Objective: To identify the therapeutic itinerary of elderly cancer survivors since detection of signs and symptoms until the end of treatment. Methods: Qualitative research with four elderly cancer survivors (two prostate cancer and two breast cancer patients), two men and two women aged between 73 and 81 years. Data collection was carried out through interviews developed in five visits to the collaborator's households and with duration of 15 hours on average. Thematic content analysis was used. Results: The journey experienced by the elderly starts with the discovery of signs and symptoms; the course towards the diagnosis in the Health System; the confirmation of cancer; surgery and chemotherapy and the inclusion of complementary and alternative practices in the itinerary. Conclusion: The health care for cancer survivors demands intense articulation of the health system. In that sense, knowing the itinerary becomes a mechanism to qualify this assistance. ResumoObjetivo: Identificar o itinerário terapêutico de idosos sobreviventes ao câncer, desde a detecção dos sinais e sintomas até o final do tratamento. Métodos: Pesquisa qualitativa com 4 idosos sobreviventes ao câncer (dois de próstata e dois de mama), dois homens e duas mulheres, com idades entre 73 e 81 anos. A coleta de dados foi realizada por meio da entrevista, com 5 visitas no domicílio e duração média de 15 horas. Foi realizada análise de conteúdo temática. Resultados: O percurso percorrido pelos idosos vai desde a descoberta dos sinais e sintomas; a caminhada para o diagnóstico no Sistema de Saúde; a confirmação do câncer; a cirurgia e quimioterapia e a inclusão das práticas alternativas e complementares no itinerário. Conclusão: A atenção em saúde para pacientes sobreviventes ao câncer demanda intensa articulação do sistema de saúde, nesse sentido, conhecer o itinerário torna-se um mecanismo para qualificar essa assistência.
RESUMO: Objetivo: investigar a percepção que o paciente adulto com leucemia atribui sobre o processo de internação hospitalar e enfrentamento da doença. Métodos: trata-se de um estudo exploratório com abordagem qualitativa descritiva, por meio de entrevista semiestruturada desenvolvida de março à abril de 2013 com sete pacientes adultos portadores de leucemia institucionalizados. Os dados foram tratados e analisados pelo método de análise de conteúdo. Resultados: emergiram quatro categorias, sendo elas: Reconhecimento de sinais e sintomas da leucemia; Sentimentos frente à doença; Enfrentamento da doença e do processo de internação; e Mudanças nos hábitos de vida relacionados à internação e o tratamento. Conclusão: o paciente oncológico busca as mais diversas formas de enfrentamento para resistir ao processo da doença e dos abalos físicos e emocionais que a doença traz, bem como, permitem a este paciente repensar sua existência e encontrar formas de resiliência para enfrentar esta condição.
A Educação Permanente em Saúde (EPS) esbarra em dificuldades para sua implementação na Atenção Primária à Saúde (APS), devido ao desconhecimento ou dificuldades em diferenciar a EPS da Educação Continuada (EC) e Educação em Saúde (ES). EPS funciona de forma ascendente, ou seja, busca as demandas da sociedade para que se possa qualificar a prestação do serviço. Os profissionais da Saúde da Estratégia, os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Endemia são a principal fonte de informações vinda da comunidade em que estão inseridos e podem colaborar para identificação de demandas e temas de maior relevância, que emergem na comunidade em que estão inseridos e, assim, construir um saber de forma coletiva e sem hierarquia de saberes. Este artigo tem o objetivo de relatar a experiência vivida por um acadêmico de enfermagem na implementação da EPS na APS, por intermédio da Instituição de Ensino Superior, alinhando suas práticas com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.
