Introdução: Perda Auditiva é uma deficiência relativamente comum, que afeta os indivíduos devido às várias causas, entre elas as adversidades dentro do processo laboral ou pelo próprio processo natural do envelhecimento. O diagnóstico tardio e o tratamento inadequado são fatores agravantes. Objetivo: traçar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes atendidos no ambulatório de Otorrinolaringologia da Policlínica da Universidade Vila Velha e obter a prevalência de perda auditiva, relacionando-a com as principais causas da ocorrência do déficit auditivo. Métodos: Foi realizado estudo observacional transversal, retrospectivo, por meio de consulta aos prontuários de 1275 pacientes, no período de abril de 2014 a abril de 2016. Os dados foram analisados a partir do cálculo de frequência, absoluta e relativa, e aplicação do teste de qui-quadrado. Resultados: A faixa etária mais prevalente foi a dos idosos (38%), que apresentaram Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus como principais comorbidades. As queixas principais foram hipoacusia (40,3%) e zumbido (36,6%). O diagnóstico relativo ao tipo de perda auditiva mais prevalente foi a Perda Auditiva Neurossensorial, seguida de Perda Auditiva Condutiva. O fator de risco mais prevalente foi exposição a ruídos (26%). Conclusões: A perda auditiva associada ao zumbido foi a mais prevalente neste estudo. O completo diagnóstico audiológico associado a uma conduta adequada e precoce previnem complicações na saúde e no desenvolvimento pessoal.
Objective: To identify the prevalence of common mental disorders (CMD) in medical students at Vila Velha University (UVV), ES, and its associated factors. Methods: A cross-sectional study was conducted with 360 medical students from February to April 2018. A self-administered, confidential and online questionnaire was used, including sociodemographic, economic data, family support, friends’ network, physical activity and academic performance, as well as Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Statistical analysis was performed using the STATA program, version 13.0. The Ethics Committee on Research with Humans approved the study, under number 2.108.290. Results: The prevalence of CMD among students was 45.6%. Risk factors were mental disorder in the family (RR 1.24, 95% CI 1.01-1.54), poor sleep quality (RR 1.49, 95% CI 1.17-1.90), fear that impaired the academic result (RR 1.33, 95% CI 1.01-1.77), feeling rejected by friends (RR 1.45, 95% CI 1.07-1.96), thinking about giving up the course (RR 1.67, 95% CI 1.29-2.17) and physical discomfort during the test (RR 1.63, 95% CI, 1.21-2.20). Conclusions: The overall prevalence of CMD among students was high, and the risk factors were significant. It is recommended that educational institutions and responsible government agencies be able to formulate and subsidize preventive actions and care for the mental health of medical students.
Introdução: De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) a estimativa de novos casos de câncer do colo do útero (CCU) para o Estado do Espírito Santo, no triênio 2020-2022, é de 11,65 por 100.000 habitantes. Objetivos: Traçar o perfil clínico-epidemiológico das usuárias do serviço de atenção integral à saúde da mulher da policlínica da Universidade Vila Velha (UVV), a partir dos determinantes da consulta ginecológica, e correlacionar aos achados citológicos e histológicos. Métodos: Estudo de corte transversal, observacional e retrospectivo envolvendo 590 prontuários de pacientes, atendidas entre fevereiro de 2011 e julho de 2016 no serviço de atenção integral à saúde da mulher na policlínica/UVV. Resultados: A média de idade das mulheres incluídas nesse estudo foi de 39,5 anos (DP± 16,2). Os fatores de risco como estado civil e tempo de relacionamento conjugal, multiparidade, e uso de contraceptivos hormonais orais foram associados a maior chance de CCU. Associação estatística da variável idade não evidenciou risco de CCU. Conclusões: Os resultados vão de acordo com os preconizados pelo INCA e Ministério da Saúde. Isso reforça a importância da rastreabilidade na atenção primária e os fatores que interferem na mesma.
