RESUMO Este artigo pretende discutir sobre o gênero de discurso forro de bandeja de fast-food, buscando analisar como ele integra as práticas sociais, ao mesmo tempo em que é gerado e configurado por elas. Sua natureza é a pesquisa aplicada, cujo objetivo é a aplicação prática da ciência. Essa reflexão considerou o conceito swasiano de gêneros de discurso e o conceito bhatiano de colônia de gêneros. A colônia de gêneros é um agrupamento de gêneros que estabelecem entre si um conjunto de relações complexas dentro e através de diferentes domínios discursivos de acordo com o escopo comunicativo a que se propõem. Analisado sob o viés do discurso promocional, o gênero forro de bandeja de fast-food mescla em si outros gêneros que mantêm interface com este e com outros domínios discursivos dos quais se originam. Os resultados parecem confirmar a hipótese de que cada gênero mesclado no forro de bandeja de fast-food contribui para o alcance dos propósitos comunicativos de natureza promocional.
Este estudo partiu de uma observação durante as apresentações de trabalhos sobre o uso das analogias no cotidiano nas aulas da disciplina “Reconstruindo modelos por analogia” do Mestrado em Educação Tecnológica do CEFET-MG, o que provocou uma inquietação acerca da eficácia da construção e dos usos das analogias como recursos e modelos de ensino. A partir desse questionamento, neste trabalho de caráter qualitativo, busca-se refletir sobre o papel das analogias na interação sociocomunicativa, compreendendo que se elas são textos devam ser construídas conforme critérios de textualidade, para cumprirem seu papel comunicativo e significativo no processo de ensino e de aprendizagem. Nesse estudo, são apresentados conceitos de analogia e texto, bem como os critérios de textualidade. Ao abordar as premissas da comunicação, baseia-se nas técnicas descritas por Blikstein (2002). Os conceitos de analogia são baseados em Ferry e Nagem (2008) e Fonseca e Nagem (2010). Sobre texto e critérios de textualidade, são citados os estudos de Koch e Elias (2010), Koch (2011), Koch e Travaglia (2011), Paiva (2016) e Ribeiro (2016). Ao final, busca-se refletir se a analogia, por cumprir os critérios de textualidade e, assim, ser considerada um texto, é suficiente para que ela seja compreendida pelo interlocutor, cumprindo sua função comunicativa.
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