Este artigo de revisão bibliográfica tem como objetivo refletir sobre o papel do professor na Atividade de Estudo. Para isso abordamos inicialmente as contribuições da Teoria histórico-cultural para a formulação de práticas pedagógicas, em seguida apresentamos o conceito e a estrutura da Atividade de Estudo e, por fim, as funções do professor que se propõe a inovar o fazer educativo e incorpora em sua prática pedagógica a Atividade de Estudo. Como resultados temos que, se firmamos nossa prática na concepção da Teoria histórico-cultural cuja defesa está em torno de um homem social formado por meio das relações estabelecidas, o papel do professor como sujeito mais experiente é indispensável. A ele cabe ser o organizador dos processos educacionais que têm como principal objetivo a formação omnilateral humana, e isso passa pela formação do pensamento abstrato.
Este artigo tem por objetivo propor reflexão sobre a leitura e contação de histórias como direitos fundamentais da infância à luz da Teoria Histórico-cultural, a partir do relato de experiência de um projeto de extensão realizado em instituição de atendimento a crianças em situação de acolhimento devido ao abandono ou maus tratos. Para isso, como metodologia, utilizou-se da revisão bibliográfica e da análise das experiências vivenciadas em campo. Como resultados defendemos a tese de que a leitura e a contação de história são direitos fundamentais da infância porque são meios genuínos de construção de conhecimentos e desenvolvimento da criança. Desta forma cabe a família, escola e sociedade encontrar formas para que toda criança tenha o direito de ter acesso à leitura e contação de história desde a mais tenra infância.
O presente artigo tem o objetivo de desvelar a concepção de leitura presente no Guia do Programa Conta pra mim do Governo Federal, endereçado aos pais. Para isso, selecionamos os termos Literacia, Leitura em voz alta, Perguntar para alguém e Hábito de leitura, todos usados nos enunciados do documento, para analisar à luz dos teóricos Arena, Bajard, Foucambert, Jolibert e colaboradores, Girotto e Souza. Os resultados apontam que a concepção de leitura adotada pelos organizadores do Guia do Programa é tradicional, pois confundem o ato de ler com o de oralizar, reforçam a importância de as crianças responderem questionamentos elaborados pelos pais e não por elas próprias, além de compreenderem a leitura como hábito e não como necessidade criada a partir das experiências e vivências das crianças. Além disso, apesar de considerarmos importante um programa que incentive a interação dos pais com os filhos por meio da transmissão vocal do texto, concluímos, assim como é solicitado no conjunto de todo o documento, que os pais “leiam em voz alta” para os filhos, o quanto não há leitura, pois a verdadeira leitura é silenciosa, processo subjetivo de construção de sentidos.
A arquitetônica, entendida neste artigo como a forma como o discurso se constrói e se estrutura, de modo que material, forma e conteúdo se integrem (GEGE, 2009), é fundamental na análise do livro escrito por Leo Cunha e ilustrado por André Neves Um dia, um rio. Por isso acredita-se que seja relevante para os leitores dessa obra ilustrada conhecer a sua arquitetônica para que possam a ela atribuir sentidos durante o ato cultural de ler. A concepção adotada de arquitetônica é aquela que compreende a obra como objeto cultural artístico (GEGE, 2009), e por esse motivo propõe-se a leitura do texto artístico como um todo integrado em que os seus elementos constitutivos são essenciais para a produção de sentidos. A análise elaborada permite afirmar que Um dia, um rio, constituído por linguagem híbrida e inovadora, pode ser classificado como obra vanguardista, já que rompe com os modelos tradicionais e revela as contradições e conflitos da sociedade atual. Este artigo está ancorado nos pressupostos teóricos de Bakhtin (2002, 2011) e seus estudiosos, Cadermatori (2010), Zilberman (2003), Lindem (2018), Arena (2010), entre outros.
ESTE ARTIGO DISCUTE A DISTÂNCIA OPERACIONAL ENTRE OS SLOGANS PEDAGÓGICOS ESTABELECIDOS PELO DISCURSO ACADÊMICO E O QUE É REALIZADO NAS ESCOLAS, ESPECIFICAMENTE EM TEMPOS DE PANDEMIA, E O DISTANCIAMENTO SOCIAL E A DEPENDÊNCIA TANTO POR PARTE DE PROFESSORES COMO ALUNOS DA INTERNET. PARA DELINEAR TAIS SLOGANS FORAM UTILIZADOS OS DISCURSOS DOS TEÓRICOS LUCK (2011), OLIVEIRA (2007) TARDIF 2014), SCHELB (2017), KAHNEMAN E TVERSKY E DOS DOCUMENTOS OFICIAIS CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA 1998 ART. 205, LDB E BNCC EM CONTRA PARTIDA RECORRE-SE À OBSERVAÇÃO EMPÍRICA DESTA AUTORA SUBSIDIADA POR OUTROS DEPOIMENTOS, ORIENTAÇÕES E DOCUMENTOS EXTRAOFICIAIS QUE PELA SUA NATUREZA PRECISAM SER MANTIDOS EM SIGILO. PARA CONCLUIR QUE, A PANDEMIA SÓ AGRAVOU A CULTURA DO SLOGAN E QUE SE A ESCOLA NÃO ESTABELECER UMA PROFUNDA REFLEXÃO ACERCA DE SUA METODOLOGIA DE TRABALHO, E PRINCIPALMENTE, DE SUAS ARTICULAÇÕES COM O SEU PÚBLICO ALVO: O ESTUDANTE, IRÁ ABRIR MÃO DE UMA DE SUAS RAZÕES DE SER: FAZER PENSAR.
Os direitos humanos fundamentais são garantidos por lei para os homens e mulheres da sociedade contemporânea democrática. Dentre os direitos humanos fundamentais, nos detemos no direito à educação e, consequentemente, as suas contribuições à humanização dos sujeitos, por meio do desenvolvimento de capacidades superiores, dentre elas destacamos a capacidade de ler textos literários e discutimos fundamentado pela teoria histórico-cultural e autores da literatura. Neste contexto, apresentamos o poeta contemporâneo brasileiro Thiago de Mello e suas obras com destaque para “Os Estatutos do Homem”. O critério de escolha advém da própria notoriedade estético-literário da peça que se materializa em um texto de originalidade no grande tema presente em seu enredo, garantindo qualidade literária à escolha. Após reflexões sobre os enunciados de Thiago de Mello apoiado em conceitos bakhtinianos, sugerimos uma proposta prática de leitura com crianças dos anos finais do Ensino Fundamental. Trata-se de atividades com as estratégias de leitura (Souza e Girotto, 2011) a partir do poema sobre direitos humanos, “Os Estatutos do homem”, escrito pelo poeta contemporâneo amazonense.
Recebido em: 22/05/2019.Aprovado em: 04/11/2020.
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