960. Toma-se como referência um desastre ambiental (incêndio florestal) ocorrido no ano de 1963, que vitimou 110 pessoas e deixou milhares desabrigadas, além de destruir florestas e plantações. A hipótese principal é a de que o desastre foi resultado das relações dos homens com o meio natural. Por isso mesmo, é fundamental dar historicidade a essas relações, para compreender o real significado do evento e a forma como ele está inserido em um contexto mais amplo, marcado pela erradicação dos cafezais na região norte e pelo desflorestamento da região central do estado.
O artigo analisa as ações realizadas pela Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) contra os imigrantes alemães, na cidade de Rolândia/PR, no período de 1942 a 1945. Durante a II Guerra Mundial e a adesão do Brasil aos países Aliados, os imigrantes dos países do Eixo foram vigiados e controlados pela polícia política do governo Vargas. A constante referência aos alemães acabou gerando a construção de mitos, como o da “conspiração alemã” e o da “Alemanha Antártica”, que ajudaram a legitimar a “lógica da desconfiança” sobre esses imigrantes. A construção de mitos políticos respaldou, no imaginário social, a atuação da polícia política, legitimando as suas ações de vigilância, controle e repressão.
Com base no aporte teórico da Nova História Política, vislumbrando as epistemologias do Sul, ou seja, as lutas políticas e sociais de grupos e/ou movimentos sociais, como o Movimento Negro e o Feminismo Negro no Brasil, neste paper objetiva-se dar visibilidade às mulheres negras na política brasileira, por meio da trajetória de vida e legado de Marielle Franco, analisando as sementes que floresceram nas Eleições municipais 2020. Segundo o Atlas da Violência (2019), organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), no contexto mundial, o Brasil é um dos quatro países que concentram 80% dos assassinatos de ativistas de Direitos Humanos. Considerando o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes, em 14 de março de 2018, o racismo estrutural e cotidiano, o patriarcado, o machismo, entre outras práticas de opressão da modernidade/colonialidade na contemporaneidade e os resultados das Eleições Municipais 2020, neste texto se tem como objetos de análise: a Agenda Marielle Franco (2020) do Instituto Marielle Franco; e os resultados das Eleições Municipais (2020), dando visibilidade ao povo negro, especificamente às mulheres negras, como em Curitiba, capital do Paraná, sul do Brasil.
Este estudo de revisão bibliográfica, teve como objetivo a apresentação da Guerra de Porecatu, que ocorreu em meados dos anos 40 e início dos anos 50, e que é considerada de grande importância para História do Paraná e do Brasil, haja vista sua amplitude conceitual passar pela abordagem do conceito de História Regional e ser revelado pela História Nacional na medida em que discorre a respeito do problema da luta pela terra, neste casos envolvendo alguns grupos em especial: os posseiros, os grileiros e os fazendeiros. O trabalho também pode ser visto como estratégia pedagógica, ou seja, uma forma de abordar a construção do conhecimento histórico, e por se tratar de um levantamento teórico de cunho qualitativo, apropriou-se dos resultados dos estudos de renomados autores como o historiador Angelo Priori (2000; 2009; 2011; 2012); dos jornalistas e escritores Oikawa (2011) e Diego Antonelli (2016); do escritor Osvaldo Heller da Silva (2006) e dos escritos da polícia militar do Paraná, a partir das anotações do Capitão Rosa Filho (2003). O resultado revela a possiblidade desse material como conteúdo de História Local e Regional, e da importância de ser revelado aos interessados pela temática, pois, a Guerra de Porecatu foi um movimento de resistência onde trabalhadores foram explorados e expulsos, servindo ao capital, à política da época e aos poderosos latifundiários.
O objetivo deste artigo foi compreender como o Estado se apropriou de dispositivos legais para legitimar as suas ações punitivas e jurídicas contra a oposição política, em especial, os militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no Paraná em 1975, quando foram presos e indiciados pelo Inquérito Policial-Militar 745 (IPM 745), que apurou o envolvimento dos comunistas na suposta reorganização do partido no Estado. Além do IPM, também utilizamos como fonte de pesquisa o Relatório Especial de Informações 1/75 que destacou a importância dos trabalhos da polícia política efetuados no Estado, a fim de conter o avanço do comunismo.
Durante a ditadura militar, o Estado empregou dispositivos legais para legitimar as suas ações jurídicas e punitivas contra a oposição política, em especial, os militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no Paraná que foram presos e indiciados pelo Inquérito Policial-Militar 745 (IPM 745), que apurou o envolvimento dos comunistas na suposta organização do partido no Estado, em 1975. Ao problematizarmos o IPM em tela, destacamos as vozes do Estado, enquanto instituição política que controla e formula as leis, e dos advogados de defesa das pessoas presas que denunciaram as violações dos direitos humanos. Tanto os advogados como o Estado eram dois agentes sociais e políticos presentes em um campo específico, o jurídico, no qual ocorria a disputa de forças entre narrativas de defesa e de acusação. Sendo assim, dois agentes díspares na escala do poder travaram uma batalha legal e jurídica, e os advogados, por sua vez, valiam-se do mesmo substrato burocrático-legal formulado pelo Estado para tornar menos rígidos os limites da lei e do campo jurídico.
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