Resumo: Este artigo objetiva analisar as narrativas do documentário brasileiro O renascimento do parto. Para tanto, será empreendida uma leitura polivalente, nãodominante, que visa compreender como os discursos sobre violência obstétrica, saber científico e tecnológico modernos, institucionalização e controle sobre o corpo, sobre a vida (biopoder) são desconstruídos por meio da "volta ao primitivo", ao natural, ao humanizado, à experiência sensível e de empoderamento da mulher. Palavras-chave: violência obstétrica; empoderamento feminino; parto humanizado; Modernidade; Pós-Modernidade; cinema documentário. Resumen: Este artículo tiene como objetivo analizar las narrativas de la película documental brasileña O renascimento do parto/El renacimiento del parto. Para eso, se llevará a cabo una lectura múltiple, no dominante, cuyo objetivo es entender cómo los discursos sobre la violencia obstétrica, el saber científico y la tecnología moderna, la institucionalización y el control sobre el cuerpo, sobre la vida (biopoder) se deconstruyen a través de "volver a lo primitivo", lo natural, lo humanizado, la experiencia sensible y el empoderamiento de las mujeres. Palabras clave: violencia obstétrica; empoderamiento de las mujeres; parto humanizado; modernidad; posmodernidad; cine documental.
Les expositions universelles se présentent comme un espace médiatique faisant partie des projets de branding urbain cherchant à créer une marque pour la ville de manière à la rendre consommable comme une marchandise. Dans ce contexte, cet article présente l’Expo Milano 2015, un méga-événement d’une durée de 184 jours, 144 pays participants et plus de 21 millions de visiteurs. En dépit des problèmes liés au méga-événement (comme les manifestations des habitants de la ville et les coûts élevés), il a été considéré comme un succès sous le point de vue du marketing. Pourtant, une vision de la ville comme produit commercial est aussi la construction d’une ville « idéale » qui souvent méconnaît les divers sujets et subjectivités qui la composent.
Este trabalho analisa as representações do carioca e do Rio de Janeiro no documentário seriado sobre turismo No Reservations, de origem estadunidense, apresentado por Anthony Bourdain. Baseadas em imaginários estereotipados, as narrativas constroem verdades sobre identidades culturais e nacionais, sobre as formas de "ser carioca" e de consumir a cidade sob uma ótica Moderna. Enquanto as praias e paisagens paradisíacas dominam um Rio de Janeiro de consumo turístico internacional e o carioca se apresenta como o homem branco que vivem em função da praia, a favela se apresenta como lugar a ser civilizado, dos não-cariocas, onde o maior desafio cabe a um poder institucionalizado: diminuir as diferenças para construir uma vida desejável.
Um dos imaginários mais sólidos do Brasil diz respeito à perfeição física, representada atualmente na forma dos corpos femininos cisgênero, brancos, magros, que ocupam as praias da zona sul do Rio de Janeiro e assumida como atributo da marca Rio na construção da “cidade olímpica”. Este artigo busca compreender, por meio de uma análise crítica de quatro documentários internacionais de televisão produzidos e exibidos por televisões estrangeiras durante o chamado “período Olímpico”, como os corpos dissonantes a esses imaginários disputam espaços, o direito à cidade e a narrar-se por meio de rompimentos com a marca oficial. Apesar da diversidade cotidiana dos corpos dissonantes, três ganham espaço na mídia internacional: mulheres trans e travestis, analisadas em Gaycation: Brazil de Page e Daniel (2016) e Rio 50 Degrees — Carry on Carioca de Temple (2014); corpos negros e pobres invisibilizados no cotidiano urbano, em Copacabana Palace de Waldron (2014) e pessoas com deficiência que lutam pelo direito à inclusão e à mobilidade em A Bumpy Road to Rio de Fox (2015). Ainda que as representações desses corpos sejam pequenas em relação à ratificação dos imaginários já sólidos dos corpos perfeitos, sua abordagem contribui para dar visibilidade a sujeitos invisibilizados pelo processo de city branding, promovendo um importante questionamento em relação ao achatamento de sujeitos e subjetividades que a estratégia de construção da marca acaba por impor, além de mostrar outras possibilidades de existência, pontos de conflito diversos e de disputas pelo espaço urbano.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.