O processo de luto decorrente de uma perda gestacional tem sido descrito na literatura como uma vivência específica e pouco reconhecida socialmente. Neste estudo buscou-se compreender as repercussões e as particularidades do processo de luto decorrente de uma perda gestacional por meio do estudo de casos múltiplos (Yin, 2005), de caráter qualitativo e transversal, com quatro mães (18 a 29 anos) que vivenciaram ao menos uma perda gestacional nos últimos cinco anos. Foram aplicados os instrumentos: Questionário de Dados Sociodemográficos e Clínicos, Questionário sobre Vivências de Perdas, Prolonged Grief Disorder, Brief Symptom Inventory, além de uma entrevista sobre a vivência de luto materno e a experiência da maternidade atual. A análise dos casos, baseada na perspectiva psicanalítica, permitiu identificar que os procedimentos físicos diante da perda gestacional possibilitaram uma via de inscrição e elaboração psíquica da vivência, contudo esse processo de luto foi permeado por elementos de ordem narcísica e traumática. Sugerem-se investigações na área com mulheres que não tiveram filhos após a perda gestacional.
A partir das proposições de Winnicott, o presente estudo teve como objetivo compreender o lugar do pai em dois diferentes momentos do desenvolvimento infantil: no primeiro ano de vida do bebê, no contexto de depressão pós-parto materna, e, posteriormente, no sexto ano de vida da criança. Participaram deste estudo duas famílias que, no momento inicial, realizaram uma psicoterapia breve pais-bebê e, no segundo momento, participaram de um processo de follow up. Os resultados obtidos indicaram que, no primeiro ano de vida dos bebês, os pais constituíram um bom relacionamento com seus bebês e puderam compreender a necessidade de intensa dedicação da mãe ao bebê, porém não forneceram todo o suporte necessário às esposas naquele momento e contexto. As sutis dificuldades observadas no primeiro ano de vida dos bebês, relativas ao papel que se esperaria desses pais, mostraram-se ainda evidentes no sexto ano de vida das crianças.
Resumo Introdução Gestação, nascimento e primeira infância são momentos da vida familiar que envolvem expressivas transformações e desafios para a assistência à saúde. Objetivo O presente artigo propõe uma análise crítica das principais políticas públicas de saúde brasileiras relacionadas à saúde mental neste período desenvolvimental das famílias. Método Trata-se de um estudo documental, exploratório e analítico, no qual 13 documentos do Ministério da Saúde foram analisados quanto a duas categorias temáticas definidas a priori: 1) concepções de saúde mental e 2) atores e práticas envolvidos no cuidado em saúde mental. Resultados Os termos saúde mental e humanização foram citados de forma ampla, sem clareza de suas definições e aplicações. A equipe multidisciplinar foi destacada, no entanto não foram encontradas especificações a respeito dos profissionais que deveriam compô-la e nem da capacitação para atuação nessa área. Conclusão Propõe-se a diferenciação do conceito de humanização e do cuidado em saúde mental relacionados à gestação, ao nascimento e à primeira infância, destacando-se o papel do psicólogo e a importância da aproximação entre pesquisa e políticas públicas de saúde.
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