Introdução: O primeiro caso reportado da infecção pelo novo coronavírus ocorreu na China, em dezembro de 2019. Dado o alastramento da doença, ocorreram modificações no estilo de vida, que associadas ao período de incertezas geraram impactos na saúde da população. Objetivo: Compreender as implicações da pandemia de COVID-19 na saúde mental e física dos estudantes do Curso de Medicina de uma universidade do Espírito Santo. Métodos: Estudo transversal de agosto de 2020 a janeiro de 2021, com abordagem quantitativa e qualitativa, com estudantes de Medicina de todos os períodos. Coleta de dados feita com questionário eletrônico, englobando dados sociodemográficos, econômicos, características individuais e familiares sobre o período prévio e concorrente à pandemia. Os programas Excel 2020 e OPENEPI foram utilizados para as análises. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, sob o número 4.224.502. Resultados: Foram avaliados 779 acadêmicos, a maioria do sexo feminino (61,6%), entre 20 e 24 anos (64,0%), nos dois primeiros anos do curso (46,5%), residentes em área urbana (98,1%), com uma a três pessoas em seu domicílio (65,0%) e sem vínculo empregatício (93,2%). Características da amostra durante a pandemia: necessidade de trancar matrícula (3,9%), preocupação constante com a família (73,9%), dificuldade de adaptação à educação a distância (76,0%), convívio familiar contínuo (84,5%), alterações do sono (54,9%), da prática de atividade física (60,3%) e do peso (71,0%), participação nos afazeres domésticos (77,9%), pressão psicológica (47,6%), alimentação (69,6%). As variáveis que sofreram modificações significativas entre os períodos prévio e concorrente à pandemia foram diminuição de renda (p=0,005), aumento do uso de medicamentos (p=0,0009) e do nível de estresse autopercebido (p≤0,0000001). Com relação ao desenvolvimento de dores no período da pandemia, apresentaram impacto: sexo feminino (p≤0,0000001), segundo ano do curso (p=0,001), preocupação constante com a família (p=0,000002), dificuldade de adaptação ao ensino a distância (p=0,002), alterações no sono (p=0,000003), atividade física (p=0,001), mudanças no peso (p=0,00007) e na alimentação (p=0,01). Para o desenvolvimento de distúrbios psíquicos durante a pandemia, as com maior significância foram sexo (p=0,004), preocupação constante com a família (p=0,005), sono (p=0,006) e alimentação (p=0,003). Conclusões: Modificações dos padrões de vida decorrentes da pandemia impactaram negativamente a saúde física e mental, tornando essencial que as instituições de ensino proporcionem ações de cuidado à saúde de estudantes.
Introdução: O câncer, doença crônica não transmissível, é apontado como um dos principais problemas de saúde mundialmente. Essa afecção tem alcançado uma crescente importância nas discussões em escala global, visto que é notório o aumento das taxas de prevalência e de incidência de seus inúmeros tipos de malignidade, sendo confirmadas pelas curvas de morbimortalidades que tendem a crescer ascendentemente tanto no Brasil, quanto nos outros países. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes oncológicos admitidos em unidades hospitalares do Espírito Santo (ES) e de seus fatores protetores e de risco em relação ao cenário nacional no período de 2000 a 2019. Métodos: Estudo observacional longitudinal retrospectivo com abordagem quantitativa e qualitativa realizado a partir da amostra de dados de pacientes oncológicos admitidos em unidades hospitalares do estado do Espírito Santo no período de 2000 a 2019. A coleta ocorreu por meio do Portal do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e do Integrador de Registros Hospitalares do Câncer (RHC), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). A análise foi realizada por meio do programa Excel 2020. Oo estudo atendeu aos critérios éticos de pesquisa com seres humanos e foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa. Resultados: 100.247 pacientes, maioria mulheres, entre 60 e 69 anos, casados, pardos. A principal localização primária do tumor foi pele, seguida de aparelho digestivo, urológicos e de mamas. Entre a maioria das localizações primárias do tumor, ocorre predomínio do sexo masculino, a partir da quinta década de vida, brancos e pardos, sem informações sobre histórico familiar. Quando avaliado histórico patológico pregresso, a maioria dos pacientes relatou ausência de diagnóstico e de tratamento prévio. Com relação ao consumo de álcool e tabaco, é de grande predomínio a ausência de informação em relação ao histórico e o relato de ausência de ingesta. Conclusão: A caracterização da prevalência dos subtipos oncológicos mais comumente encontrados e o estabelecimento do perfil dos pacientes do setor oncológico admitido nas unidades hospitalares no estado do Espírito Santo e no Brasil é de suma importância para a promoção da monitorização e controle do status da saúde oncológica, e de seus fatores de risco e de proteção. Assim, a partir do perfil epidemiológico estabelecido e dos fatores correlacionados, torna-se imperativo o planejamento e a tomada de ações que proporcionem o rastreio e o diagnóstico precoce de tais enfermidades, a fim de proporcionar maior longevidade e garantir melhor qualidade de vida aos pacientes portadores.
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