Fasciíte necrosante é infecção bacteriana destrutiva e rapidamente progressiva do tecido subcutâneo e fáscia superficial, associada a altos índices de morbimortalidade, se não tiver tratamento precoce. Recentemente, inúmeros casos publicados têm demonstrado aumento na freqüência e gravidade dessa infecção, particularmente causada pelo Streptococcus do grupo A (GAS) e que acomete até mesmo pessoas jovens e saudáveis. Classifica-se em tipo I, quando causada por flora mista de anaeróbios e outras bactérias, e tipo II, quando causada pelo GAS isolado ou associado ao Staphylococcus aureus. Os fatores predisponentes incluem: doenças crônicas e malignas, abuso de álcool, uso de drogas endovenosas, lesões da pele como varicela, úlceras crônicas, psoríase, cirurgia, traumas abertos e fechados, entre outros. Clinicamente destacam-se: a dor intensa, o edema grave, a rápida progressão e a resposta pobre à antibioticoterapia. É necessário um alto índice de suspeição para o diagnóstico clínico, que é confirmado à intervenção cirúrgica, com a evidência de necrose da fáscia superficial. Os exames radiológicos são úteis, e o diagnóstico diferencial deve ser feito principalmente com celulite em seu estágio inicial. O tratamento, que deve ser precoce, é feito com antibióticos de amplo espectro, debridamento cirúrgico agressivo e medidas de suporte clínico e nutricional.
FUNDAMENTOS: A incidência do melanoma cutâneo tem aumentado cerca de 4 a 6% anualmente. Esse tumor ocorre preferencialmente no sexo feminino, entre 30 e 79 anos de idade e predominantemente em indivíduos de cor branca. A forma anatomopatológica mais freqüente é a extensivo-superficial, e sua localização varia com o sexo. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar as características clínicas, epidemiológicas e histológicas do melanoma cutâneo primário, no Hospital Universitário de Brasília, em um período de cinco anos. MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizado estudo de revisão dos prontuários dos casos de melanoma cutâneo primário, do Hospital Universitário de Brasília, diagnosticados e tratados entre janeiro de 1994 e abril de 1999, totalizando 32 casos. Os pacientes foram analisados, caracterizando-se a distribuição do tumor por sexo, idade, cor da pele, topografia, sintomatologia, tipo de crescimento, nível de Clark, índice de Breslow e presença de metástases. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística simples e pelo teste do qui-quadrado (chi2). RESULTADOS: Neste estudo há predomínio das lesões localizadas nos membros, correspondendo a 16 pacientes (50%). Em nove pacientes (45%) a forma primária era do tipo nodular, e 17 pacientes (58,6%) não apresentavam queixas. Pela correlação entre a presença ou não de metástases e o nível de Clark observou-se que os pacientes com nível de invasão até o subcutâneo (Clark V) apresentaram risco relativo de 2,94 (1,24<ic<6,99). CONCLUSÃO: O perfil clínico, epidemiológico e histológico do paciente portador de melanoma cutâneo primário do Hospital Universitário de Brasília entre janeiro de 1994 e abril de 1999 corresponde ao indivíduo do sexo feminino, idoso (de 61 a 80 anos), cor da pele branca, cuja lesão predomina nos membros, sendo mais freqüente o tipo de crescimento nodular e que não apresenta sintomas à época do diagnóstico.
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