Este trabalho faz parte da pesquisa de iniciação científica desenvolvida no Grupo de Pesquisas em Geotecnologias e Cartografia Aplicadas à Geografia-Geocart/Unesp-Ourinhos, com apoio financeiro da Fapesp, cujo objetivo é avaliar as áreas de riscos hidrológicos, por enchentes, alagamentos, enxurradas, e inundações no município de Ourinhos (SP). Para isso, o trabalho obtém uma cartografia de síntese que espacializa as áreas de riscos hidrológicos urbanos com a perspectiva de contribuir com algumas medidas mitigadoras que contribuam para políticas públicas municipais para a sustentabilidade, e qualidade ambiental, além de efetivar discussões para um ordenamento territorial de pequenas cidades que necessitam de conservação, proteção, controle e monitoramento enquanto patrimônio ambiental urbano.
As intervenções antrópicas na paisagem natural tornaram-se recorrentes a partir da expansão dos núcleos e aumento populacional, fazendo com que a relação estabelecida entre o ser humano e a natureza se distanciasse do modelo naturalista e assumisse uma premissa intervencionista. Dentre as diversas interferências no meio natural, este trabalho estabelece um recorte espacial sobre as modificações na paisagem fluvial urbana, em particular, nas ocasionadas pelas retificações, canalizações e tamponamentos dos rios urbanos. A desnaturalização e descaracterização desse sistema faz com que a existência dos corpos hídricos seja ignorada, adquirindo notoriedade apenas quando processos de ordem natural, intensificados pelo ser humano, acarretam prejuízos ou desastres à população que, habitualmente, ocupa as áreas de várzea. Desse modo, reconhecer as referidas modificações e resgatar a relação de pertencimento com esse ambiente que, inicialmente, deu suporte à formação da maioria dos núcleos urbanos, torna-se essencial ao planejamento da paisagem local e ordenamento urbano. A partir desse entendimento, este estudo teve como objetivo efetuar um levantamento das modificações na paisagem fluvial da cidade de São João del-Rei — Minas Gerais. Para isso, foi empregado o método descritivo investigativo para a elaboração de um estudo de caso. Os resultados obtidos indicam que a paisagem fluvial da cidade em questão foi significativamente alterada, sobretudo por retificações, canalizações e tamponamento dos rios urbanos, os quais são apresentados em um contexto histórico e relacionados aos processos e a dinâmica das águas urbanas.
As discussões, neste artigo, tomam como referência as informações, acrescidas de novas análises, da Dissertação de Mestrado de MORAES (2018), intitulada O estudo geoecológico como proposta para a criação de parques lineares em microbacias urbanas: um diagnóstico nas paisagens dos córregos Águas da Veada e Furnas do Município de Ourinhos/SP, defendida em 2018, pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNESP/Rio Claro.
Este trabalho objetiva discutir o processo histórico de ocupação da microbacia do córrego Águas da Veada localizado no município de Ourinhos/SP e o produto final será um mapeamento representando os momentos de urbanização, respeitando um intervalo de classes de 10 anos. Com isso espera-se chegar a um panorama de como se deu a expansão urbana na microbacia e quais as consequências socioambientais e econômicas causadas pelos tipos de uso ali presentes. Este resultado será mediado por técnicas de geoprocessamento e o software empregado será o ArcGis 10.Palavras chave: Ourinhos; urbanização; microbacia; geoprocessamento. Formação histórica do espaço urbano de Ourinhos/SPConhecer o processo de formação é imprescindível para a compreensão do atual espaço geográfico urbano. A análise dos acontecimentos e agentes sociais envolvidos no processo de expansão da urbe traz a possibilidade de compreender mais profundamente os motivos pelos quais a paisagem urbana se apresenta como é na contemporaneidade. A partir dessa perspectiva as intervenções urbanas podem ser mais eficientes socioambiental e economicamente. O objetivo aqui proposto é elaborar um breve histórico da ocupação da microbacia do córrego Águas da Veada situado no município de Ourinhos/SP (figura 1), e o resultado final esperado é um mapeamento representando a evolução da mancha urbana nesta área, seguindo as orientações metodológicas alinhadas à proposta de Martinelli (2005).
Este artigo apresenta uma proposta metodológica para a Cartografia de Síntese, considerando as dimensões (x, y, z, t), as estruturas verticais (escalas taxonômicas) e as estruturas horizontais (componentes e atributos geográficos) para a representação espacial da dinâmica da paisagem urbana, assim como a espacialização das áreas com suscetibilidades às inundações a partir de dois cenários gráficos (anos de 1989 e 2020), como apoio às políticas públicas municipais. O estudo adota como recorte espacial o Setor Censitário Colônia do Marçal, localizado no município de São João del-Rei, estado de Minas Gerais, Brasil. E, a fundamentação teórico-metodológica teve como base a Análise Multicritério de Decisão, associada à Análise Hierárquica de Processo (AHP) no ambiente SIG, com a perspectiva de aplicar modelagens em áreas suscetíveis às inundações e enchentes. Os procedimentos consistiram em elaboração de mapas temáticos; álgebra de mapas e elaboração do cenário gráfico da Cartografia de Síntese, considerando as estruturas verticais e horizontais do ambiente na paisagem urbana. Os dois modelos espaciais temporais apresentam áreas de muito alta suscetibilidade em alguns locais em comum, já que - apesar da expansão da área urbana - a planície de dois rios de grande porte não alterou os cenários, mesmo com a ampliação da quantidade de construções urbanas. Constata-se que em torno de outros canais fluviais de menor dimensão, as classes alta e muito alta suscetibilidades às inundações são evidenciadas em razão da dinâmica natural de inundação. O cenário gráfico da síntese apresenta a influência da dinâmica dos fluxos de energia, matéria e informação (EMI) da área no estado ambiental da paisagem, observados pelas estruturas verticais e estruturas horizontais.
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