The goal of this paper is to examine the cognitive limits of aisthēsis in the section 184-6 of Plato's Theaetetus. In the dialogue's literature there are two opposing views on this issue, which are: (i) aisthēsis is just 'bare sensation' and (ii) aisthēsis is capable of perceptual judgment. I argue that Plato is committed to the first alternative. My analysis focuses mainly on 184-5, since I think it is in this part of the text that are the points that will support my argument. However, before get there, I make some comments on what has been argued in the first part of the dialogue as a whole at the point where the final argument is given. After that, I move on 184-5, offering translations and interpretations of the relevant subsections. I also discuss some of Cornford and Cooper's claims about Theaetetus 184-6.Teeteto 184-6 2 é a passagem do corpus platônico mais bem articulada sobre a relação entre aisthēsis 3 e epistēmē (conhecimento). A vasta literatura dedicada a esse texto confirma sua relevância. Trata-se da seção na qual Platão elabora argumentos que criticam o aspecto cognitivo da aisthēsis enquanto tal. ', Classical Quarterly, vol. 40, 1990, 148-175. Polansky, R. M., Philosophy and Knowledge: a commentary on Plato's Theaetetus. Lewisburg, BUP, 1992, p. 160-171. Polansky, R. M. 'The Senses of Being in Theaetetus 184-6, Philosophical Inquiry, vol 7, 1985, 93-102; , Dixsaut, M., 'Natura e Ruolo Dell' Anima Nella Sensaione (Teeteto 184b-186e)', in: Casertano, G., Il Teeteto di Platone: Struttura e Problematiche. Napoli, Lofredo Editore, 2002, 39-62; Modrak, D. K., 'Perception and Judgement in the Theaetetus ' , Phronesis, 26, 1981, 35-54. 3 'Aisthēsis' pode ser traduzida por 'sensação' ou por 'percepção'. Adiante veremos que a intenção de Platão é propor uma redução do escopo cognitivo desse termo, o que certamente tem influência sobre a decisão de qual termo em português vamos adotar na tradução.