A presente escrita atualiza-se como uma passagem, um percurso que busca movimentar o sentir, o viver e o inventar como arranjos para pensar, problematizar e tocar o aprender. Para isso, delineamos uma produção ensaística e nos amparamos nas prospecções sobre o processo de viajar, como engrenagem poética e ética para pensar os mecanismos e engrenagens em busca de uma aprendizagem inventiva. Nesta acepção, olhamos para os deslocamentos como rastros de movimentos gestuais, que além de carregar a materialidade da diferença, carregam as tentativas de criação de territórios existenciais. Na poética de si, o aprender se faz, o corpo torna-se passagem para forças, torna-se possibilidade de mobilização do sensível.
Resumo: O presente artigo de caráter ensaístico tem por objetivo refletir sobre conceito de paisagem a partir do trabalho da encenadora alemã Pina Bausch. Ao tomar a célebre artista como exemplo, o texto procura demonstrar a condição paradigmática que a sua produção exerce no âmbito da arte. Embora a paisagem resulte ou mesmo sintetize uma perspectiva, parte-se aqui do pressuposto que ela faz ver um todo. O marco teórico a partir do qual as noções de paisagem são aqui debatidas relaciona-se com o campo da antropologia, da geografia, das artes visuais e da filosofia.
O presente texto é um convite para pensar possíveis percepções e enunciações sobre o corpo no campo da educação. Para tanto, nos aproximamos os escritos de Michel Foucault (1989), Gilles Deleuze e Félix Guattari (1995), Giorgio Agamben (2014 - 2017) e Baruch de Espinosa (1998) para construir um pensamento que nos permita atentar para uma vivência da corporeidade no contexto escolar, além das fronteiras da escola tradicionalmente estabelecida. A partir da potência política da costura, damos ênfase à Pedagogia crítico-performativa e às oficinas desenvolvidas pelo NAT, para alargar o leque de possibilidades de agenciamentos sobre o corpo no espaço educacional. Propomos, ao fim, problematizações que se apresentam por olhares outros em defesa de um corpo-potência, atentando para suas dimensões poéticas e performativas.
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Este artigo, de caráter ensaístico, consiste em uma reflexão acerca do sentido do habitar e do visitar/viajar desde a construção poética de Pina Bausch. Ao tomar como ponto de partida a apreciação de um conjunto de peças apresentadas no período das Olímpiadas de Londres, em 2012, a investigação procura delimitar a produção da artista, de modo a diferenciar três fases poéticas, focalizando especialmente em uma tardia – a qual se caracteriza pela relação dos bailarinos da companhia de Wuppertal com cidades do mundo inteiro; pretende, portanto, ao deslindar o problema do habitar e do visitar/viajar no processo criativo da coreógrafa em questão, demonstrar as potencialidades éticas e estéticas de uma dada forma de composição artística – paradoxalmente singular e plural.
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