Este artigo apresenta uma descrição e análise das formas de expressão usadas para a instauração da modalidade volitiva em língua espanhola com base nos discursos do Papa Francisco em viagem apostólica, tendo em vista a proposta tipológica da categoria modalidade apresentada na Gramática Discursivo-Funcional (GDF) e os diversos estudos sobre essa categoria em língua espanhola (SEDANO, 2006; GARCÍA, 2009; TOPOR, 2011; GARCÍA, 2013; e OLIVEIRA, 2017). Os resultados revelam que as construções volitivas foram as mais empregadas (34,2%), seguida pelos usos de verbo pleno (29,1%) e auxiliar modal (24,8%). O emprego majoritário das construções volitivas se dá em virtude do modo subjuntivo, que é o modo verbal prototípico para a instauração das modalizações volitivas relacionadas à manifestação da desejabilidade de potencialização de algum evento volitivo, geralmente, em relação a algo do qual o Sumo Pontífice não teria controle. Há ainda a proposta de que as orações finais, com a estruturação “para...+para que+subjuntivo”, se prestem à expressão da modalidade volitiva, em que há uma vinculação de um dado estados-de-coisas expresso com base em uma intenção (volição), com prospectividade futura, de caracterização hipotética e para expressar um desejo pessoal do Sumo Pontífice.
Neste trabalho, objetivamos descrever e analisar a construção argumentativa dos discursos de Donald Trump em língua espanhola por meio da instauração da modalidade volitiva que, segundo Hengeveld e Mackenzie (2008), refere-se ao que é (in)desejável. Baseamo-nos na Gramática Discursivo-Funcional (GDF), no intuito de averiguarmos o comportamento da volição nos discursos que compuseram o córpus. Concluímos que a modalidade volitiva apresenta, majoritariamente, a orientação modal para o Participante, com a especificação do sujeito sintático, sendo o valor modal volitivo de intenção o mais recorrente e a volição relativa a eventos controlados e não-controlados. Atestamos também uma maior frequência de marcas de primeira pessoa (singular e plural), em que a modalidade volitiva foi expressa, significativamente, por meio de verbos léxicos volitivos.
O presente trabalho se pro-põe a descrever e analisar a modalidade volitiva, que se refere, segundo a Gramática Discursivo-Funcional (GDF) de Hengeveld e Mackenzie (2008), ao que é (in)desejável, tendo por base dois parâmetros: o domínio semântico e a orientação modal. Para isso, foi escolhido o discurso de posse de Jair Bolsonaro, que foi proferido no dia 1º de janeiro de 2019 e disponibilizado on-line. A partir da descrição e da análise qualitativa empreendida, verificamos que a modalidade volitiva se manifesta, no discurso de posse, com orientação para o participante, haja vista que o falante (presidente empossado) tende a expressar suas pretensões em termos de ações políticas em seu mandato que se inicia, envolvendo-se com a performatização do evento sobre o qual incide a volição. Além disso, a modalidade volitiva tende a estar rela-cionada com a não controlabilidade [- controle] do estado-de-coisas, tendo um sujeito animado [+ humano] como fonte da atitude modal, podendo este ser espe-cificado ou não no discurso [± determinado]. Em relação ao tempo e ao modo, o presidente eleito prefere empregar o presente do modo indicativo, situando, desse modo, a volição no momento da enunciação, ainda que o evento esteja localizado em um momento posterior (futuridade).
Neste artigo, buscamos investigar os aspectos semântico-discursivos da modalidade deôntica nas Cartas Apostólicas do Papa Francisco redigidas em língua espanhola entre os anos de 2013 e 2019. Para isso, recorremos a tipologia das modalidades de Hengeveld (2004), que define a modalidade deôntica como aquela que é relativa ao que é legalmente, socialmente e moralmente aceito em termos de regras e conduta social. A partir da leitura e análise do corpus, constatamos que o sujeito semântico tende a ser mais especificado [+ específico], cuja orientação modal mais recorrente foi para o Participante, em que lhe recaia a obrigação, permissão ou proibição de (não) realizar o evento descrito pelo predicado. Averiguamos que os estados-de-coisas, sobre os quais incidiam os valores modais deônticos, em sua maioria, o de obrigação, mostraram-se, majoritariamente, dinâmicos [+ dinâmico] e com polaridade positiva, isto é, sem a anteposição de alguma partícula de negação.
