O avanço da pastagem e agricultura sobre a Mata Atlântica, turismo, loteamentos, e o manejo inadequado, cada vez mais colaboram para a degradação dos solos na APA de Macaé de Cima, em Nova Friburgo – RJ. O estudo visa à compreensão de parâmetros erosivos em diferentes usos do solo, tais como floresta-pastagem-cultivo, nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm, sendo avaliados a distribuição granulométrica, densidade aparente, densidade das partículas, microporosidade, macroporosidade e porosidade total, carbono orgânico e pH. Os resultados ratificam diversas pesquisas desenvolvidas na relação do uso do solo com a erosão e demostram ser as áreas de pastagem e cultivo as mais degradadas, sendo necessário o fortalecimento do plano de manejo da APA. Assim, destaca-se a importância da floresta na estruturação dos solos frente ao desenvolvimento de processos erosivos, em que as atividades antrópicas na região potencializam a fragilidade inerente ao sistema avaliado, ocasionando a mudança da paisagem.
Desde a sua fundação, o crescimento da cidade do Rio de Janeiro foi determinado pelas inúmeras e intensas intervenções antrópicas no ambiente natural. Nesse processo, foram identificados vários aterros de lagoas e de porções litorâneas, mudanças na rede de drenagem e o desmatamento de encostas e sua ocupação. Considerando essas intervenções, associadas ao relevo – planícies em contato direto com maciços costeiros - e ao clima em que a cidade está inserida – com chuvas intensas e/ou de elevada altura, o Rio de Janeiro tem a ocorrência de enchentes urbanas com grande frequência, principalmente nos meses de verão. A área de estudo são os bairros da Grande Tijuca, na zona norte da cidade, que sofre constantemente com as inundações e os problemas sociais, econômicos e ambientais daí decorrentes. Nessa área, foram desenvolvidas propostas de mapeamento das enchentes urbanas em diferentes momentos das últimas duas décadas, utilizando métodos e técnicas distintas, mas que, analisadas sob um olhar teórico-metodológico, contribuem para o avanço da compreensão e espacialização do fenômeno, e, principalmente, caminham na direção de uma cartografia das enchentes urbanas.
A degradação das propriedades físicas e químicas dos solos de acordo com o uso e o manejo das terras tem sido alvo de muita preocupação para agricultores e gestores devido à questão dos processos erosivos. Nessa perspectiva, o presente estudo teve por objetivo subsidiar e aprofundar o entendimento sobre relações entre a estruturação dos solos a nível microscópico e parâmetros macroscópicos de agregação a partir de análises físicas, microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia por energia dispersiva. Para tal, foram selecionados dois perfis de solos sob dois diferentes tipos de usos: fragmento florestal e pousio. Em campo, além da coleta de amostras, foram realizadas as descrições dos perfis de solos e as análises morfológicas, e posteriormente, em laboratório, foram realizadas análises granulométricas, de estabilidade dos agregados em água (DMG, DMP e IEA), determinação do teor carbono orgânico, análise estrutural no Microscópio Eletrônico de Varredura – MEV, além da identificação dos elementos químicos presentes através da Espectrometria por Energia Dispersiva – EDS. As imagens obtidas no MEV demonstraram ser o uso florestal mais correlacionado à boa microagregação dos horizontes superficiais dos solos avaliados, enquanto que o solo sob pousio apresentou uma microestrutura cimentada sugerindo forte antropização do horizonte, possivelmente por pé de arado. Os resultados deste trabalho evidenciaram o auxílio fornecido pela ferramenta MEV na compreensão dos processos de agregação, sobretudo em relação a microagregação, possibilitando uma discussão mais ampla acerca do efeito de diferentes práticas de manejo e conservação dos solos em seus estados de agregação.