RESUMONo ano de 2020 o mundo foi acometido pela maior crise de saúde pública: um novo vírus da família dos coronavírus propagou-se, tirando a vida de milhares de pessoas, inclusive profissionais da saúde. A pandemia de COVID-19 surgiu na China, cidade de Wuhan, província de Hubei, trazendo um enorme impacto para o sistema de saúde, onde até mesmo os países desenvolvidos e com sistemas bem estruturados chegaram ao colapso devido à sobrecarga na demanda para tratamento de pacientes criticamente enfermos, principalmente em unidades de terapia intensiva. A pandemia trouxe aos profissionais necessidades de qualificação no processo de cuidado para manutenção da vida humana, tanto para os profissionais, bem como para os acadêmicos de Enfermagem a fim de instrumentalizá-los para o cuidado na Pandemia Covid 19. O artigo tem por objetivo relatar a experiência no desenvolvimento do estágio supervisionado na Unidade de Terapia Intensiva COVID-19, de um hospital regional no norte do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência com abordagem qualitativa, realizado a partir da vivencia dos acadêmicos de Enfermagem de uma Universidade do Norte do Rio Grande do Sul, que estavam realizando a disciplina de "Estágio Supervisionado". A carga horaria total da disciplina é de 420 horas e na UTI COVID os acadêmicos permaneceram por cinco dias, no período matutino, totalizando 30 horas de estágio. Foi seguido um rigoroso protocolo de proteção individual para evitar a contaminação e propagação do vírus. Ao adentrar o ambiente de UTI os acadêmicos inseriam-se nos cuidados aos pacientes permanecendo ininterruptamente na unidade, sem realizar intervalo, devido a intensa demanda de trabalho. Os acadêmicos puderam vivenciar a organização do processo de trabalho, em relação ao dimensionamento de pessoal, recursos materiais, além da gestão do cuidado primando pela comunicação efetiva, escuta ativa e humanização, assim formou-se três categorias para explicitar resultados e discussão: processo de trabalho na enfermagem; gestão do cuidado de enfermagem; e, gestão dos recursos materiais na UTI Covid. A partir da atuação na UTI COVID-19 os acadêmicos vivenciaram a realidade desenvolver e consolidar habilidades pessoais e profissionais, ampliando sua visão perante os processos de trabalho e sobre a complexidade do cuidado integral e humanizado.
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Estima-se que 85% dos idosos apresentem, pelo menos, uma doença crônica e, destes, pelo menos 10% com sobreposição de afecções concomitantes. A cronicidade de algumas enfermidades associadas ao quadro de longevidade dos brasileiros tem colocado em pauta a necessidade de se planejar mecanismos e ações para um cuidado diferenciado a essa parcela da população 1 , visto que o convívio com essa realidade, seja como profissionais da saúde, seja como familiares de idosos, torna-se mais frequente. Conforme Soares, Santana e Muniz 2, dentre as condições crônicas mais temidas nessa fase da vida está o câncer. Segundo, Góis e Veras 3 , na maioria dos casos, o câncer ocorre após os 60 anos. Essa maior incidência no idoso se deve ao fato de que cerca de 80% de todos os cânceres estão relacionados, direta ou indiretamente, ao tempo de exposição a agentes cancerígenos. Atualmente, o câncer é a segunda causa de morte no Brasil, logo após as doenças cardiovasculares. De acordo com as últimas estimativas, os tipos mais incidentes são o câncer de mama nas mulheres e o câncer de próstata nos homens 4 . Essa realidade carece de atenção, principalmente, ao considerarmos que os casos de câncer aumentam proporcionalmente com a idade. Nesse sentido, quanto mais a população envelhece, mais há tendência de crescimento desses números, o que produz impacto na vida das pessoas e no sistema de saúde, que precisa gerir as demandas oriundas desse quadro 5 .Por muito tempo, a cura do câncer pareceu improvável, porém, com a evolução científica, tecnológica e farmacológica, está sendo possível aumentar a expectativa de vida, juntamente com a remissão completa das neoplasias 6 . Atualmente, com uma detecção precoce do câncer e melhoria da eficácia dos tratamentos, a qualidade de vida durante o tratamento tem melhorado significativamente. Hoje, um número crescente de pessoas sobrevive a esta patologia e vive para além do câncer por longos anos 7 .O tratamento para o idoso também tem se modificado com a utilização de protocolos de quimioterapia específicos para pacientes com mais de 60 anos, com baixa toxicidade e uma melhor tolerância aos efeitos adversos. Estes novos fármacos garantem maior sobrevida e qualidade de vida aos sobreviventes ao câncer 8. No entanto, somente a intervenção medicamentosa e tecnológica não é suficiente para um cuidado integral ao idoso.As pessoas que terminaram o tratamento e passaram pela fronteira de cinco anos após o tratamento e sem a recidiva do câncer passam por um processo de transição que implica inevitavelmente confrontar-se com as suas limitações e vulnerabilidades impostas pelas toxicidades do tratamento. é uma fase de redescobrimento de si mesmo e de novas formas de ressignificar o seu cotidiano 9 . A longevidade em termos biomédicos
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