O objetivo deste trabalho consiste em descrever e analisar a implicatura de futuridade por meio das modalidades deôntica e volitiva em tebeos de língua espanhola, de divulgação online. Com base na tipologia das modalidades de Hengeveld (2004) e na Gramática Discursivo-Funcional (GDF) de Hengeveld e Mackenzie (2008). Para composição do córpus, selecionamos dez tebeos relativos a dois personagens do mundo hispânico, Mafalda e Gaturro, divididos de forma equânime e que continham modais deônticos e volitivos. Verificamos que as modalidades deôntica e volitiva expressam a implicatura de futuridade a partir de eventos posteriores ao momento da enunciação e sobre os quais incidem os valores modais de desejo, intenção e obrigação. Nesse sentido, a noção de futuridade está imbricada a partir dos pontos de vista do falante no que diz respeito ao seu entendimento daquilo que é ou não regra e convenção social de conduta obrigatória, podendo ser ou não controlados, o que atenua ou assevera a deonticidade e a volitividade expressas. Dessa forma, os modais deônticos e volitivos, empregados na expressão de futuridade, correspondem a uma orientação semântico-pragmática que está relacionada à codificação dos conteúdos e intenções do falante, com base no seu conhecimento das regras de conduta e/ou daquilo que ele aprecia como sendo desejável para si e/ou para os demais.
RESUMO Sabendo que o pretérito perfecto compuesto em espanhol expressa anterioridade da situação denotada em relação a um ponto de referência situado no presente (RAE, 2010), pautamos o nosso trabalho na descrição e análise desta categoria a partir de notícias escritas em espanhol e veiculadas de forma online por um jornal hispânico, tendo em vista a sua contribuição para o ensino de Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE). Dada a relação entre o uso deste tempo verbal em espanhol e a construção textual-discursiva da notícia, buscamos refletir sobre as contribuições que a vertente funcionalista pode aportar ao ensino-aprendizagem de línguas (maternas e/ou estrangeiras), sem desconsiderar o que apregoa a gramática normativa da língua espanhola em relação ao emprego do pretérito perfecto compuesto.
Este trabalho tem por objetivo fazer uma descrição e análise da modalidade facultativa como recurso e estratégia argumentativa no gênero jornalístico opinativo, o editorial. Para isso, recorremos aos estudos relativos à modalização discursiva e à tipologia das modalidades de Hengeveld (2004), que define a modalidade facultativa como aquela referente às capacidades e às habilidades intrínsecas e adquiridas. Assim sendo, foram selecionados 60 editorias, disponibilizados online no site do jornal O Diário do Nordeste, cujo conteúdo abordava os efeitos da pandemia do coronavírus. Após a análise da modalidade facultativa nos editoriais, verificou-se que ocorre, preferencialmente, a não-inclusão [-inclusão] do falante na incidência do valor modal, elegendo orientações modais para o Evento, fazendo com a facultatividade instaurada fosse menos enfática [-categórica] e com enunciados modalizados de forma positiva [+positivo]. Ao instaurar a modalidade facultativa, o editorialista fez uso, majoritariamente, de auxiliares modais, flexionados no presente do indicativo, o que aproxima a modalidade facultativa do aspecto realis, ou no presente do subjuntivo, o que a aproxima do aspecto irrealis. Por fim, concluiu-se a relevância da modalidade facultativa como recurso e estratégia argumentativa, em que esta é engendrada no discurso tendo em vista as intenções e os propósitos comunicativos do editorialista. Palavras-chave: Modalização Discursiva; Modalidade Facultativa; Argumentação.
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