O desenvolvimento urbano desordenado gera uma apropriação indevida do espaço físico, tornando muitas vezes as condições ambientais das cidades em um elemento segregador. Multiplicam-se os conflitos sociais que buscam melhores condições de vida, expressas nas disputas principalmente por parcelas mais vulneráveis da população. Os bairros da cidade do Rio de Janeiro merecem destaque pela problemática ambiental gerada a partir do processo de urbanização com transformações indevidas do ambiente construído sobre o meio físico natural, sujeitando os moradores a condições ambientais desfavoráveis.Este trabalho estabelece por meio da construção coletiva – escola e comunidade - o objeto de observação urbana, formas de comunicação e armazenamento de dados para a construção do diagnóstico do meio ambiente urbano. Objetiva-se estimular a participação popular por intermédio da divulgação de problemas e soluções dos bairros do entorno do Colégio Pedro II Humaitá, dentro da perspectiva de desenvolvimento local integrado. Ao mesmo tempo busca implementar a escala de análise do bairro nos estudos de Geografia. Ao integrar a comunidade escolar, os alunos poderão aplicar seus conhecimentos sobre os elementos físicos e sociais da paisagem, as relações socioambientais urbanas, entre outros.Foram realizadas diversas atividades com os alunos, dentro e fora do ambiente escolar: trabalhos de campo, trabalho estatístico de dados censitários (IBGE), produção de material audiovisual, entrevistas e construção de mapas. Isso de forma a incentivar a organização de uma rede onde atores sociais diversos, entre eles, os alunos do bairro, façam circular informações sobre estratégias, experiências e conceitos na gestão integrada do ambiente urbano.
Para Buarque (2004), a consciência sobre os "limites" da natureza planetária impõe a adoção de novas políticas e posturas que alterem o atual modelo de desenvolvimento, para garantir a continuidade do desenvolvimento econômico a médio e longo prazos. Neste cenário, a educação ambiental, efetivada na formalidade das escolas, ou na informalidade, tornou-se um instrumento essencial que visa sensibilizar a população para as mudanças comportamentais. O papel do ensino da Geografia é central neste processo e o uso de geotecnologias, no âmbito do ensino baseado na investigação dos problemas ambientais, pode representar um avanço significativo para atingir esses objetivos. Localizado no interior do bioma Caatinga, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Campus Ipanguaçu, onde foi realizada esta investigação, possibilita o contacto direto dos seus alunos com a natureza e os problemas ambientais do bioma caatinga, para que os mesmos possam refletir, criticamente, sobre as consequências dos desequilíbrios vivenciados por esse bioma e os fatores ambientais e sociais que os provocam, e desenvolver a sua habilidade para realizarem ações reflexivas, individual ou coletivamente, provocando, assim, mudanças positivas nos seus estilos de vida e/ou condições de vida que levem à sustentabilidade ambiental (competência para a ação) (VILAÇA, 2012).
RESUMO:O avanço da tecnologia tem aumentado o interesse do discente para a compreensão do espaço geográfico, pois softwares como o Google Earth e QGIS facilitam essa aproximação, tornando o ensino de geografia física menos abstrato, mais lúdico e atraente. Logo, tem-se como proposta a criação e a aplicação de mapas com perspectiva 3D nas aulas de geomorfologia, pois estes se mostram como facilitadores de delimitação/interpretação de bacias hidrográficas e seus componentes em estudos que envolvem impactos ambientais, e possibilitam a interdisciplinaridade, que comunga para uma melhor interpretação do espaço geográfico. A metodologia usada para este trabalho contou com a utilização de softwares como o ERDAS, Global Mapper e ArcGis. Ressalta-se que o método se baseia em princípios aerofotogramétricos largamente abordados na literatura, sendo fundamental sua compreensão para a utilização do produto final em sala de aula, onde o mesmo mostrou-se eficiente e facilitador dos conceitos geomorfológicos e de suas aplicações no ensino básico. Palavras-Chave: Anaglifos, ensino de geomorfologia, geografia física Geomorfologia e o Uso de Anaglifos no EnsinoCompreender a relação homem-natureza é uma abordagem cada vez mais necessária, pois no mundo globalizado em que vivemos tanto os educandos como os educadores têm presenciado novos desafios nas diferentes áreas de conhecimento, assim como nos diferentes níveis de educação. Ressalta-se que neste viés a geografia tem um papel relevante, pois fomenta a formação para a necessidade de compreensão e intervenção na realidade.A geomorfologia é uma das primordiais áreas de conhecimento da geografia, pois estuda e compreende o relevo no stricto sensu, mas também para a reprodução da sociedade e de suas atividades, desde exploração de recursos naturais, as ocupações urbanas, até os processos erosivos, enchentes, movimentos de massa, entre outros (Castro & Silva, 2014). Isto é, o conjunto de conhecimento da geomorfologia se torna um instrumento da geografia, permitindo a compreensão de como o relevo está associado às mais
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.