A última década testemunhou uma mudança fundamental nas linhas centrais de ação e nas políticas do Banco Mundial. Após a muito criticada experiência com programas de ajuste estrutural durante os anos de 1980, o foco operacional moveu-se de temas como liberalização, desregulamentação e estabilização para questões de construção e reforma institucional. De fato, uma vez que se tornou mais claro que não havia sido dada suficiente atenção aos problemas de viabilidade política das reformas estruturais e, da mesma forma, aos custos sociais associados a estas, o Banco Mundial passou a priorizar fatores políticos como a legitimidade governamental e o papel dos grupos de pressão, especialmente após o fracasso das políticas de ajuste estrutural em muitos países
Resumo O debate recente sobre identificação partidária e comportamento eleitoral no Brasil vem apontando para a crescente importância do posicionamento dos eleitores com respeito aos principais partidos presidenciais – PT e PSDB – na escolha dos candidatos à presidência. Neste artigo, procura-se contribuir para a literatura colocando em questionamento diagnósticos recentes com respeito à polarização do sistema partidário presidencial. De acordo com a hipótese da polarização, a competição eleitoral entre PT e PSDB levou a uma crescente divisão do eleitorado em dois blocos claramente diferenciados e polarizados. Argumentamos que esta hipótese se apoia em bases teóricas e empíricas frágeis. Não obstante a crescente importância dos sentimentos partidários na determinação do comportamento dos eleitores no pleito presidencial, os resultados das análises descritivas e modelos estatísticos multivariados com base nos surveys do Estudo Eleitoral Brasileiro (Eseb) realizados nos anos de 2002, 2006, 2010 e 2014 demonstram que não há evidências de que tal movimento estaria associado a um aumento da polarização partidária de massa. Pelo contrário, observamos que as diferenças ideológicas e de opinião entre petistas e tucanos são de pequena monta e, além disso, encontramos evidências de uma crescente convergência ideológica entre os vários segmentos do eleitorado ao longo do tempo.
The article explores the connection between democratisation, decentralisation and sub‐national policy making. It seeks to explain variation in the policy choices that were made by Brazilian state governments in the definition of school governance structures following the return to democracy. Whereas some state governments decided to institute the election of school principals by parents, students and teachers, others decided on the maintenance of opaque and discretionary practices that secured the distribution of school posts according to political criteria. The research relies on primary comparative evidence from three states: Bahia, Ceará and Minas Gerais. The argument is that the institutional choices made by state governments depended on the structure of political competition and on the extent and intensity of elite divisions at the state level.
E ste artigo pretende investigar o impacto do ciclo eleitoral presidencial e das instituições federativas sobre a nacionalização das eleições legislativas em contexto multipartidário. Mais especificamente, o objetivo é entender como a dinâmica da competição eleitoral nas eleições para o Executivo nacional e estadual atua sobre as estratégias de nacionalização ou regionalização dos partidos no território brasileiro.O conceito de nacionalização partidária tem sido utilizado na literatura comparativa para aferir o grau em que a variação da votação dos partidos entre os diferentes distritos se aproxima ou se distancia da votação nacional. Sistemas nacionalizados seriam aqueles em que a força eleitoral dos partidos se distribui homogeneamente entre os distritos (Jones e Mainwaring, 2003; Chhibber e Kollman, 2004;Brancati, 2008;Morgenstern et al., 2009). Conforme a utilização consagrada na literatura, adotou-se neste artigo o termo "nacionalização partidária" com respeito às eleições para a Câmara dos Deputados, uma vez que a disputa legislativa nacional é a que indica mais claramente o efetivo ní-vel de apoio aos partidos e sua distribuição no território.
Research on presidential coattails in elections has focused nearly exclusively on two-party systems like the United States. Much less is known, however, about presidential coattails in multiparty systems where electoral and governing coalitions are common currency. Under coalitional presidentialism, we argue that presidential coattails are diffused, benefiting the president’s party but also her coalition party members, especially those most strongly associated with the coalition itself. Using electoral data from Chile and Brazil, two widely studied but distinct cases of coalitional presidentialism, we find strong evidence supporting this claim. The results carry important implications for students of coalitional presidentialism, presidential coattails, and party systems, more generally.
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