O avanço da pastagem e agricultura sobre a Mata Atlântica, turismo, loteamentos, e o manejo inadequado, cada vez mais colaboram para a degradação dos solos na APA de Macaé de Cima, em Nova Friburgo – RJ. O estudo visa à compreensão de parâmetros erosivos em diferentes usos do solo, tais como floresta-pastagem-cultivo, nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm, sendo avaliados a distribuição granulométrica, densidade aparente, densidade das partículas, microporosidade, macroporosidade e porosidade total, carbono orgânico e pH. Os resultados ratificam diversas pesquisas desenvolvidas na relação do uso do solo com a erosão e demostram ser as áreas de pastagem e cultivo as mais degradadas, sendo necessário o fortalecimento do plano de manejo da APA. Assim, destaca-se a importância da floresta na estruturação dos solos frente ao desenvolvimento de processos erosivos, em que as atividades antrópicas na região potencializam a fragilidade inerente ao sistema avaliado, ocasionando a mudança da paisagem.
EIXO: SOLOS E PAISAGENS Resumo:As práticas agrícolas, muitas vezes realizada de forma inadequada, tem acelerado os processos de erosão principalmente em áreas de relevo montanhoso, trazendo graves consequências ambientais e reduzindo a produtividade agrícola e a perda de grandes áreas agriculturáveis. Este trabalho objetiva contribuir para um melhor entendimento da erosão em áreas agrícolas em regiões tropicais úmidas, sob diferentes tipos de manejo e uso, através do monitoramento da perda de solo em quatro parcelas de erosão do tipo Wischmeier: (i) parcela sem presença de cobertura vegetal (SC); (ii) sistema de plantio convencional (PC); (iii) sistema com plantio em nível (PN); (iv) sistema de cultivo mínimo/plantio direto (PD). A parcela SC foi a que apresentou os maiores índices de erosão, com uma média de 20,76 ton/ha para uma chuva média de 20,9mm. A segunda maior perda média foi verificada na parcela PC, com 0,00642 ton/ha para uma chuva média de 18,2mm, seguido da parcela PN com 0,00543 ton/ha para uma chuva média de 18,5mm e, por último, a parcela PD com uma perda de 0,00139 ton/ha para uma chuva média de 18,2mm. Estes índices são de suma importância, pois demonstram os riscos de se manter o solo desprotegido de cobertura vegetal em áreas agrícolas de acentuado declive e chuvas intensas da estação chuvosa. Um outro fato que chama a atenção é que dentre as parcelas que receberam algum tipo de conservação, o praticado na região de Paty do Alferes/RJ, a parcela PC (trator morro abaixo e plantio em nível), é o que apresenta os maiores índices de erosão, e os efeitos de assoreamento dos cursos d'água e abandono das terras por perda de produtividade já se fazem sentir. A eficiência das técnicas de conservação do solo para a área ficaram em torno de 99% em relação à parcela sem plantio.Palavras chave: Erosão do solo, parcelas de erosão, Plantio mínimo, Paty do Alferes IntroduçãoA degradação do solo por meio de processos de erosão é um grave problema nas terras agrícolas pois pode ter consequências espaciais mais amplas do que a própria encosta na qual a erosão ocorre, como a perda de solos férteis e o assoreamento de cursos de água (DUNNE e LEOPOLD, 1978). Assim sendo, a erosão do solo é um fator que pode afetar toda a sociedade, tornando-se um problema cuja magnitude é difícil de se compreender (D'AGOSTINI, 1999).
A degradação das propriedades físicas e químicas dos solos de acordo com o uso e o manejo das terras tem sido alvo de muita preocupação para agricultores e gestores devido à questão dos processos erosivos. Nessa perspectiva, o presente estudo teve por objetivo subsidiar e aprofundar o entendimento sobre relações entre a estruturação dos solos a nível microscópico e parâmetros macroscópicos de agregação a partir de análises físicas, microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia por energia dispersiva. Para tal, foram selecionados dois perfis de solos sob dois diferentes tipos de usos: fragmento florestal e pousio. Em campo, além da coleta de amostras, foram realizadas as descrições dos perfis de solos e as análises morfológicas, e posteriormente, em laboratório, foram realizadas análises granulométricas, de estabilidade dos agregados em água (DMG, DMP e IEA), determinação do teor carbono orgânico, análise estrutural no Microscópio Eletrônico de Varredura – MEV, além da identificação dos elementos químicos presentes através da Espectrometria por Energia Dispersiva – EDS. As imagens obtidas no MEV demonstraram ser o uso florestal mais correlacionado à boa microagregação dos horizontes superficiais dos solos avaliados, enquanto que o solo sob pousio apresentou uma microestrutura cimentada sugerindo forte antropização do horizonte, possivelmente por pé de arado. Os resultados deste trabalho evidenciaram o auxílio fornecido pela ferramenta MEV na compreensão dos processos de agregação, sobretudo em relação a microagregação, possibilitando uma discussão mais ampla acerca do efeito de diferentes práticas de manejo e conservação dos solos em seus estados de agregação.
O estudo em questão visa o entendimento dos processos erosivos em uma encosta a partir das propriedades físicas do horizonte superficial do Latossolo juntamente com o uso e a forma de manejo sobrejacente. Para tal, foi avaliado a distribuição granulométrica, porosidade total, densidade real e aparente, assim como, a estrutura do microagregado no MEV e a identificação dos elementos químicos através do EDS. As propriedades físicas apresentam valores intermediários, resultando em uma baixa erodibilidade do solo, sendo o MEV destacando qualitativamente uma estrutura fortemente compactada e o EDS destacando a presença de óxidos de Fe e Alcom destaque para a formação de argilominerais do tipo caulinita. Tais resultados expressam o entendimento da erosão laminar na encosta estudada, somado a dinâmica espaço temporal da ação do uso e do manejo do solo numa das regiões mais florestadas do Estado do Rio de Janeiro, sob o domínio da Mata Atlântica. Palavras chave: Uso e manejo do solo; Agregação; propriedades físicas. Erosão.
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