O presente artigo tem como objetivo conhecer a percepção de mulheres em privação de liberdade acerca de sua saúde mental. Foi realizado um estudo descritivo de abordagem qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas que foram gravadas com oito mulheres privadas de liberdade em regime fechado em um presídio no interior do sul do país. Observamos neste estudo que as mulheres privadas de liberdade vivenciam sentimentos, como solidão, angústia, saudade, preocupação, irritação, medo e isolamento, durante este momento, tendo um forte impacto em sua saúde mental, observou-se pensamentos e atos suicidas. As mulheres desta pesquisa apresentam diferentes redes de apoio durante a privação de liberdade, indo de familiares e amigos presentes até ao abandono destes. A relação entre essas mulheres vista como saudável, elas relatam seres prestativas umas com as outras, e algumas disseram que restringir ao necessário a conversa com as colegas para manter a boa convivência e evitar conflitos. Como forma de distração durante o encarceramento elas realizam atividades através de um projeto, também relataram assistir TV, rádio e realizar a limpeza da cela, porém elas expõem que seria importante a realização de outras atividades, principalmente profissionalizantes e educacionais, e também atividades de promoção a sua saúde. Assim, observa-se o quanto é necessário um acompanhamento multiprofissional com olhar sob a saúde integral e educação dessas mulheres.
Objetivos: observar o acompanhamento das medidas antropométricas registradas na caderneta de saúde, no primeiro ano de vida, de crianças filhas de mulheres que utilizaram drogas na gestação. Metodologia: os dados foram coletados por um projeto de extensão, através do acompanhamento das famílias em visitas domiciliares e elaboração de diários de campo. Resultados: das seis crianças acompanhadas metade apresentou baixo peso ao nascer, três nasceram de parto normal e três foram alimentadas com leite materno, o índice de APGAR variou entre 7 e 9 no primeiro minuto e 9 e 10 no quinto. Conclusão: percebeu-se a importância da realização das consultas de puericultura e registros das medidas antropométricas, assim como o acompanhamento sistemático do crescimento e ganho de peso, para a detecção precoce da ocorrência de anormalidades no desenvolvimento dessas crianças. Deve-se atentar as necessidades de saúde das mulheres e crianças de forma ampla, visando um cuidado igualitário e integral.Descritores: Cocaína Crack. Desenvolvimento Infantil. Peso ao Nascer. Puericultura. Acesso aos Serviços de Saúde.
RESUMO:Objetivo: analisar a associação do consumo abusivo de substâncias psicoativas com as doenças infectocontagiosas, condições crônicas não transmissíveis e os transtornos psiquiátricos menores. Método: estudo de corte transversal, com amostra de 505 usuários, destes 136 usuários de crack. Utilizou-se os Testes Qui-quadrado para verificar diferenças proporcionais e como medida de associação foi utilizada a razão de prevalência. Resultados: a maioria dos usuários entrevistados referiu estar bem de saúde, relatando também não possuir doenças. Os resultados também demonstraram que houve associação entre o uso de crack e infecções sexualmente transmissíveis, sendo a mais prevalente a imunodeficiência adquirida, seguida de Hepatite C. O uso de substâncias pode estar relacionado também ao aparecimento de transtornos psiquiátricos menores. Conclusão: a partir disto deve-se pensar em políticas públicas para esta população, atentando-se às questões de saúde e necessidades, visando um cuidado integral. Descritores: Cocaína crack; Doenças crônicas; Doenças transmissíveis; Transtornos mentais. ABSTRACT: Aim: to analyze the association between the abusive use of psychoactive substances and infectious and/ or contagious diseases, chronic non-communicable diseases and minor psychiatric disorders. Methodology:it is a Cross sectional study, with a sample of 505 users, of whom 136 were crack users. Chi-square tests were used to verify proportional differences and, as a measure of association, the prevalence ratio was used. Results: the majority of the interviewees reported being in good health, also reporting that they did not have diseases. The results also showed that there was an association between the use of crack and sexually transmitted infections, the most prevalent being acquired immunodeficiency syndrome followed by hepatitis C. Substance use may also be related to the onset of minor psychiatric disorders.
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