O transtorno bipolar apresenta usualmente relevante cronicidade e severidade de sintomas, causando prejuízos psicossociais. O tratamento farmacológico é considerado indispensável para pacientes bipolares. Contudo, na esfera psicossocial, uma associação entre estressores e a precipitação de episódios bipolares tem sido claramente documentada, salientando a necessidade de intervenções nesta esfera. A psicoeducação consiste em uma modalidade de intervenção psicossocial. O presente estudo visou investigar na literatura científica os resultados obtidos através do uso da psicoeducação no tratamento do transtorno bipolar. A psicoeducação se apresenta como um modelo eficaz para adesão ao tratamento psicofarmacológico, melhor compreensão e entendimento do transtorno, redução do número de episódios maníacos, menor número de recaídas e internações, aumento do funcionamento social bem como para um melhor manejo de situações de crise e sentimentos de culpa. Da mesma forma, a psicoeducação se apresenta como uma alternativa importante para familiares de pacientes com transtorno bipolar. Conclui-se que a psicoeducação, embora não substitua o tratamento medicamentoso, tem se mostrada efetiva na otimização significativa dos efeitos dos tratamentos farmacológicos e de seus resultados além de apresentar características preventivas para recaídas e para saúde mental dos familiares.
Trauma infantil e sua associação com transtornos do humor na vida adulta: uma revisão sistemática Eventos estressores traumáticos na infância ocorrem comumente em situações de maus-tratos e estão associados a prejuízos psicológicos e a transtornos mentais, entre eles os transtornos do humor. Este estudo apresenta uma revisão sistemática da literatura visando a identificar achados que descrevam associações entre trauma na infância e transtornos do humor na vida adulta. Uma busca de palavras-chave foi realizada nas bases de dados Scielo, Web of Science, PsychInfo, LILACS e Pubmed. Dez artigos preencheram os critérios de inclusão estabelecidos. Todos os artigos encontrados apontavam relações significativas entre traumas na infância e diferentes tipos de transtornos do humor. Estudos mostram ainda que, nos casos em que há esse tipo de associação, também são encontradas comorbidades psiquiátricas, pior sintomatologia e prognóstico.
Palavras-chave:Transtornos do humor. Trauma na infância. Estudos de associação.
RESUMOOs transtornos alimentares são caracterizados por uma grave perturbação do comportamento alimentar, acompanhada por distorção da imagem corporal, com conseqüências clínicas e emocionais tanto para a pessoa que sofre deste transtorno quanto para seus familiares. A terapia familiar é uma das indicações para o tratamento dos transtornos alimentares, uma vez que os conflitos familiares ou são causadores destes transtornos ou conseqüências dos mesmos. O objetivo deste artigo é a descrição de um plano de tratamento familiar para tais pacientes, seguindo o modelo de terapia cognitivo-comportamental. A terapia de família é um recurso terapêutico com o objetivo central de melhorar as relações e conflitos existentes, promovendo, deste modo, a melhora do prognóstico do transtorno alimentar. Palavras-chave: Transtornos alimentares; tratamento familiar; terapia cognitivocomportamental.
COGNITIVE-BEHAVIOR THERAPY IN EATING DISORDERS: A FAMILY APPROACH TO INTERVENTION IN CRISIS ABSTRACTThe eating disorders are characterized by a serious disruption of eating behavior, accompanied by a distortion of body image, with clinical and emotional consequences to the person who suffers with this disorder and for their families. The family therapy is one of the indications for the treatment of eating disorders, since the family conflicts or cause these disorders or are consequences of them. This article is the description of a family plan of treatment to these patients, following the model of cognitive-behavioral therapy. Initially, it highlighted the etiology and epidemiology of eating disorders. The family therapy is a therapeutic resource with the central goal of improving relations and conflicts, promoting thus improves the prognosis of the eating disorder.
ResumoA Dissociação Razão-Emoção (DRE) é um fenômeno que desafia as noções proposicionais de crenças e ocorre quando uma dissociação aparece entre uma crença racional pessoal sobre certa proposição e o modo como a pessoa sente acerca da mesma proposição. Assim, uma pessoa mantém simultaneamente duas ideias em seu conhecimento consciente. Este ensaio versa a respeito deste inquietante fenômeno, discutindo-o sob diferentes modelos e paradigmas da ciência psicológica. Por fim, pretende-se exemplificar como este fenômeno se expressa clinicamente, bem como propor implicações práticas para o manejo dos pacientes que expressem este tipo de dissociação.
Palavras-chave:Dissociação Razão-Emoção, terapia cognitivo-comportamental, metacognição.
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