Mapeamento das áreas de riscos hidrológicos e as políticas públicas de sustentabilidade: o caso de Ourinhos/SP.

Abstract

Este trabalho faz parte da pesquisa de iniciação científica desenvolvida no Grupo de Pesquisas em Geotecnologias e Cartografia Aplicadas à Geografia-Geocart/Unesp-Ourinhos, com apoio financeiro da Fapesp, cujo objetivo é avaliar as áreas de riscos hidrológicos, por enchentes, alagamentos, enxurradas, e inundações no município de Ourinhos (SP). Para isso, o trabalho obtém uma cartografia de síntese que espacializa as áreas de riscos hidrológicos urbanos com a perspectiva de contribuir com algumas medidas mitigadoras que contribuam para políticas públicas municipais para a sustentabilidade, e qualidade ambiental, além de efetivar discussões para um ordenamento territorial de pequenas cidades que necessitam de conservação, proteção, controle e monitoramento enquanto patrimônio ambiental urbano.

Distribution of genetic diversity of neotropical Biomphalaria (Preston 1910) (Basommatophora: Planorbidae) intermediate hosts for schistosomiasis in Southeast Brazil

“…It is unknown why the species has not spread to adjacent sites even though the inner group was sampled from a high-risk area for flooding, overflow, and inundation (55). In consequence, if floods and inundations occur regularly such factors should not be seen as significant drivers for spreading the species.…”

Identificação das injustiças sociais e ambientais através dos avanços de modelagem cartográfica ambiental da Escola Brasileira e Luso Brasileira

“…apontaram para a importância da compreensão geográfica nos estudos do risco de um lugar, entendendo que as relações entre sociedade e natureza são indissociáveis, e assim, o envolvimento desses dois componentes são importantes para a compreensão sistêmica da questão. Ao passo que, outras perspectivas da vulnerabilidade acabam por ignorar o fator social e se debruçar somente sobre políticas e/ou infraestruturas, cujo domínios são mais explorados pelas áreas de gestão e engenharias, onde muitas vezes levam em conta somente apenas o fator social e, desconsideram como a distribuição espacial da sociedade, por exemplo, igualmente pode interferir nos estudos do risco (Guerra, 2020;Guerra et al, 2021). Tanto que, para Rizato et al (2022), este momento é considerado a primeira geração da aplicação da AFE nos estudos da vulnerabilidade, que é seguido pelas adaptações portuguesas (segunda geração), luso brasileiras (terceira geração) e as brasileiras (quarta geração), que são descritas a seguir.…”

“…Sendo assim, é uma metodologia que pode ser utilizada em qualquer município em que ocorra coleta de dados de censo demográfico, como a do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), permitindo análise temporal, que colabora para estudos relacionados às políticas públicas implementadas no período, quando o interesse for as injustiças sociais e ambientais, assim como, a identificação das áreas vulneráveis e consequentemente, que sofrem injustiças. Guerra (2020), também pela escola luso brasileira, propõe um estudo sobre a espacialidade da vulnerabilidade socioambiental aos riscos hidrológicos, com ênfase nas inundações, na Região Administrativa do Lavapés, em Bragança Paulista (São Paulo, Brasil). Para a vulnerabilidade social, foram utilizadas 58 variáveis englobando características dos indivíduos (como renda, etnia, responsáveis pela renda, idade e outros) e das infraestruturas (quantidade de banheiros, presença de energia elétrica e abastecimento de água e outros) na realização da AFE, que permitiram obter os valores finais de vulnerabilidade social por setor censitário e representá-los em um mapa (Figura 4).…”

“…Para elaboração da vulnerabilidade socioambiental (figura 5), Guerra (2020) traz a Análise Multicritério (AM) utilizando a AHP, integrando a vulnerabilidade social com a declividade, suscetibilidade a inundação e uso do solo, que segundo a autora, se refere aos indicadores ambientais. O mapeamento permitiu Guerra (2020) analisar toda a área de maneira holística e identificar onde a vulnerabilidade socioambiental é mais elevada, podendo correlacionar com o mapa de vulnerabilidade social. As características que levam a alta ou baixa vulnerabilidade socioambiental, como bairros com melhor infraestrutura e boa arborização, são indicadores que podem ser levados em consideração para identificar as injustiças sociais e ambientais presentes na área estudada.…”

Redes sociais e bibliometria sobre a utilização de VANTs no mapeamento do risco hidrológico em áreas urbanas

“…Riscos hidrológicos providos pelas áreas urbanas são deflagrados pelo ciclo periódico do curso natural da água, que devido às interações humanas com o ambiente podem ocasionar complicações socioambientais e socioeconômicas (Guerra & Zacharias, 2016). Riscos de enchentes, alagamentos, enxurradas, inundações, deslizamento de terra e queda de barreiras são ameaças hidrológicas que oneram as pessoas de uma cidade (Rio Grande do Sul, 2016), provocando problemas de ordem econômica, social e ambiental.…”