ResumoO artigo objetiva investigar possíveis tensões entre o local e o global no contexto das ruralidades contemporâneas, enfatizando os tempos, ritmos e espaços construídos a partir das vivências de professores e alunos na organização das rotinas de escolas rurais. O texto apresenta considerações teóricas resultantes de duas pesquisas no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade -PPGEduC/Uneb. O recorte e a análise empreendidos centram-se na educação desenvolvida em espaços rurais e nas tensões presentes nesse contexto, tendo em vista problematizar questões concernentes às novas ruralidades contemporâneas. Essa discussão tem como eixo articulador as questões de tempos e ritmos em escolas com classes multisseriadas da Ilha de Maré que se articula com dilemas e tensões em torno da experiência vivenciada por professoras de Geografia da cidade que exercem a docência em espaços rurais no semiárido baiano. As pesquisas têm apontado dificuldades enfrentadas pela escola rural em considerar as diferentes temporalidades existentes no espaço rural em seus processos educativos, bem como dificuldades de articulação, nesses contextos de aprendizagens, entre as dimensões localglobal pelas quais passam o espaço contemporâneo. Esse movimento cria tensões para o trabalho docente, uma vez que torna complexa a articulação entre os tempos instituídos, padronizados e rígidos, com os tempos pessoais dos alunos e professores, considerando aspectos como faixa etária, histórias de vida, deslocamentos e as experiências sócio-histórico-geográficas dos sujeitos envolvidos nos processos de ensinar e aprender em contextos rurais na contemporaneidade.
O artigo apresenta e sistematiza alguns dados levantados no âmbito do projeto depesquisa Ruralidades diversas – diversas ruralidades: sujeitos, instituições e práticaspedagógicas nas escolas do campo Bahia-Brasil, desenvolvida em colaboração entrea Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Universidade Federal do Recôncavoda Bahia (UFRB) e a Universidade de Paris 13/Nord-Paris8/Vincennes-Saint Denis(França). A pesquisa contou com financiamento da FAPESB e do CNPq, e teve porobjetivo investigar ações educativas que se desenvolvem em diferentes Territóriosde Identidade do Estado da Bahia, buscando compreender como se dá a articulaçãoentre as práticas educativas nos seus territórios de implantação. Do ponto de vistametodológico, utilizou-se as histórias de vida com aplicação de questionários, grupofocal e as entrevistas narrativas. A pesquisa permitiu-nos compreender a presença dedistintos cenários da educação rural no estado, que em linhas gerais podem ser resumidosna existência quase majoritária de experiências politicamente conservadorasvinculadas às escolas “oficiais”, que fazem da escola uma agência técnica, alheia àrealidade local; e, de outro lado, na existência de experiências progressistas, com fortevínculo com os movimentos sociais, nas quais a escola tem se configurado como umaagência política com forte enraizamento.
o objetivo deste artigo foi apreender as representações de estudantes e preceptores sobre os processos de aprendizagem decorrentes das relações estabelecidas no desenvolvimento do PEt-Saúde "Dou-
INTRODUÇÃO: O estágio supervisionado obrigatório constitui-se em um componente curricular que integra o processo formativo do graduando em Fisioterapia. Todavia, a despeito de sua relevância como construto legal e normativo, os documentos oficiais não dão suporte suficiente à unificação dos critérios de sua realização, o que pode ocasionar a ocorrência de práticas irregulares. OBJETIVO: Identificar as discrepâncias e pontos de convergência existentes nos documentos oficiais e relatos de pesquisas que norteiam os estágios supervisionados obrigatórios em Fisioterapia. MÉTODOS: Revisão integrativa da literatura com consulta às bases de dados PubMed, SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde e Periódicos Capes, e aos documentos oficiais do Conselho Federal de Fisioterapia, Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Educação e Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia. RESULTADOS: Foram analisados 15 artigos publicados entre os anos de 2002 e 2017 e sete documentos oficiais que abordam os estágios, a práxis pedagógica e as normas legais no contexto da Fisioterapia. CONCLUSÃO: Existem discrepâncias em relação ao número de estudantes por supervisor de estágio e por turno de prática, à identidade do profissional, sua presença durante o treinamento e intervalo temporal entre a teoria e o estágio curricular obrigatório. Já como pontos de convergência podem ser pontuados o reconhecimento do estágio enquanto uma prática curricular obrigatória e didático-pedagógica e o momento em que o estudante deverá ser estimulado a desenvolver autonomia e responsabilidade profissional, interação com a equipe multiprofissional e habilidade no manejo dos pacientes.
O texto objetiva estabelecer relações entre o acolhimento às diferenças e temporalidades dos sujeitos, observando implicações curriculares daí emergentes e seus efeitos na constituição do tempo escolar. Do ponto de vista metodológico, adotaram-se princípios da pesquisa (auto)biográfica e a entrevista narrativa como dispositivo de pesquisa. No modelo curricular, ainda vigente, a expectativa é de que o sujeito internalize formas de controle do tempo, a fim de convertê-lo num corpo dócil e previsível, em relação a suas ações, de modo que todos se tornem parecidos, apesar de suas diferenças. Destacamos, como resultado da pesquisa, a necessidade de as políticas curriculares considerarem a reação do outro, que não se submete a um modelo curricular pronto, baseado na imposição de uma sincronização, com a justificativa de socialização, de inserção no mercado, de preparação para a vida e necessidade de acolhimento às diferenças e suas temporalidades, a fim de garantir a oportunidade de pensar a educação, a partir da coexistência e interação da diferença.
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